Depois da Líbia, e enquanto se vê o que dá o Egipto, a Síria (e antes e sempre o Irão) é um alvo do imperialismo na sua "guerra de recursos" (tão necessária, como todas as guerras à "resolução das suas crises) por aquelas paragens. O ambiente vai sendo criado. "Informação" a "informação", relatório a relatório. Porque se vive em... "democracia", isto é, porque há uma "opinião pública" (ou publicada, como acertamente há quem diga). E nada pode ser feito na certeza de que nada se virá a saber.
Em cravodeabril, Fernando Samuel publica uma elucidativa nota sobre o relatório das Nações Undas que é uma peça na montagem desse ambiente. Pode ler-se aqui.
Por outro lado, no outro lado do Atlantico, mas que tanto sentimos como nosso, em vermelho, o seu editor, José Reinaldo Carvalho, publica um editorial com o título Um retrocesso na política externa, que tem o seguinte intróito:
com uma forte reacção à posição do ministro das relações exteriores do governo brasileiro, de que o PCdoB é apoiante.
Termina assim:
"(...)Ao que tudo indica, o chanceler brasileiro já tem opinião formada sobre a situação da Síria, sem levar em conta as informações, opiniões e medidas de um governo que tem sólidas relações bilaterais com o Brasil. Deu crédito absoluto às conclusões da Comissão de Investigação de Direitos Humanos das Nações Unidas, de que “as forças de segurança ligadas ao presidente sírio são responsáveis por torturas, assassinatos, estupros e desaparecimentos na região”. Isto foi o suficiente para que o chanceler sentenciasse: “As acusações são muito graves, estamos examinando o seu conteúdo [o relatório da comissão da ONU tem 40 páginas]. Lembro que o Brasil se posicionou sempre a favor das manifestações por melhor governo, mais democracia, melhores oportunidades econômicas e de emprego e organização para os países árabes. Ao mesmo tempo deixou claro que é inaceitável a utilização do aparato do Estado para a repressão violenta e armada contra manifestantes”, disse.
Por outro lado, no outro lado do Atlantico, mas que tanto sentimos como nosso, em vermelho, o seu editor, José Reinaldo Carvalho, publica um editorial com o título Um retrocesso na política externa, que tem o seguinte intróito:
"Um dos pontos fortes do governo das forças democráticas brasileiras, desde o primeiro mandato do ex-presidente Lula,
tem sido a política externa.
Altiva, assertiva, soberana, em muito contribuiu para mudar a imagem do Brasil no mundo e elevar a autoestima dos brasileiros."
Altiva, assertiva, soberana, em muito contribuiu para mudar a imagem do Brasil no mundo e elevar a autoestima dos brasileiros."
com uma forte reacção à posição do ministro das relações exteriores do governo brasileiro, de que o PCdoB é apoiante.
Termina assim:
"(...)Ao que tudo indica, o chanceler brasileiro já tem opinião formada sobre a situação da Síria, sem levar em conta as informações, opiniões e medidas de um governo que tem sólidas relações bilaterais com o Brasil. Deu crédito absoluto às conclusões da Comissão de Investigação de Direitos Humanos das Nações Unidas, de que “as forças de segurança ligadas ao presidente sírio são responsáveis por torturas, assassinatos, estupros e desaparecimentos na região”. Isto foi o suficiente para que o chanceler sentenciasse: “As acusações são muito graves, estamos examinando o seu conteúdo [o relatório da comissão da ONU tem 40 páginas]. Lembro que o Brasil se posicionou sempre a favor das manifestações por melhor governo, mais democracia, melhores oportunidades econômicas e de emprego e organização para os países árabes. Ao mesmo tempo deixou claro que é inaceitável a utilização do aparato do Estado para a repressão violenta e armada contra manifestantes”, disse.
As declarações do chanceler brasileiro são feitas no mesmo momento em que a União Europeia anuncia a intensificação das sanções contra o país árabe e em meio à reiteração pelas autoridades estadunidenses de que Bashar Assad tem de ser deposto.
Não pode haver unidade entre progressistas e reacionários quando se trata de tomar posição sobre um regime político como o vigente na Síria.
Os povos árabes têm direito a lutar pela democracia e a escolher o tipo de governo que querem para fazer suas sociedades avançarem. A liberdade política é um pressuposto para a construção de sociedades justas, progressistas, soberanas. O regime sírio tem lacunas a preencher em termos de vida democrática e vigência plena dos direitos humanos. Mas não é disso que se trata para o imperialismo e seus aliados sionistas e na Liga Árabe. Não é a democracia nem o respeito aos direitos humanos que estão em causa. Figuram no caso em tela como meros pretextos para instrumentalizar uma intervenção. No caso da Líbia o resultado foi uma guerra de agressão e o magnicídio.
Mesmo não tendo identidade política com o governo sírio, o Brasil deve tomar distância de tais manobras e intentos imperialistas.
As declarações do ministro das Relações Exteriores são, assim, no mínimo precipitadas. O Brasil não tem por que se somar à política de sanções ditada pelas potências imperialistas."
Se o ambiente é preparado com uma "informação", não se pode diminuir o esforço de informação. OUTRA. Nossa!
Se o ambiente é preparado com uma "informação", não se pode diminuir o esforço de informação. OUTRA. Nossa!
2 comentários:
Indispensável, a outra informação. Para nossa formação.
Obrigada pelo "serviço público"!
A preparaçao da opiniao publica sobre a demonizaçao dos alvos a abater é repetitiva.Felizmente que também existe outra informaçao mais honesta,pena que nao chegue mais longe.
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