Escreve Fernando Samuel, em ocravodeabril:
"(...) Temos, ainda, um tal «Camilo Lourenço, economista» - cujo nível salarial desconheço mas que, pelos sinais exteriores do discurso, não é difícil adivinhar que é dos chorudos.
Diz ele, o «economista»: «Não é preciso ser doutorado em economia para perceber que em 2010 os aumentos devem ser nulos. Se o custo de vida não sobe, não faz sentido nenhum aumentar os salários».
Pois não, «não é preciso ser doutorado em economia»: basta ser «Camilo Lourenço, economista».
Por mim, se pudesse decidir nesta matéria, punha o economista Lourenço a salário mínimo nacional durante um ano - assegurando-lhe, ainda, três meses de salário em atraso."
Diz ele, o «economista»: «Não é preciso ser doutorado em economia para perceber que em 2010 os aumentos devem ser nulos. Se o custo de vida não sobe, não faz sentido nenhum aumentar os salários».
Pois não, «não é preciso ser doutorado em economia»: basta ser «Camilo Lourenço, economista».
Por mim, se pudesse decidir nesta matéria, punha o economista Lourenço a salário mínimo nacional durante um ano - assegurando-lhe, ainda, três meses de salário em atraso."
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Subscrevo inteiramente! Faz sentido. Mais: seria uma boa lição de... economia, da dos Camilos Lourenços e quem eles servem.
E esta leitura fez-me lembrar que sou... doutorado em economia. É é de outra economia. Da que assenta em três pilares: necessidades, recursos, trabalho! Não da que assenta em outros pilares: dinheiro, acumulação de capital, exploração do trabalho.
5 comentários:
Não chamaria bem pilares aos segundos... talvez mais grades, algemas, chicote.
Abraço.
E aos que dizem que as pessoas preferem viver do rendimento mínimo a trabalhar, eu até lhes concedia essa regalia e ainda os deixava fazer uns trabalhitos por fora para que os dias não fossem tão monótonos!!!!!!!!!!!!!
E às vezes ouço isso de pessoas bem necessitadas. A ruptura com estas políticas infames que nos têm governado também terá de ser didáctica e tentar chegar às mentalidades. O grau de analfabetismo e a falta de cultura geral e política são muito culpados. Portanto será necessário que o ensino e as escolas tomem rumos diferentes e melhores apoios. Um abraço.
Ainda ontem passou aqui em casa um casal vítima dessa tal economia: ele com 3 salários em atrazo, ela a querer remediar isso indo trabalhar para uma fábrica que nem contrato lhe quer fazer...
De facto não é preciso ser economista para perceber que eles não tarda estão a passar fome.
Eu que nem tenho uma aposentação choruda, mas razoável no contexto em que vivemos, proponho-me viver um mês com o ordenado mínimo!
Juro que vou experimentar!
Abraço
Porque é que o Lourenço teima em escrever camelo com i?
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