O meu amigo e camarada Ricardo O. comentou o anterior "post" colocando algumas questões - ou abrindo algumas pistas - que são um estímulo porque são um desafio, ou são um estimulante desafio.
«(...) Ainda há dias conversava com um amigo sobre alguma utilização abusiva dos números (no caso do desemprego) conforme os interesses em causa. Não que seja condenável aproveitar estas representações da realidade para a analisar e descrever, tanto para a denúncia como para a valorização de políticas. Mas há necessidade de esclarecer de forma muito precisa as opções e as representações que utilizamos, com todas as suas limitações e constrangimentos.
No entanto, no desemprego há aspectos que vão muito além destas representações (inscritos, estatísticos, recenseados, etc.). Define-se população activa e inactiva, e entende-se que o desempregados são os activos que não estão empregados. Mas como definir os inactivos? Os que não trabalham? Ou melhor, os que não necessitam de vender a sua força de trabalho para satisfazer as suas necessidades? Mas, segundo me parece, este conceito não tem representação estatística. Pelo que concluo que todo o rigor será pouco. E não se confunda rigor com aparência de rigor pela utilização simplista da matemátca em representações pormenorizadas do fenómeno social em causa: o desemprego, ou melhor, os que necessitando de vender a sua força de trabalho para satisfazer as suas necessidades não são capazes de o fazer (por diversas razões...).
Mas esta perspectiva não fica arrumada: é que a satisfação das necessidades tem muito que se lhe diga...»
Ao desafio sobre a questão da população activa, irei responderei de imediato (apesar do trabalho de preparação que já me está a exigir)! Recordando uns artigos publicados em O Diário, há perto de um quarto de séculos, no que chamei à maneira de folhetim com o título O mistério da D. População Activa, com a excelente colaboração gráfica do Luís Afonso, então tão jovem que ainda hoje o é...
Para mim, são... documentos!
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