terça-feira, fevereiro 08, 2011

Reflexão sobre manifestações de massas

Algo inesperadamente, encontrei-me numa reunião que não estava no meu "programa de festas"... Fui lá parar por razões de vizinhança, e da boa-vizinhança de que procuro ser fiel praticante, e, de repente, descubro-me a falar de massas! E fiz uma "descoberta" que, decerto, nada inventa.

Por me parecer desadequada ao encontro em que estava, senti necessidade de corrigir, não a abordagem mas a terminologia, e expliquei que, ao falar de massas, não estou a falar exclusivamente de protestos, de manifestações na rua, tão numerosas quanto possível, mas não querendo dizer, de modo nenhum, partindo montras e queimando carros.

E, em complemento, dei o exemplo de poder ser uma poderosa manifestação de massas a reunião, por todo um país (pode ser o nosso, pode...), de 1.000 assembleias gerais (ou algo semelhante), cada uma com cerca de 100 pessoas, para ser proposta e tomada uma posição sobre um mesmo assunto. Poderá ter, nalgumas circunstâncias, viabilidade e tanta importância (política!) como uma manifestação de 100.000 pessoas na rua.
As formas de luta - de massas - são insubstituíveis e podem articular-se, ou suceder-se.

Fiquei satisfeito com a minha "descoberta"!

2 comentários:

samuel disse...

Aquele senhor calvo e de pêra não dizia que era interessante "aprender, aprender sempre"?
Ora aí está! :-)))

Abraço.

Graciete Rietsch disse...

Acho óptima a ideia. Imensas Assembleias pelo país inteiro a discutir os problemas que nos afectam a todos em todos os sectores de actividade era capaz de ter um grande impacto.
Assim como a reunião em Paris que deve trazer mais ideias boas.

Um beijo.