i) Uma, sobre as eleições que não terá havido em Novembro, decerto porque se sentia a oposição à sucessão entre Mubaraks.
ii) Outra, a partir da pré-ideia leniniana de que as "eleições burguesas" servem para ver como estará a subjectividade das massas, seja onde e quando for, e que recentemente se me impôs com a imagem de "termómetro" que dá indicações sobre o "estado das massas".
Imagino um "cenário" para as tais eleições de Novembro no Cairo, decerto com observadores internacionais - que, se tivessem vindo cá, a esta "ocidental civilização", se escandalizariam com a questões como a do cartão de cidadão e correlativas perturbações no exercício da cidadania -, e quantifico-o:
- 1 em cada 5 inscritos e aptos a votar garantiriam a sucessão mubarakiana;
- 3 em cada 5 inscritos e aptos a votar abster-se-iam;
- 1 em cada 5 inscritos e aptos a votar, votariam em branco ou nulo, eventualmente com uma frase elucidativa do não-voto, naqueles caracteres com plicados para nós.
Do que teria resultado uma eleição do "filho do pai" com altíssima percentagem, lá para perto do 100% dos votos expressos e a contarem!
Hoje, serão 3 ou 4 em cada 5 egípcios nas ruas, e a sofrerem a agressão de menos que 1 em cada 5, estes ajudados por fora, com toda a máquina imperialista.
O "termómetro", bem lido, não teria enganado...
segue
2 comentários:
Transpondo para cá, tivemos eleições cedo demais...
Vamos ver como correm as próximas:)))
Eu não lhe chamaria termómetro mas antes "pôr a mão na cabeça". Utilizar o termómetro, sim, mas no sítio onde a informação é mais fidedigna. Isto porque, de acordo com as fontes de informação/opinião, eu nem sabia que o Egipto era uma ditadura. Apesar de tudo sabia mais que alguns que continuam a pensar que as pirâmedes são umas putas!
Um abraço faraónico
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