sexta-feira, setembro 09, 2011

De galgos a servirem de lebres (ou coelhos)

Uma prosa(pia) do editorialista do i, levantou uma onda de indignação. Cheio de originalidade, o infeliz (infeliz me sinto eu por o homenzinho, em que tanto tropecei na última coluna do Correio da Manhã, ter os meus apelidos... embora, felizmente, invertidos) retomou, para título, a famigerada e gonelha consigna "partir a espinha à Intersindical" e quer partir as espinha aos sindicatos (e não só).
Associo-me à indignação, mas apetece-me, em complemento, construir uma alegoria.

Nos preparativos de uma "corrida de galgos", foi resolvido que os "artistas" mudassem as posições. Nesta, as "lebres" seriam não os habitualmente sacrificadas coelhos bravos - com uma força e vitalidade passageiras dado um certo parentesco... -, mas uns galgos velhos e cansados. Estes partiriam primeiro, abrindo caminho para, na pista, os láparos irem abocanhando o que lhes aparecesse a jeito e servisse aos mandantes.
Os que mandam nesta corrida deram o tiro de partida (e a ordem) para que alguns galgos fossem, na dianteira, ladrando aquilo que eles têm toda a vontade de fazer mas não estão bem seguros de ter força suficiente. E não têm!, e podem ser os desgraçados dos canitos a partir a espinha.


Para isto servem alguns escribas. 

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