Hoje, os ministros das Finanças reúnem-se em Bruxelas para, segundo as agências de noticias e comunicação social, decidirem se a Grécia é poupada à falência técnica nos próximos dias. Entretanto, o governo alemão anunciou linhas da sua estratégia para salvar o euro do colapso, numa altura em que a Itália,a 3ª economia da zona euro, já se financia a taxas de juro consideradas proibitivas.
Assim, é afirmado o objectivo de fazer-se, o mais depressa possível, uma revisão do Tratado de Lisboa, criando uma união orçamental, a que Berlim chama ‘união de estabilidade", com sanções, sistemas de controlo e capacidade de "ingerência" das autoridades europeias nas contas dos países da zona euro.
O governo alemão só depois consideraria soluções solidárias, como ‘eurobonds' ou uma intervenção diferente, mais larga, do Banco Central Europeu. Estas perspectivas alemãs serão debatidas a 9 de Dezembro, em Bruxelas, sendo de prever resistências.
Até ao novo Tratado entrar em vigor - e através de que procedimento... democrático? -, cabe ao BCE, com compra avulsa de dívida soberana, a tarefa de acalmar os mercados. Já depois da adopção do FEEF, discute-se activar a nova linha de crédito do FMI com os recursos que sobram no Fundo de Resgate. Ainda segundo as agências noticiosas, parece que a Alemanha pretende ganhar tempo para ver até onde estão dispostos a ir os países ditos periféricos (onde se incuem a Itália, a Espanha, e sabe~se lá que outros países)com as suas reformas.
O ministro das Finanças alemão, citado pela Bloomberg. disse que "primeiro, temos de ter uma união de estabilidade e depois veremos como isso funciona". O BCE e os ‘eurobonds' "são debates que teremos depois, não agora (...) qualquer discussão sobre ‘eurobonds' reduz a probabilidade de termos o enfoque necessário nas mudanças ao Tratado". Esta integração orçamental, acrescenta Michael Meister - deputado porta-voz do partido de Angela Merkel -, é a pré-condição para a Alemanha rever a sua posição sobre soluções do chamado risco partilhado.
A Alemanha explora a posição de maior país e maior contribuinte da UE, fixando os termos dos acordos futuros. O discurso de Merkel no Parlamento, a 2 de Dezembro, deverá determinar os contornos do acordo político de revisão do Tratado a fixar na semana seguinte. Estas mudanças, explica Seibert, "devem poder ser adoptadas num prazo de tempo que será surpreendentemente curto para alguns". Trata-se de um "calendário ambicioso porque acreditamos que a Europa não pode continuar sempre a esperar".
Vamos ter um fim de ano agitado? Parece que sim!
E nós?
À espera da sra. Merkel?, das suas contingências eleitorais e de quem manda nela?
4 comentários:
Bombas para quê? A fome é uma arma de destruição maciça. Esta é uma guerra onde não se encontram abrigos possíveis. Lutamos ou perecemos!
Estou FARTO! Estou de farto de ter(mos) razão num tempo em que não me (nos) dão razão. Estou farto de passados uns tempos, como se fosse um grande novidade, surjam os economistas e ideólogos defensores do sistema a afirmar o que há muito fora afirmado, descredibilizado e silenciado (pelos mesmos economistas e ideólogos).
«Roubini: "Dívida de Itália deve ser reestruturada"» (http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=522537)
Estou farto, mas empenhado e confiante na longa e exigente luta por uma alternativa patriótica e de esquerda, por um Portugal com futuro...
Cada vez mais desgovernados não só pelos nossos(que já são lacaios dos outros) mas agora cada vez mais e mais diretamente pelos de fora.
Por onde andam a nossa independência e a nossa democracia?
Um beijo.
Estamos fartos de saber que as decisoes saídas destas reunioes serao sempre do interesse do capitalismo franco-alemao.Estou farta da democracia (deles).
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