Eu, militante confesso e assumido do PCP, me confesso (nos
dias de agora):
(...)
Mas, entretanto, fui
comprar o Expresso… e outras compras.
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O que me levou a adiar
a continuação da leitura do original do Chico Galiza.
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Sobretudo por causa da
notícia/reportagem sobre a reunião soarista da Aula Magna.
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Que, pelo que vejo, me
está a causar mossa.
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Aliás, ontem, antes de
pegar no texto do Chico Galiza, ainda ouvi a intervenção do Ruben de Carvalho (aqui reproduzida) na dita reunião, se calhar para me confirmar que ele fora lá (como o Miguel Tiago,
e o Domingos Abrantes, e a Conceição Matos e, mais importante, o membro da
Comissão Política Jorge Pires, que identifiquei nas tomadas de vista da
televisão).
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Em Defesa da
Constituição, da Democracia e do Estado Social!
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Como sempre, e antes de
todos!
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OuVi, e resmungo.
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Não pelas palavras
ditas (que poderia discutir), mas por o terem sido naquele “acto de cidadania”
ao serviço do PS, do pior PS, do PS de Mário Soares, que se antecipa a coisas
como a convenção:
para 8 de
Dezembro (também discutível… mas outra coisa!)
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E, ao mesmo tempo, a
aparição, como que em cima de uma azinheira dessa “coisa” que se atreve a
chamar-se Livre.
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Há sempre uma
“esquerda” que convém quando as gentes andam desavindas com as políticas e se
corre o risco (quem?) de que elas tomem consciência (de classe!)
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Porque há uma espécie de esquerda
sem classe, ou que pactua com a classe dominante… porque, para essa dita esquerda, não há classes e muito menos
luta.
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E, por isso, surge
sempre oportunamente apadrinhada pela classe que domina.
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Veja-se o que diz o Expresso
(e que convém sempre ler porque sabe o que quer e diz o que quer que seja
retido).
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E tem enorme influência
na opinião pública a formatar naquilo que expressa e faz televisão.
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Tem este “toque
cirúrgico”: «Pacheco foi, dos oito oradores, o mais aplaudido, ovacionado de
pé por uma plateia que se diria maioritariamente de esquerda, tantos os presentes
do PS, do Bloco de esquerda dos sindicatos. Mas também da APRE! ou das forças
militares. (…)»
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E por aí fora, sem uma
palavra para as presenças de militantes do PCP (dirigentes, deputados) e à
intervenção do Ruben.
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É curioso. Muito se
teria dito se não estivesse lá ninguém do PCP, anatematizando a ausência, como
sinal de isolamento e de divisão.
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Quando a luta está a
ter carácter de massas, o MRPP, e os m-l todos, e a UDP com continuidade
parlamentar, depois o reforço com um Bloco juntando tudo o que há de mais "à
esquerda" e, quando este começa a perder poder de fogo… lá vem um Soares (à "esquerda da direita" ou à "direita da esquerda"?) e um Rui Tavares recauchutado
depois de uma rodagem na estância Parlamento Europeu, para onde foi, em 2009,
como 3º eleito desse Bloco da dita esquerda, e tirando o lugar ao que poderia
ter sido o 3º da CDU.
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Não resisto a ir
buscar, à estante, um volume da Vértice, de 1999, em que, para a
questão Caminhos da Esquerda, escrevi um texto de que não me
envergonho: A esquerda ainda existe?
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Começava assim:
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Para terminar assim:
(…)
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Há esquerda? Há!
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Então… à
esquerda!