Excelência
Reeleito Vossa Excelência para o alto cargo que já ocupava, e para que tem toda legitimidade embora nada me impeça – nem o incómodo que provoca e as decorrentes más-criações e grosserias dos mais fiéis seguidores/servidores de Vossa Excelência – de lembrar que passou de ter o voto expresso de 31% dos portugueses (quase 1 em cada 3) para menos de 23% (bem menos de 1 em cada 4), acaba de ser publicado um comunicado da Presidência da República com o fito de “esclarecer” situações e “casos” de que Vossa Excelência se recusou a, ou fugiu de, falar e que justificaram, da parte de Vossa Excelência, atitudes de aparente indignação e uma encenada afirmação de honestidade e impoluto comportamento, que soa sempre a falso a quem mantém espírito crítico desperto.
Pois esse comunicado, já comentado – e muito acertadamente! – por outras paragens, como pelo meu companheiro destes espaços internéticos, Samuel-cantigueiro, suscita-me a irreprimível chamada de atenção para a utilização dos vocábulos legítima e transparente relativamente a transacção de vivendas protagonizada por Vossa Excelência, permuta e formalidades fiscais e outras.
Quanto a transparência, estamos conversados. E não acrescento nada, a não ser a denúncia do despudor da sua utilização quando e onde abunda a opacidade.
Relativamente a legítima, não resisto a perguntar(-me) se não teria mais adequado o vocábulo legal e se a opção não revela, intencionalmente ou não, significativas intenções… nada transparentes.
É que legítima é “a parte da herança, de que o testador não pode dispor livremente, por pertencer legitimamente a herdeiro ascendente ou descendente”, e legal é (dicionariamente) “o que observa a lei” (ainda que tarde e más horas…), além de ser a designação de uma “grande loja” maçónica.
Por isso, parece-me que o comunicado por que Vossa Excelência é responsável, relativo a permuta de duas propriedades tão diferentes em valor na base de um igual valor, e correlativas formalidades inevitáveis, poderia dizer que a transacção teria sido legal mas nunca legítima, quer naquele sentido atrás referido, quer no sentido de cumprir preceitos éticos.
Sublinho o que Vossa Excelência como economista sobejamente sabe – se não o esqueceu de todo… -, ou seja, que, podendo ser legal não será ético, dentro de determinados parâmetros morais, acrescer o património pessoal, sob forma monetária ou coisal, sem nada haver contribuído para o acréscimo do património colectivo ou para a sua acessibilidade, e tão-só por meras operações escriturais, especulativas ou de agiotagem. E por isso, nos tempos que correm, se fala tanto em enriquecimento ilícito, a que acrescento ilegítimo.
Reeleito Vossa Excelência para o alto cargo que já ocupava, e para que tem toda legitimidade embora nada me impeça – nem o incómodo que provoca e as decorrentes más-criações e grosserias dos mais fiéis seguidores/servidores de Vossa Excelência – de lembrar que passou de ter o voto expresso de 31% dos portugueses (quase 1 em cada 3) para menos de 23% (bem menos de 1 em cada 4), acaba de ser publicado um comunicado da Presidência da República com o fito de “esclarecer” situações e “casos” de que Vossa Excelência se recusou a, ou fugiu de, falar e que justificaram, da parte de Vossa Excelência, atitudes de aparente indignação e uma encenada afirmação de honestidade e impoluto comportamento, que soa sempre a falso a quem mantém espírito crítico desperto.
Pois esse comunicado, já comentado – e muito acertadamente! – por outras paragens, como pelo meu companheiro destes espaços internéticos, Samuel-cantigueiro, suscita-me a irreprimível chamada de atenção para a utilização dos vocábulos legítima e transparente relativamente a transacção de vivendas protagonizada por Vossa Excelência, permuta e formalidades fiscais e outras.
Quanto a transparência, estamos conversados. E não acrescento nada, a não ser a denúncia do despudor da sua utilização quando e onde abunda a opacidade.
Relativamente a legítima, não resisto a perguntar(-me) se não teria mais adequado o vocábulo legal e se a opção não revela, intencionalmente ou não, significativas intenções… nada transparentes.
É que legítima é “a parte da herança, de que o testador não pode dispor livremente, por pertencer legitimamente a herdeiro ascendente ou descendente”, e legal é (dicionariamente) “o que observa a lei” (ainda que tarde e más horas…), além de ser a designação de uma “grande loja” maçónica.
Por isso, parece-me que o comunicado por que Vossa Excelência é responsável, relativo a permuta de duas propriedades tão diferentes em valor na base de um igual valor, e correlativas formalidades inevitáveis, poderia dizer que a transacção teria sido legal mas nunca legítima, quer naquele sentido atrás referido, quer no sentido de cumprir preceitos éticos.
