quarta-feira, setembro 21, 2011

A Assembleia das Nações Unidas como palco

Redação SRZD | Internacional
| 21/09/2011

«Percepções divergentes sobre palestina
marcam Assembleia Geral da ONU


A 66ª sessão da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), nesta quarta-feira, foi marcada pelos discursos quanto a situação atual dos países árabes. Enquanto a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, que abriu a sessão, disse que já chegou a hora de existir uma representação da Palestina na ONU a título pleno, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, insistiu em indicar que o impasse entre palestinos e israelenses deve ser resolvido apenas pela negociação das partes envolvidas. Para o líder francês, Nicolas Sarkozy, palestina deveria ter participação na organização apenas como ouvinte até que resolva sua situação.

Discurso de Dilma Rousseff

Dilma voltou a focar seu discurso na atual crise econômica e no papel social e político das mulheres. "Eu tenho certeza de que este será o século das mulheres", afirmou. A presidente do Brasil disse ainda que o momento histórico é delicado e que existe um risco de ruptura sem precedentes, capaz de causar fortes mudanças nas relações entre as pessoas e nações. Para ela, a única forma de superar a crise é a união de todos os países para a criação soluções rápidas e verdadeiras.

"Menos importante agora é saber quais foram os causadores, até porque isso já está suficientemente claro. Apenas com a união de todos os países teremos soluções rápidas. Essa crise é séria demais para ser administrada por alguns poucos países. Já que todos estão sendo afetados, todos têm o direito de participar das soluções", falou a presidente. Dilma fechou dizendo que os problemas devem ser combatidos na causa e não mais apenas nas consequências.

Discurso de Barack Obama

Segundo a discursar, Obama demonstrou empolgação afirmando que 2011 foi um ano de transformações extraordinárias no mundo. Ele falou também sobre a queda de ditadores na Tunísia e no Egito, além dos avanços na Líbia contra Muammar Gadafi, que tinha a "mais longa ditadura do mundo". O presidente norte-americano lembrou também da Síria, e defendeu as ações internacionais contra o regime de Bashar al-Assad.

De acordo com o líder americano, a paz só é obtida com trabalho duro e não pode ser criada a partir de declarações e resoluções da ONU. Obama afirmou que para que se forme um Estado palestino, deve ocorrer um movimento similar ao do Sudão do Sul, 193º membro da organização, que declarou sua independência após um referendo resultado de um acordo com o Sudão. Ainda assim ele disse concordar com a formação de um Estado palestino próprio.

Após o discurso, o presidente dos Estados Unidos se reuniu com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que se mostrou grato pelo apoio do americano à saída negociada para a questão palestina. Ele reforçou ainda que uma votação da ONU não traria nenhum êxito prático.»
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A procura do futuro versus a hipocrisia do presente,

1 comentário:

trepadeira disse...

De engraçadinho passou a patético.
Parece acossado e sem saída.

As diferenças,e expostas por um país como Brasil,devem fazer muita mossa.

Um abraço,
mário