(...)
3. De repente, porém, eleva-se a voz do operário(*), que estava emudecida na tempestade e ímpeto do processo de produção: “(…) Eu reivindico, pois, um dia de trabalho de comprimento normal e reivindico-o sem apelo ao teu coração, pois em coisas de dinheiro os sentimentos não contam. Tu podes ser um cidadão exemplar, talvez membro da associação para a abolição dos maus tratos aos animais e, ainda por cima, teres fama de santidade, mas na coisa que face a mim representas não lhe bate qualquer coração no peito. O que aí parece palpitar é o próprio bater do meu coração. Reivindico o dia de trabalho normal, porque reivindico o valor da minha mercadoria, como qualquer outro vendedor.”
(* - … e de todos os trabalhadores)
4 comentários:
... e ironia das ironias, o sôr professor Avelino Jesus assina um artigo num dos jornais do «economês» dominante em que defende o corte no salário dos trabalhadores das Administrações Públicas (Férias + Natal) porque existe um efeito «parasitário» destes trabalhadores porque, em média, trabalham menos horas que os do privado. E como bom representante [ou papagaio] do capital, logo se lembrou: porque não reduzir o seu salário? Assim, em média passam a receber menos.
Logo surge a pergunta, porquê? Para aumentar a despesa pública ao serviço dos trabalhadores? Não, porque as ditas reformas estruturais, serão «estruturais» para a dinamização económica do país (alguns dirão competitividade) e [este acrescento é meu, pois nem a mais oportunista voz ao serviço do capital se atreve a revelar todas as suas intenções] temos que concentrar a depesa pública na repressão e coacção do Estado para garantir o contexto económico favorável ao investimento [à remuneração e apropriação dos lucros].
Tenho andado a ler e a aprender com os teus "post", mas pouco comento porque este meu computador anda a pregar-me umas partidas.Tenho que ver o que se passa.
Um beiji.
Aprender...Aprender...Aprender...
Como diz a Olinda (parafraseando um senhor de nome Vladimiro) aprender, aprender, aprender sempre!
Abreijos
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