Esteve sempre longe de mim a atracção pelo especulativo. Apenas me interesso pela evolução das cotações, dos câmbios, como sinais de como vai a economia, ou aquilo a que chamam economia que, de tão "desmaterializada" a quererem, se transformou noutra área do conhecimento (ou desconheciment). Área que só em frágil ligação umbilical tem a ver com economia. Mas com evidentes (e tremendas!) consequências na economia real. A economia que assenta no tripé das necessidades humanas que se satisfazem com os recursos naturais ou adquiridos, transformados pelo trabalho ao longo de séculos e milénios.
Ora a observação do que acontece nas variações com base no ouro são muito... pedagógicas. Passam-se coisas! O mês de Agosto foi um mês em que o ouro se valorizou enormemente, com desvalorização correspondente do dólar (US$), ou seja, em que este, cujo valor de 35 por uma onça de ouro foi a base da economia internacional no pós-guerra e ainda não foi substituída (o que quer dizer que deixou de haver base... real), e atingiu picos, aproximando-se dos 1900 dólares por uma onça de ouro em Agosto, quando começara o ano - já em subida desde 2006 - pelos 1300.
O que se pode observar nos gráficos abaixo, o primeiro durante o mês de Agosto, o segundo desde o ano 2000, mostrando a subida (desvalorizadora do dólar) que é vertiginosa (faz vertigens...) desde o começo do ano de 2011.
A partir dos daos que fundamentam estes gráficos, elaborou-se ("cá por casa"), um gráfico com a evolução desde Janeiro de 2008, isto é desde a eclosão da "crise", em que se pode ver que, depois de uma relativa sustentação, houve uma descolagem, e em que o valor de Agosto de 2011 aparece como um verdadeiro salto (em que abismo?...).
Acresce (ou diminue... porque corresponde a desvalorização do dólar) que os primeiros dias de Setembro continuam a vertigem, tendo ultrapassado, hoje - nesta 2ª feira, os 1900 dólares por uma onça de ouro.
Atenção aos sinais!
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