Os números, e as estatísticas que deles se alimentam, são traiçoeiros. Mais que as palavras. E há quem os/as manipule sem pudor.
Outra coisa é o rigor. Ou a falta deste.
A recuperação, pela CDU, da autarquia de Alpiarça tem o maior significado. Para além do grande simbolismo desta recuperação, ela também é quantificável.
Dizer que a votação na CDU passou de 36,4% para 49,7% é muito, o que se pode reforçar com o acrescento de tal representar um aumento de 36,5% de percentagem de votação (e de 13,3 pontos percentuais – 49,7 – 36,4 = 13,3) em relação às anteriores eleições, de 2005.
Para ajudar a perceber a importância de não confundir percentagem com pontos percentuais, deixo o seguinte exemplo, com duas situações:
Um concelho que tivesse tido 10% da votação e passe a ter 12% subiu 20% na percentagem votação e cresceu 2 p.p.; um concelho que tivesse tido 20% da votação e passe a ter 22% subiu 10% na percentagem de votação e cresceu os mesmos 2 p.p.
Mas terá (ainda) maior significado político a evolução da massa eleitoral.
Alpiarça cresceu quase 40% de massa eleitoral, isto é, o número de votos na CDU em relação aos que tivera em 2005 cresceu 39,9%.
Aplicando, quase por analogia, a “parábola” anterior, do pequeno comerciante, gerente de uma… tasca, se calculássemos essa evolução dividindo o acréscimo de eleitores na CDU pelos que agora votaram na coligação e não pelo “ponto de partida” (os que votaram em 2005), o acréscimo seria de 28,5% e não de 39,9%. Faz a sua diferença!
Outra coisa é o rigor. Ou a falta deste.
A recuperação, pela CDU, da autarquia de Alpiarça tem o maior significado. Para além do grande simbolismo desta recuperação, ela também é quantificável.
Dizer que a votação na CDU passou de 36,4% para 49,7% é muito, o que se pode reforçar com o acrescento de tal representar um aumento de 36,5% de percentagem de votação (e de 13,3 pontos percentuais – 49,7 – 36,4 = 13,3) em relação às anteriores eleições, de 2005.
Para ajudar a perceber a importância de não confundir percentagem com pontos percentuais, deixo o seguinte exemplo, com duas situações:
Um concelho que tivesse tido 10% da votação e passe a ter 12% subiu 20% na percentagem votação e cresceu 2 p.p.; um concelho que tivesse tido 20% da votação e passe a ter 22% subiu 10% na percentagem de votação e cresceu os mesmos 2 p.p.
Mas terá (ainda) maior significado político a evolução da massa eleitoral.
Alpiarça cresceu quase 40% de massa eleitoral, isto é, o número de votos na CDU em relação aos que tivera em 2005 cresceu 39,9%.
Aplicando, quase por analogia, a “parábola” anterior, do pequeno comerciante, gerente de uma… tasca, se calculássemos essa evolução dividindo o acréscimo de eleitores na CDU pelos que agora votaram na coligação e não pelo “ponto de partida” (os que votaram em 2005), o acréscimo seria de 28,5% e não de 39,9%. Faz a sua diferença!
3 comentários:
São estas contas, assim feitas, que eu gosto de ver...
Bom almoço!
Beijos
Sérgio, apesar de ainda todos estarmos envolvidos nos resultados (numéricos) da última noite eleitoral - e repara que me parece que temos que nos envolver mais nos resultados concretos e reais da mesma noite, pois esse são o que verdadeiramente representam no avanços e recuos da luta das populações - parece-me que seria interessante abordares as "parábolas (ou nem tanto)estatísitcas" relativamente à crise, ao crescimento e aos cilcos económicos. A utilização de indicadores e estatísticas que servem os interesses dos exploradores também se enquadra 8e bem) neste teu capítulo que ainda agora começou (ou foi retomado, para ser mais preciso)...
Abraço!
Maria - Haja quem! Obrigado, Maria. O almoço foi ótimo. O tempo está excepcional!
Ricardo - Claro que sim. Aliás, estou a tentar "fazer a ponte". Nada acontece isolado do resto, e a evolução da "massa eleitoral" é sinal e matéria de estudo. Mas tem de ter rigor...
Abraços
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