Sublinho o que Vossa Excelência como economista sobejamente sabe – se não o esqueceu de todo… -, ou seja, que, podendo ser legal não será ético, dentro de determinados parâmetros morais, acrescer o património pessoal, sob forma monetária ou coisal, sem nada haver contribuído para o acréscimo do património colectivo ou para a sua acessibilidade, e tão-só por meras operações escriturais, especulativas ou de agiotagem. E por isso, nos tempos que correm, se fala tanto em enriquecimento ilícito, a que acrescento ilegítimo.
No caso de Vossa Excelência ter dúvidas – o que parece nunca acontecer… –, permitia-me aconselhar que lesse umas páginas sobre esta matéria, nomeadamente de um certo Tomás de Aquino, que é dito ser Santo.
Termino esta com o respeito devido ao cargo que Vossa Excelência ocupa e que nada faz para merecer.
Termino esta com o respeito devido ao cargo que Vossa Excelência ocupa e que nada faz para merecer.
17 comentários:
Olha que ainda vais a tempo de tratar essa esquizofrenia....
De aldrabão, cínico e hipócrita, além de inculto, o Cavaco tem tudo. Nem nos cabelos dos ouvidos ele é honesto.
Anjinhoss/santos é que Cavaco e seus pares,não são.Mas como diz a cantiga dos Deolinda eu parvo não sou...
Abraço
A esquizofrenia é uma perturbação mental grave caracterizada por uma perda de contacto com a realidade (psicose), alucinações, delírios (crenças falsas), pensamento anormal e alteração do funcionamento social e laboral.
Quem é que? Não te trates não...
Antuã - ... além de ser o PR eleito por 23% dos portugueses que poderiam votar!
Grande abraço
José Rodrigues - numa determinada perspectiva, ele é que não é parvo... é bem espertalhaço!
Abraço
Uma coisa é certa: por muitas vezes que nasças..., nunca serás como ele, felizmente para ti - e para nós, teus amigos.
Um abraço grande.
Sérgio,como sei que o Monty é ateu, mandei-te um gato que acredita em deus. Espero que ele reze muito para os anónimos idiotas e ridículos irem para o céu dos pardais(a barriga dos gatos).
Valha-te a santa paciência!
Campaniça
Esse senhor de que falas é uma afronta para todos os portugueses com um mínimo de sentido ético! E não, ele nunca aprenderá a diferença entre legal e legítimo...
(gostei muito do teu texto)
QUE ESPERTO QUE EU SOU E para serem mais espertos do que eu têm de nascer duas vezes.
O PR é o PR mas não de todos os Portugueses, garantidamente!
Só é pena é que "alguns" lacaios esquizofrenicos da politica de direita não consigam perceber os caminhos dúbios e ilegais que pisam ou os fazem pisar!!!
Felizmente ainda há homens sérios e honestos como o Dr. Sérgio Ribeiro.
Meu Presidente é que ele não é.
Para já teremos que o aturar, mas o tempo avança e chegará o dia em que o sonho se tornará realidade.
Um beijo.
Sérgio,
Pensas realmente que o cavaco terá capacidade para "entender" um texto assim? Poderia adquirir essa capacidade, certo. Mas não há motivo para tal, enquanto a realidade dos factos seja, qual esquizofrénico, por este determinada e os retire do seu espaço vital incluindo outros que só na sua mente são compartidos pelas massas.
Sobre questão da afiliação do indivíduo, da sua inserção na sociedade, quando a mesma só reforça conductas que não contemplam a ética (antes pelo contrário), é também desvirtuada pelo sentimento de que quem trabalha e se submete aos desígnios do patronato, de o questionar, não consegue mais que agravar as dificuldades que experimenta. Assim, condiciona-se uma aversão a expôr determinada condição e mesmo vontade, que evita: a identificação, a união, o desenvolvimento colectivo e implementação de soluções essenciais para a adaptação do homem resolvendo e contrariando elementos introduzidos no seu mundo que impedem a emancipação.
(conjecturas pessoais)
O cavaco é um facho que necessitamos acender.
Um abraço.
Ora aqui está uma bela carta!
Como já comentei antes... para ser como "aquilo" mais vale nem nascer!
Abraço.
Adenda:
ainda com relação aos aparentes benefícios de subjugar a vida ao patronato, um deles é a possibilidade de vir a não ser despedido ou, de acontecer, ser o último a deixar de ser cada mais esmifrado.
Um abraço
Sérgio,
muito obrigado pela excelente prosa desta carta de rigor e clareza cristalinos, que só peca pelo reconhecido desvalor do seu destinatário formal.
um abraço
r.
Para o anónimo das 11:59 e para o Cavaco vai aquele ditado popular: Para quem não tiver vergonha todo o mundo será seu.
Vitor sarilhos
http://www.youtube.com/watch?v=dU2KipIClVE
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