"(...) Não existe nenhuma alternativa à actual situação que não passe pela destruição maciça das forças produtivas: até que ponto assim será é que se torna difícil prever.
"É no entanto bom não esquecer que a guerra tem historicamente constituído um meio eficaz de operar a destruição requerida. A multiplicação actual dos focos de tensão não surge por acaso. É também por isso que a luta pela paz está na ordem do dia."
Este é o final de um texto de Novembro de 1983, O marxismo e a crise económica actual, da autoria de António Mendonça e Nelson Ribeiro, em O Marxismo no limiar do ano 2000, Biblioteca Universidade Popular, 5, Editorial Caminho, Maio de 1985.
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Texto que, na sua actualidade, tem sido muito útil para a compreensão da crise, que teve uma recente e grave explosão, da co-autoria do hoje nomeado ministro das Obras Públicas de um governo chefiado por um 1º ministro que acha que Marx nem merece ser referido para a compreensão da crise do capitalismo.
Pode resumir-se dizendo que um ex-marxista se converteu, de forma total e descaradamente assumida, ao keyneseanismo e ao pragmatismo pessoal e colectivo?
6 comentários:
Camarada Sérgio!
Será que que alguma vez, em algum tempo o tal ministro -foi ou é um ex-MARXISTA?
Abraço
Pode dizer-se, pode...
Um abraço.
Pois pode, e até era um camarada bem esperançoso marxista (estudioso da crise, na leitura marxista) que se foi... curando. Lembro muita coisa do António Mendonça, algumas agradáveis como colega e camarada, e ficou-me gravada a imagem, num Congresso do PCP do final dos anos 80, de um longuíssimo "cache-col" vermelho com que se passeou nos intervalos das reuniões numa atitude que parecia - e era - de provocação e despedida.
A viagem que o trouxe a esta estação ministerial (e terminal) estava então a ser começada...
Quando o ouço referido como um novato na política, dá-me vontade de rir. Mas não rio...
Eles quando se vendem perdem toda a dignidade.
-Manter a espinha na vertical, não é para qualquer um.
Pois que passe muito bem.
-Olha, que deus o ajude.
eheheh..
aferreira
Que pensarão de si mesmos estes camaleões quando se olham ao espelho?...
Um abraço
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