De algumas notas para a iniciativa de apresentação de um livro (de 27 autores de 17 países), a 14 de Fevereiro, com base em intervenções num seminário realizado em Junho de 2009.
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1. Há um ano e meio. Desde o seminário de São Paulo e a apresentação deste livro. Desde Junho de 2009.
Deve reler-se e actualizar o que então foi escrito e dito sobre a «crise internacional», e tal deve ser feito à luz de tudo o que se passou entretanto. E não nos podemos queixar de falta de oportunidades para avaliar, de novo, as observações e análises de então.
Neste tão curto período de tempo (em tempo histórico) muitas coisas aconteceram. Cada um de nós as viveu, muitas delas comuns a todos, algumas diferentes em cada um dos nossos países.
Desde logo, a situação de «crise internacional» não foi ultrapassada, antes se agravou, apesar das declarações repetidas de uma falsa confiança, o anúncio e a propaganda de medidas sobre medidas, reforçando-se e contraditando-se, a ameaça de intervenções exteriores a pretexto de desregulações locais do sistema financeiro mundial e de manobras baseadas em critérios de agências de rating, criações fantasmagóricas para orientação… dos "mercados" .
Há um ano e meio ainda se esperava uma possibilidade do reforço de uma via (digamos…) de inspiração keyneseana, pela dinamização da economia produtiva, da procura efectiva, com um papel acrescido de Estado na economia, ensaiando-se, de uma certa maneira, a correcção da demencial corrida de “financeirização”.
(…) Após alguns zigue-zagueares, a linha dura, monetarista, neo-liberal, a continuidade das décadas de 80, de 90 e da primeira deste milénio, quase surpreende se a encararmos como cegueira face às suas inevitáveis consequências sociais.
Deve reler-se e actualizar o que então foi escrito e dito sobre a «crise internacional», e tal deve ser feito à luz de tudo o que se passou entretanto. E não nos podemos queixar de falta de oportunidades para avaliar, de novo, as observações e análises de então.
Neste tão curto período de tempo (em tempo histórico) muitas coisas aconteceram. Cada um de nós as viveu, muitas delas comuns a todos, algumas diferentes em cada um dos nossos países.
Desde logo, a situação de «crise internacional» não foi ultrapassada, antes se agravou, apesar das declarações repetidas de uma falsa confiança, o anúncio e a propaganda de medidas sobre medidas, reforçando-se e contraditando-se, a ameaça de intervenções exteriores a pretexto de desregulações locais do sistema financeiro mundial e de manobras baseadas em critérios de agências de rating, criações fantasmagóricas para orientação… dos "mercados" .
Há um ano e meio ainda se esperava uma possibilidade do reforço de uma via (digamos…) de inspiração keyneseana, pela dinamização da economia produtiva, da procura efectiva, com um papel acrescido de Estado na economia, ensaiando-se, de uma certa maneira, a correcção da demencial corrida de “financeirização”.
(…) Após alguns zigue-zagueares, a linha dura, monetarista, neo-liberal, a continuidade das décadas de 80, de 90 e da primeira deste milénio, quase surpreende se a encararmos como cegueira face às suas inevitáveis consequências sociais.
4 comentários:
Sérgio
Vai ao "cravodeabril" e vai ver o comentário que a "achispa!" lá deixou, sobre as "Moções de Censura".
Abraço
Filipe
Deixa lá Filipe,
Esse apêndice capitalista, pensa que destabiliza o grande Blog Cravo de Abril. O dito é pobre de consciência e rico de demência política. Debaixo de um capote para que ninguém o conheça, diariamente vai bolçando impropérios. Pobres cobardes, tão cheios de medo por não serem ninguém e dizerem coisa nenhuma.
Agora vou ler o post do Sérgio.
GR
GR
Podes me dizer onde está os impropérios no comentário a que te referes.
(Eduardo)
O que interessa é o texto deste cantinho; as filipadas não interessam nem ao Menino Jesus.
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