Aragon. Um dos meus poetas! A Festa do L'Humanité de 1972, em que foi lançado Ferrat chante Aragon (Le malheur d'aimer ou ... a felicidade de ter vivido o momento!).
Como não o "cucar"? De uma coisa linda chamada Il ne m'est Paris que d'Elsa, tirei um excerto e adaptei-o à minha maneira, ao meu momento.
À maneira de
Louis Aragon
Fou d'Elsa
(nascer segunda vez no meio-dia da vida!)
É preciso tempo para que as imagens que são tomem o lugar das que foram,
para que um livro ou um objecto banal deixe de fazer sangrar a ferida aberta.
É um trabalho de paciência ao inverso do tecer da aranha,
é preciso tempo para desenovelar a teia consigo mesmo e com o mundo.
Custa aceitar a morte quando ela é inesperada,
a morte dos jovens para que nada (mas nada!) estávamos preparados.
Quando são os velhos – os da nossa idade – é tão diferente:
não morrem, partem…
E é como, na estação final da vida, num cais, o lenço que se acena num adeus.
Até breve!
para que um livro ou um objecto banal deixe de fazer sangrar a ferida aberta.
É um trabalho de paciência ao inverso do tecer da aranha,
é preciso tempo para desenovelar a teia consigo mesmo e com o mundo.
Custa aceitar a morte quando ela é inesperada,
a morte dos jovens para que nada (mas nada!) estávamos preparados.
Quando são os velhos – os da nossa idade – é tão diferente:
não morrem, partem…
E é como, na estação final da vida, num cais, o lenço que se acena num adeus.
Até breve!
1 comentário:
o que mais gosto de Aragon é o poema "´L' Affiche Rouge"
Seria uma bela ideia dares a conhece-lo.
Armando madeira
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