A informação sobre os países do Mediterrâneo-sul e Médio Oriente, e as grandes (e de certo modo inesperadas) manifestações de massas tem sido muita e múltipla. Mas, a partir de certa altura, uma informação claramente orientada para uma "recuperação". Assim como, por outro lado - daquele em que me coloco - se valorizou esse aspecto de... movimentação de massas, de povos a sacudirem a opressão e seus apoios externos.
Já observações aqui deixei, querendo reflectir a (e sobre a) importância que estes acontecimentos indicutivelmente têm.
Parece evidente que, tal como recentemente o Iraque e o Afeganistão ilustraram, o imperialismo criou os seus "monstros" que, depois de se ter servido deles, caracteriza tal como os criou, derrubando-os ou, quando é o caso, deixando-os cair se forças populares se levantam contra eles, com força e determinação, assim se procurando a tal "recuperação". Ou até, se possível, avançando mais no domínio e controlo de terras e gentes.
Depois da Tunísia e do Egipto, a Líbia tornou-se o centro das atenções. Kadhafi, depois de ter sido "recuperado" passou a "irrecuperável", e a necessidade do imperialismo de controlar a situação é evidente. Uma informação, a partir das situações reais, criou um "ambiente", uma dramatização. Com uma finalidade.
No entanto, essa informação não é única. E outra que apareça por outras vias terá, inevitavelmente, a insinuação ou o anátema de estar a defender, ou até a pretender proteger, "o monstro".
O que há que denunciar é a intenção de, com a falácia de garantir a passagem de uma situação real de ausência de democracia e de direitos humanos (que até agora "servia") para uma "situação democrática", se aproveitarem as manifestações de massas para ocupar espaços de que não se quer perder o domínio, se insistir em uma informação que crie o "ambiente" para intervenções militares e ingerências.
Mas há mais informações. E cada um deve informar-SE!
2 comentários:
Acabste de o denunciar!
Acabaste, queria eu escrever...
Enviar um comentário