Samuel a cantar
poema de António Gedeão
música de José Niza
poema de António Gedeão
música de José Niza
Venho da terra assombrada
do ventre de minha mãe
não pretendo roubar nada
nem fazer mal a ninguém
Só quero o que me é devido
por me trazerem aqui
que eu nem sequer fui ouvido
no acto de que nasci
Trago boca pra comer
e olhos pra desejar
tenho pressa de viver
que a vida é água a correr
Venho do fundo do tempo
não tenho tempo a perder
minha barca aparelhada
solta o pano rumo ao norte
meu desejo é passaporte
para a fronteira fechada
Não há ventos que não prestem
nem marés que não convenham
nem forças que me molestem
correntes que me detenham
Quero eu e a natureza
que a natureza sou eu
e as forças da natureza
nunca ninguém as venceu
Com licença com licença
que a barca se fez ao mar
não há poder que me vença
mesmo morto hei-de passar
com licença com licença
com rumo à estrela polar
5 comentários:
Foi bom,muito bom, abrir o computador com o Samuel a cantar Gedeão.
Um beijo.
Este blog até estava a ir tão bem... francamente! :-) :-)
Abraço.
... melhorou!...
É sempre um encanto e um mimo ouvir o Samuel.
Ele já é tão bom.
Uma referência.
Um abraço,
mário
Faz tempo que não ouvia. E foi bom!
Bom domingo.
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