um blog pessoal. com o que vier à "rede".
do Zambujal e arredores, isto é, sobre nós e os outros, sobre Ourém e o resto do Mundo.
quarta-feira, janeiro 18, 2012
Brevíssima (com foto)
Ao tomar conhecimento de algumas das coisas acordadas (falta junto a uma ponte, 4 dias de castigo...), tenho a sensação de estar a ler um regulamento prisional, ou de uma casa de correcção de corrécios, que seriam os trabalhadores, claro,
9 comentários:
Ricardo O.
disse...
Tentando olhar com alguma distância, o que é simplesmente impossível (apesar das muitas teses que afirmam o contrário e que apenas valorizam a inexistente neutralidade), chocou-me, revoltou-me a forma como se tem tratado ou qualificado os trabalhadores: esses malandros, irresponsáveis, perguiçosos, quase-criminosos ou mesmo criminosos, etc.
Voltamos ao mesmo (sem retomar o mesmo ponto passado)... os «outros» são os responsáveis pela nossa desgraça. Sim os «outros», pois os «nós» não somoos como os «outros»... e assim se divide e procura «quebrar a espinha».
Aparentemente esta será uma questão colateral, mas como outros já o disseram não bastam as condições objectivas, a consciencialização de classe e política são detemrinantes para o sucesso da luta, que também passa pela resistência.
O que mais me chocou, neste processo todo, foral as palavras que o Sr. João Proença (UGT) dedicou à CGTP e à sua posição. Não se pense que é só o Governo e o "Capital" que estão do lado errado da barricada...também, entre os sindicalistas, há gente que deixa muito a desejar.
Queria dizer "foram" e não "foral"...mas até parece que ainda para ai muita gente à espera que o Governo lhe conceda um "foral"...Abraço e força para a luta.
...e o trabalhador continua a valer mais quando falta (dois dias de salário por falta) do que quando faz horas a mais (diminuição do pagamento das horas extraordinárias)
A fotografia do Proença, que também aparece destacada no blog "CANTIGUEORO", é ótima. Parece mesmo um daqueles patrões da mafia felizes com o bom andamento dos seus negócios. Será que exagerei? Mas foi o que senti.
A fotografia do Proença, que também aparece destacada no blog "CANTIGUEORO", é ótima. Parece mesmo um daqueles patrões da mafia felizes com o bom andamento dos seus negócios. Será que exagerei? Mas foi o que senti.
«"Portugal enfrenta um período muito difícil", disse. "Mas há coisas boas a acontecer. O acordo de ontem [entre Governo e parceiros sociais] é uma delas, é uma política no bom sentido. Não pode ser só austeridade e parece-me que o Governo sabe disso". (...) E deixou um alerta: cortar salários - uma solução que chegou a ser posta em cima da mesa em Portugal - não é solução, porque deprimiria ainda mais a procura, afundando a economia. "Seria contraproducente", disse o Nobel de 2011.» in Negócios Online [«Stiglitz elogia acordo entre parceiros sociais para reforma laboral», 18 Janeiro 2012 | 14:22]
Quando era pequeno, ao domingo [na altura tanto o meu pai, engenheiro, e a minha mãe, professora, trabalhavam ao sábado] sentados na «casinha» a almoçar peixe fresco era frequente ouvir: - Fecha a boca que ainda entra mosca...
No entanto, ainda bem que Stiglitz não conseguiu calar-se e disse o que disse permitindo que a assistência [o congresso da APED - Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição] desse o tempo por bem empregue.
9 comentários:
Tentando olhar com alguma distância, o que é simplesmente impossível (apesar das muitas teses que afirmam o contrário e que apenas valorizam a inexistente neutralidade), chocou-me, revoltou-me a forma como se tem tratado ou qualificado os trabalhadores: esses malandros, irresponsáveis, perguiçosos, quase-criminosos ou mesmo criminosos, etc.
Voltamos ao mesmo (sem retomar o mesmo ponto passado)... os «outros» são os responsáveis pela nossa desgraça. Sim os «outros», pois os «nós» não somoos como os «outros»... e assim se divide e procura «quebrar a espinha».
Aparentemente esta será uma questão colateral, mas como outros já o disseram não bastam as condições objectivas, a consciencialização de classe e política são detemrinantes para o sucesso da luta, que também passa pela resistência.
O que mais me chocou, neste processo todo, foral as palavras que o Sr. João Proença (UGT) dedicou à CGTP e à sua posição. Não se pense que é só o Governo e o "Capital" que estão do lado errado da barricada...também, entre os sindicalistas, há gente que deixa muito a desejar.
Queria dizer "foram" e não "foral"...mas até parece que ainda para ai muita gente à espera que o Governo lhe conceda um "foral"...Abraço e força para a luta.
É um bando de corrécios é,e bem retratados.
Um abraço,
mário
...e o trabalhador continua a valer mais quando falta (dois dias de salário por falta) do que quando faz horas a mais (diminuição do pagamento das horas extraordinárias)
m. jacinto
A fotografia do Proença, que também aparece destacada no blog "CANTIGUEORO", é ótima.
Parece mesmo um daqueles patrões da mafia felizes com o bom andamento dos seus negócios.
Será que exagerei? Mas foi o que senti.
Um beijo.
A fotografia do Proença, que também aparece destacada no blog "CANTIGUEORO", é ótima.
Parece mesmo um daqueles patrões da mafia felizes com o bom andamento dos seus negócios.
Será que exagerei? Mas foi o que senti.
Um beijo.
Mais valia estar calado e falar do que conhece...
«"Portugal enfrenta um período muito difícil", disse. "Mas há coisas boas a acontecer. O acordo de ontem [entre Governo e parceiros sociais] é uma delas, é uma política no bom sentido. Não pode ser só austeridade e parece-me que o Governo sabe disso".
(...)
E deixou um alerta: cortar salários - uma solução que chegou a ser posta em cima da mesa em Portugal - não é solução, porque deprimiria ainda mais a procura, afundando a economia. "Seria contraproducente", disse o Nobel de 2011.»
in Negócios Online [«Stiglitz elogia acordo entre parceiros sociais para reforma laboral», 18 Janeiro 2012 | 14:22]
Quando era pequeno, ao domingo [na altura tanto o meu pai, engenheiro, e a minha mãe, professora, trabalhavam ao sábado] sentados na «casinha» a almoçar peixe fresco era frequente ouvir:
- Fecha a boca que ainda entra mosca...
No entanto, ainda bem que Stiglitz não conseguiu calar-se e disse o que disse permitindo que a assistência [o congresso da APED - Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição] desse o tempo por bem empregue.
O capataz, o patrão e o lacaio. Um trio de truz.
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