sexta-feira, fevereiro 18, 2011

G20 - não vai ser fácil

Esta reunião G20 não será "pacífica". Não se olhe para ela como "favas contadas"... O G8, ou seja o minigrupo formado pelos "poderosos", não pode contar com facilidades. Por várias razões que estão cheias de razão.
E se é um facto que os que se julgam "os maiores" procuram sempre preparar as decisões para que, depois, outros aprovem, e para isso fogem a Nações Unidas e a outras fórmulas quando elas possam perturbar. E procuram fazê-lo a 2 (veja-se o "eixo franco-alemão" na U.E.), quando não o podem fazer a 1 (como tanto gostam os E.U.A.), mas não é possível. Vivemos em interdependência... embora assimétrica!
Acontece é que, quando o "presidente" do Grupo é um país como a França, não se deixa de tentar marcar bem a influência presidencial.
Como na definição das priodidades da agência, que são, para a reunião que hoje começou, logo saltou pontos muito explícitos como "regular a finança", "assegurar um crescimento forte, durável e equilibrado", "financiar o desenvolvimento", "reformar o sistema monetário", "reduzir a volatilidade das matérias primas".
Está cá tudo! Com as finanças e o sistema monetário à cabeça das prioridades.
Mas, como é evidente, há muitos outros países a participar, desde os chamados "emergentes", cada vez com maior influência e, ao que se denota, como pouca "maleabilidade" para aceitarem que isto continue como até aqui.
Como esta progressão dos activos bancários "não regulamentados" (banqueirismo na sombra, escondido), por exemplo:
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E, embora vá haver reuniões paralelas com os cinco bancos centrais dos "mais poderosos" (Estados Unidos, BCE, Reino Unido, Japão e China) sobre o tema "desequilíbrios mundiais e estabilidade financeira", sabe-se que não vai ser fácil. Por um lado, haverá países a colocarem "culpas" nos preços dos produtos agrícolas e matérias primas e querem gerir com "mão de ferro(ou de dólar ou de euro)" esses "mercados" tão importantes para os países em desevolvimento, e que a especulação tanto cobiça; por outro lado, também se sabe bem - embora haja quem faça por esquecer - como as reservas mundiais do sistema monetário (que nem sistema é) estão distribuídas, com a China a ter uma enorme superioridade sobre o segundo detentor de reservas, o Japão.
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Quando falamos de "poderosos", por vezes falamos de falsas aparências...

1 comentário:

samuel disse...

Dada a complexidade da coisa... também no post (em adenda) já abri o meu leque hipóteses sobre a mesa... se é que as hipóteses vão dar por lá as caras... :-)))

Abraço.