sábado, junho 20, 2020

Perplexo?..., quem?

Perplexo? Mas que coisa é essa...
E verdade que não se pode prever tudo. Nem quando. Nem como.
E daí, dessa impossibilidade de prever tudo, nasçam eventuais perplexidades.
Mas que terão de durar pouco. Em quem, pelos anos que viveu, já viveu muito.
É verdade que não basta ter vivido muito para não de espantar. Mas ajuda.
E quem, além de ter vivido muito, muito quis entender no/do tempo que viveu, menos tempo viverão consigo as ocasionais perplexidades.

'Tá bem! Sejamos mais precisos. Há mesmo no ar, em concorrência com os virus, com a imaterialidade das moedas, com os aviões - que estão a voltar a voar... mas devagarinho, o que não é de sua natural natureza -, com toda a passarada - que, bem a vê quem não sai de casa... com quintal - que nunca esteve confinada, há no ar, sopra uma brisa de perplexidade.
Perplexidade a que alguns são mais atreitos, e outros não deveriam sentir, por calejados. Ou, nestes, duraria pouco tempo.

Depois, há palavras que parecem ganhar mais estatuto.
Novo.
Normal.
E, apesar de não ter havido Santo António, querem casar as duas palavras.
O novo com a normal(idade) seria o futuro.
Ou, não casando, que se arrumem em união de facto.
Seria o novo normal que há-de vir. Quando sairmos d'isto.
E até parece que já teria estado mais perto como futuro que se promete.
Houve números que vieram protelar o enlace desenlace. Ficou um pouco de quarentena.
O que era bom, ou tinha sido, era que depois dos tele-todos em marcha, de lançada a economia digital, e tal e coisa, se retomasse a actividade no tal novo normal. Com a ajuda,
 como se prenda fosse, do bilião e milhares de milhões. (Aliás, ao que ouviu hoje e como se esperava, as coisas no chamado Conselho Europeu não estão nada fáceis:)

Bem... por hoje, e a pretexto do anúncio da rapidez com que passou a perplexidades, apenas se quer deixar dito e escrito, que novo recorda o ESTADO que tivemos, era chamado NOVO, e tão más lembranças deixou a quem dele se lembra e de todos deveria ser lembrado.
E acrescenta~se, já e por agora, que esse Estado Novo pode parecer normal para alguns, provocou noutros - decerto anormais! - uma resistência que deveria ser lembrada e se faz lembrar.
Não se diz que, entre os "responsáveis democráticos" que vemos, ouvimos e lemos, haja quem deseje restaurar o Estado Novo como novo normal... mas a gente vê, ouve e lê cada coisa... que até nos deixa momentaneamente perplexa!



3 comentários:

Maria João Brito de Sousa disse...

Entre os irresponsáveis, mais ou menos convictos de serem democratas, também há quem sonhe com a restauração do estado novo. Não têm conta as vezes que os ouvi, tal qual aqui o debitei, ou por palavras outras que vão dar ao mesmo.

Abraço

Justine disse...

Reflexão excelente e importante!

Olinda disse...

Uma perplexidade só momentânea,pois,quando reflectido sobre o que nos é dado(ou imposto)nada é novo,nem tão pouco motivo para hesitações.Bjo