Há muitos anos conheço Jorge Lacão. Por sermos do mesmo distrito e nos termos cruzado em várias campanhas eleitorais, ele ainda da Juventude Socialista, eu já então sem ser de juventude nenhuma. Independentemente do sempre afável relacionamento, apesar dos nunca escondidos desacordos, logo achei que ele iria longe na pequena política, na carreirinha, como formiga no carreiro.
Aparece, agora, com grande protagonismo, parecendo querer partir umas prateleiras de louça, dentro e fora do seu/dele partido.
Diria que é manobra ou ilusão de óptica. Não passou à grande política, continua na pequena.
À boleia de um populismo desinformado e desinformativo contra os políticos e os partidos – que é, sim, contra uma democracia que, além de representativa, seja proporcional ao sentir das populações –, Lacão está a servir de lebre. Além de ser diversão (e divertido...).
As tão divulgadas e controvertidas iniciativas de Lacão, apresentadas como sendo de redução dos deputados, vão muito mais longe e ultrapassam-no, deixando para ele o ónus de algum eventual odioso. Aquilo em que o poder real está interessado não é em acabar com o parasitismo e o clientelismo, que esse poder real alimenta em todas as instâncias, é mexer no conjunto do sistema, é diminuir o papel do Estado como poder político moderador enquanto reflexo da relação de forças sociais, é alterar a forma eleitoral de escolha dos representantes eleitos.
Menos deputados? Já seria um ataque aos pequenos partidos, nem por isso menos representativos do poder político que reside, teoricamente, no povo, distorcendo a proporcionalidade, mas quer-se acompanhado pelas falácias da representação política uninominal e medidas paralelas conducentes a um bipartidarismo de alternância inevitável, acantonada na mesma concepção de política e praticando as mesmas políticas com embalagens de cores diferentes.
O povo, as massas se informadas, rejeitaria tal amputação da sua representação numa frente de luta, assim como está engodado por uma argumentação capciosa e insistente a partir da imagem que lhe é inculcada da política, através da generalização do modo como alguns “políticos” a interpretam no palco das vaidades.
Mas o que é preciso contrapor é que os “políticos” não são todos iguais, e que as propostas que se insinuam só viriam beneficiar os infractores (como se diz em futebol...).
Aparece, agora, com grande protagonismo, parecendo querer partir umas prateleiras de louça, dentro e fora do seu/dele partido.
Diria que é manobra ou ilusão de óptica. Não passou à grande política, continua na pequena.
À boleia de um populismo desinformado e desinformativo contra os políticos e os partidos – que é, sim, contra uma democracia que, além de representativa, seja proporcional ao sentir das populações –, Lacão está a servir de lebre. Além de ser diversão (e divertido...).
As tão divulgadas e controvertidas iniciativas de Lacão, apresentadas como sendo de redução dos deputados, vão muito mais longe e ultrapassam-no, deixando para ele o ónus de algum eventual odioso. Aquilo em que o poder real está interessado não é em acabar com o parasitismo e o clientelismo, que esse poder real alimenta em todas as instâncias, é mexer no conjunto do sistema, é diminuir o papel do Estado como poder político moderador enquanto reflexo da relação de forças sociais, é alterar a forma eleitoral de escolha dos representantes eleitos.
Menos deputados? Já seria um ataque aos pequenos partidos, nem por isso menos representativos do poder político que reside, teoricamente, no povo, distorcendo a proporcionalidade, mas quer-se acompanhado pelas falácias da representação política uninominal e medidas paralelas conducentes a um bipartidarismo de alternância inevitável, acantonada na mesma concepção de política e praticando as mesmas políticas com embalagens de cores diferentes.
O povo, as massas se informadas, rejeitaria tal amputação da sua representação numa frente de luta, assim como está engodado por uma argumentação capciosa e insistente a partir da imagem que lhe é inculcada da política, através da generalização do modo como alguns “políticos” a interpretam no palco das vaidades.
Mas o que é preciso contrapor é que os “políticos” não são todos iguais, e que as propostas que se insinuam só viriam beneficiar os infractores (como se diz em futebol...).
1 comentário:
Se forem deixados à vontade, acabarão a defender que o conselho de ministros é mais do que suficiente...
Abraço.
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