quarta-feira, novembro 16, 2011

Os Erasnos, não de Roterdão mas de Bolonha

Neste tempo de oportunismo e de mediocridade, que não começou ontem, nem acabará amanhã, há os que se distingem (é assim: sem u, como destinjem...). É verdade que, entre os jovens, também há os que se distinguem, do outro lado da barreira, mas esses são precatamente postos em surdina, e só não os amordaçam por não ser possível. É destes o presente que parirá o futuro.

Assalta-me uma expressão de um velho professor que, nos idos meados dos anos 50, em aulas ali para o Quelhas, resmungava: "disseram querer abrir as portas à juventude e, com todo o oportunismo, foi a jumentude que entrou...".

Outro dia, saiu-me uma que me agradou. Depois de ouvir dois jovens (em imberbidade) secretários de Estado, inchados de prosápia a esconder a insegurança e a ignorância, passou-se-me dos dedos para as teclas o epíteto de "erasnos de Bolonha". Não é para me gabar, mas confesso que gostei. Vou insistir : são os "erasnos de Bolonha".

Isto, claro, sem ofensa genérica, sem querer atingir muitos dos que souberam aproveitar essa coisa do Erasmus para conhecerem outras terras, outras gentes e outros saberes.
Ele em todos há de tudo. Felizmente.E até mesmo o maior dos (er)asnos lá terá as suas qualidades. Estão é tão calcadas pela cupidez e pela arrogância que não se nota nada... E, por muito longe que vão, não irão longe!

3 comentários:

trepadeira disse...

Nem mais,são os erasnos da vergonha.

Um abraço,
mário

Guilherme da Fonseca-Statter disse...

Esta dos «Erasnos de Bolonha» até que está com MUITA piada... Aparece cada um (Erasno de Bolonha...)

Antuã disse...

Os Erasmos da ignorância.