(O desempregado é uma "criação" do capitalismo, que começou por não o assumir como involuntário enquanto o ia transformando em "variável estratégica", de que, por vezes, perde o controlo)
Quantos desempregados há, em Portugal, hoje?
Há os desempregados inscritos - inscritos no IEFP, nos chamados "centros de emprego".
Há os desempregados estatísticos - recenseados pelo INE
Quantos desempregados há, em Portugal, hoje?
Há os desempregados inscritos - inscritos no IEFP, nos chamados "centros de emprego".
Há os desempregados estatísticos - recenseados pelo INE
Há os desempregados reais - que são os inscritos mais os recenseados mais os que não estão nem inscritos nem recenseados.
Há os desempregados subsidiados - conquista social institucionalizada na correlação de forças, cada vez proporcionalmente menos relativamente aos desempregados reais (e que não é "dádiva" mas forma de seguro para os trabalhadores contribuem quando com emprego, e que começou por ser mutualização solidária) .
Por isso, quando se fala de desempregados e se dão números, é preciso saber se se está a falar de ínscritos, de estatísticos ou de estimados como reais e de quantos são, entre eles, os subsidiados..
4 comentários:
Ah!Isso para o rigor(ahahaha)jornalistico(?) não conta nada.Eles são a agit prop dos empresários,ie, os que sugam o trabalho feito por outros-exploradores!
Jornais,já deixei de os comprar.Não mereço estar a comprar propaganda da mais reles(ainda por cima).
Ah!Isso para o rigor(ahahaha)jornalistico(?) não conta nada.Eles são a agit prop dos empresários,ie, os que sugam o trabalho feito por outros-exploradores!
Jornais,já deixei de os comprar.Não mereço estar a comprar propaganda da mais reles(ainda por cima).
Útil e oportuna mensagem. Ainda há dias conversava com um amigo sobre alguma utilização abusiva dos números (no caso do desemrpego) conforme os interesses em causa. Não que seja condenável aproveitar estas representações da realidade para a analisar e descrever, tanto para a denúncia como para a valorização de políticas. Mas há necessidade de esclarecer de forma muito precisa as opções e as representações que utilizamos, com todas as suas limitações e constrangimentos.
No entanto, no desemrpego há aspectos que vão muito além destas representações (inscritos, estatísticos, recenseados, etc.). Define-se população activa e inactiva e entende-se que o desempregados são os activos que não estão empregados. Mas como definir os inactivos? Os que não trabalham? Ou melhor, os que não necessitam de vender a sua força de trabalho para satisfazer as suas necessidades? Mas, segundo me parece, este conceito não tem representação estatística. Pelo que concluo que todo o rigor será pouco. E não se confunda rigor com aparência de rigor pela utilização simplista da matemátca em representações promenorizadas do fenómeno social em causa: o desemprego, ou melhor, os que necessitando de vender a sua força de trabalho para satisfazer as suas necessidades não são capazes de o fazer (por diversas razões...).
Mas esta perspectiva não fica arrumada: é que a satisfação das necessidades tem muito que se lhe diga...
Para mim desempregados são todos os que não têm acesso ao direito de trabalhar. E são muitos. Mais do que aqueles que nos apresentam.
Um beijo.
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