Sala Lamartine - Assembleia Nacional Francesa
«(...) E se, nos anos 60/70, se justificou a atenção especial, em Marx e no marxismo, sobre os conceitos de trabalho produtivo e de travail colectivo, e o estudo da estratégia neo colonialista ou o colonialismo nova-maneira (por exemplo, em Jean-Suret Canale) hoje, nos nossos dias, há outros temas que exigem estudo e reflexão, com base na obra de Marx: i) a circulação do capital, as suas metamorfoses, a intrusão/injecção do capital-dinheiro, sob a forma de dinheiro fictício ou simbólico, da moeda do crédito, ii) a consideração rigorosa da lei tendencial da queda da taxa de lucro, iii) la constante mudança e sempre nova configuração do espaço planetário e das relações de forças geo-estratégicas.
No que respeita ao capital-dinheiro fictício, simbólico ou a crédito «(…) Em primeiro lugar, isto é o curso histórico; [o] dinheiro creditício não desempenha nenhum papel, ou [um papel] apenas insignificante, na primeira época da produção capitalista. Em segundo lugar, a necessidade deste curso [histórico] é também teoricamente demonstrada pelo facto de que tudo o que de crítico acerca da circulação do dinheiro creditício foi desenvolvido por Tooke e [por outros] os obrigou sempre de novo a regressar à consideração de como a coisa havia de ser exposta na base da circulação meramente metálica. » (O Capital, tomo 4, página 124).
Sublinhe-se na primeira época da produção capitalista. E esta é uma das maiores virtudes do marxismo, a de, seguindo Marx, apenas se fazerem as afirmações a partir do que se conhece, das condições concretas, ainda que desse conhecimento se extraiam as dinâmicas que, nas relações sociais definidoras, se deverão vir a desenvolver.
Pelo que, não estando nós na primeira época da produção capitalista – mas continuando em em estádio de produção capitalista! – importa considerar, como Marx não se julgou em condições de o fazer, a metamorfose do capital-dinheiro em mais capital-dinheiro (D-D’), através da intromissão na circulação de dinheiro creditício, fictício ou simbólico, sem base metálica material, as formas de acumulação do capital-dinheiro pela via da especulação, completando, sem que possa substituir, o que está no cerne do funcionamento do sistema com estas relações sociais de produção: a exploração da classe operária e de todos os trabalhadores pela classe possuidora dos meios de produção (...)».
No que respeita ao capital-dinheiro fictício, simbólico ou a crédito «(…) Em primeiro lugar, isto é o curso histórico; [o] dinheiro creditício não desempenha nenhum papel, ou [um papel] apenas insignificante, na primeira época da produção capitalista. Em segundo lugar, a necessidade deste curso [histórico] é também teoricamente demonstrada pelo facto de que tudo o que de crítico acerca da circulação do dinheiro creditício foi desenvolvido por Tooke e [por outros] os obrigou sempre de novo a regressar à consideração de como a coisa havia de ser exposta na base da circulação meramente metálica. » (O Capital, tomo 4, página 124).
Sublinhe-se na primeira época da produção capitalista. E esta é uma das maiores virtudes do marxismo, a de, seguindo Marx, apenas se fazerem as afirmações a partir do que se conhece, das condições concretas, ainda que desse conhecimento se extraiam as dinâmicas que, nas relações sociais definidoras, se deverão vir a desenvolver.
Pelo que, não estando nós na primeira época da produção capitalista – mas continuando em em estádio de produção capitalista! – importa considerar, como Marx não se julgou em condições de o fazer, a metamorfose do capital-dinheiro em mais capital-dinheiro (D-D’), através da intromissão na circulação de dinheiro creditício, fictício ou simbólico, sem base metálica material, as formas de acumulação do capital-dinheiro pela via da especulação, completando, sem que possa substituir, o que está no cerne do funcionamento do sistema com estas relações sociais de produção: a exploração da classe operária e de todos os trabalhadores pela classe possuidora dos meios de produção (...)».
2 comentários:
Gostei de assistir! Por tudo o resto, e porque sempre vou aprendendo...
Não sei nada de teorias económicas embora algumas noções tenha apreendido nests blog.
Mas sei que os recursos naturais não são infinitos e para que haja acumulação num lado tem que haver, obrigatoriamente, falha noutro.
Um beijo.
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