segunda-feira, janeiro 02, 2012

D. Cavaco IIº - o equitador

Cavaco Silva, no seu segundo mandato (não contando os mandatos como 1º ministro de má memória) ouviu de alguém a palavra equidade e gostou do som, ou a descobriu no dicionário, nalguma esporádica leitura de um livro à mão.
Desde então, da audição ou do encontrão, Cavaco Silva anda encantado. Eis a palavra para o homem: equidade! Referida, sempre. aos sacrifícios a pedir aos portugueses.
No caso de ter sido naquela tão impressiva - como insólita por rara - leitura que descobriu a palavra, foi pena que não se tivesse deixado levar pelo entusiasmo e visto, no dicionário, todas as palavras que começam por equi, o que nos pouparia o esforço para não fazer graça, decerto demasiado pesada para se colar ao "supremo magistrado da nação". Não obstante ele estar a merece-las...
Vejamos:
Quer equidade nos sacrifícios dizer igualdade?, mas que igualdade?, igualdade igual em quantidade ou igualdade proporcional, isto é, em percentagem das respectivas posses?
E não deveria a equidade ser a montante, a partir daquilo que obriga SEXA a pedir sacrifícios equitativos?, ou seja, não deveria o Estado ser equitativo, justo!, na exigência de participação nas receitas aos cidadãos, empresas, grupos, jogadores de bolsa e outros especuladores, por forma a que todos tivessem garantidos os seus direitos constitucionais? À saúde, à educação, ao tr,abalho e á vida!
Pedir equidade nos sacrifícios é quase obsceno quando os sacrifícios resultam de uma total ausência de equidade, que levou à necessidade de exigir sacrifícios. Isto partindo da interpretação benévola ou pachorrenta de que não se trata mesmo de tudo armadilhar para que haja "inequidade" em tudo, e também nos sacrifícios, para que os trabalhadores e as populações paguem com língua de palmo o desfruto precário (onde houve) do que  foi propagandeado que seriam os direitos, enquanto, sem qualquer equidade, se concentrava riqueza nas mãos de cada vez menos.

9 comentários:

Fernando Samuel disse...

A «esporádica leitura de um livro à mão» é de todo impossível: Cavaco já confessou publicamente que, em matéria de leituras, leu «uma vez, um livro: A Utopia do Thommas Mann»...

Um abraço.

Sérgio Ribeiro disse...

O único livro à mão é o dicionário... que ele vai lendo em noites de insónia. Vai na letra e!

Um abraço

Antuã disse...

Atire-se com o cavaco para o caixote do lixo.

jrd disse...

Um "livro" à mão é coisa que ele trata com os pés, porque "trata" as letras como se fossem números e, sendo economista, não sabe a tabuada, é uma fraude, provoca-me prurido.


Se tiveres tempo e paciência, aqui fica o que penso dele:

http://bonstemposhein-jrd.blogspot.com/2011/01/nanja-eu.html

Justine disse...

Bronco arrogante - para além de todos os outros inúmeros defeitos!

samuel disse...

Não há como fugir ao trocadilho. É equino... e pronto!

Abraço.

Graciete Rietsch disse...

Coitado do equino(sem ofensa para estes). Só pensa em salvar o país (ou a si?) e não tem tempo para ler.

Um beijo.

GR disse...

Equino? Não! estes são educados, inteligentes, leais e sensatos, o contrário do dito.
Este fulano só se interessa mesmo é com a sua conta bancária, vendia a mãe, mas cedo viu que Portugal é mais valioso!

Gd BJ,

GR

Olinda disse...

Sem dúvida,que leu alguma coisa sobre como destruir uma pequena economia enquanto o diabo esfrega um olho.