Retive a ausência de qualquer referência que tivesse a ver com desenvolvimento regional no programa do governo. Também no debate sobre ele, embora não tenha assistido a grande parte desse dito debate mas o facto é que na "primeira ronda" o desenvolvimento esteve totalmente ausente.
No âmbito dessa "matéria" se incluirá o apagar dos governos civis. Assim. Abrindo um vazio num espaço que estava mal preenchido e que exigia substituição.
É que o ordenamento do território se pode assemelhar a uma escada com degraus e patamares e, se havia um, entre o poder local e o poder central, que estava mal preenchido, o retirar-se pura e simplesmente essa passagem intermédia cria um evidente vazio que dificultará o que era o deficiente trânsito e atamancada estrutura.
Por outro lado, tudo leva a prever que o poder central está com intenções de levar à prática um forte ataque ao poder local, no que ele é de descentralização e de efectiva proximidade às populações, com todas as suas virtudes e, muito mais, virtualidades, para além do defeitos e vícios (corrigíveis, democraticamente).
A ver vamos.
(e a lutar estamos...)
Quer lembrar-se que a economia se faz no espaço, pés na terra e mãos na obra. Num espaço não orbital, não internético, não blogosférico, não de "redes pessoais" (de "amigos", banalizando vocábulo muito exigente), não de capital-dinheiro fictício, artificial, moeda falsa porque sem base material.
Não há desenvolvimento que não seja regional!
3 comentários:
Gostei muito da imagem dos degraus. Já poderei explicar bem melhor para que, por enquanto, iam servindo os quase inúteis Governos Civis...
Abraço.
Totalmente de acordo. O poder local, considero-o uma grande conquista de ABRIL, e continuo a achar indispensável a regionalização.
A imagem dos degraus relativamente aos governos civis, tal como o Samuel, também a acho muito boa e elucidativa. Afinal o que se pretende é que Portugal seja uma quinta com o seu dono e acólitos, lá na capital sentados no cadeirão do poder, a debitar ordens para os seus escravos.
Até onde nos querem levar? E isto ainda é o começo.
Um beijo.
Exactamente o que penso, porém nunca soube explicar.
A tua definição está claríssima. Vou enviá-la para um ex - G.C.
BJ
GR
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