terça-feira, agosto 07, 2012

Quase a Cem por Cento

Começaria por dizer, até para minha defesa, que a culpa é dele...Não conheço o senhor de lado nenhum (terei, há muito anos, participado num debate com ele, era eu um consabido economista e andava Nicolau Santos pelos primórdios de comentarista de economia), e a citação quase semanal que dele faço é... por culpa dele! Quem o manda escrever estas coisas, muitas delas que eu gostaria de ter escrito, embora, evidentemente, não todas, e muitas das que eu gostaria de escrever (e ler!) fiquem no tinteiro ou para arquivo do escrevente.
O facto é que, na leitura actualizadora do Expresso, quase todas as semanas, quando já estou a perder a cabeça e o tento na língua (sem consequências para ninguém...), me aparece esta ilhota refrescante da página 5 do caderno da Economia, com um poema bem escolhido e tudo, como foi mais uma vez esta semana.


Recorto as duas últimas colunas do artigo (chamemos-lhe) de fundo:
(...)


E, esta semana, não foi só. Como habitualmente não é. Num dos pequenos comentários que marginalizam o artigo de fundo, a propósito do espectáculo de abertura dos Jogos Olímpicos, pergunta NS se "É difícil perceber que o SNS é um sucesso e que nos devemos orgulhar dele?".
É pena ter dito antes que "Por aqui, o Serviço Nacional de Saúde é uma arma de arremesso entre esquerda e direita". Decerto que a NS não é difícil perceber que a disputa não é entre a direita e a esquerda (como se etiquetam as forças políticas, tantas vezes sem qualquer sentido de orientação) mas entre o direito à saúde e o negócio da doença.

Também não se pode querer tudo explicadinho para leitor do Expresso perceber!...

5 comentários:

Jorge Manuel Gomes disse...

É!

O NS nunca vai ao cerne da questão. Porque não sabe ou não quer saber.
Porque se quisesse saber o porquê das coisas bastava ler o "anónimo séc. xxi".
Mas é sempre bom quando alguém dá razão aos Comunistas!

Um abraço,

Jorge

Sérgio Ribeiro disse...

Olha que, se calhar, de vez em quando lê...
Isto sem pretenciosismos.
O pior é o resto...

Grande abraço

Graciete Rietsch disse...

Mas, dentro da sua calma, lá vai dizendo alguma coisa. Não costumo ler o Expresso, portanto nem o conhecia. Foi-me "apresentsdo" por ti.
Mas eu penso que,de vez em quando, é preciso ser crítico, não é? Afinal, segundo dizem, vivemos num país livre. Ou estou a ser injusta? Às vezes custa-me tanto a crer na sinceridade de certas
pessoas!!!!!

Um beijo, um pouco desiludido. Preciso urgentemente da FESTA do AVANTE!!!!

Antuã disse...

Às vezes eles precisam de dizer umas coisitas que cheire a esquerda. Assim se vai lendo o "expenso" que até tem umas coisitas. O pior são as vagas avassaladoras de desinformação.

Ricardo O. disse...

Há cerca de um ano, numa iniciativa evocativa da obra e luta de Bento Jesus Caraça, o Manuel Gusmão recordou uma reflexão do grande professor e intelctual comunista sobre a importância da luta e dam obilização operária como ponto essencial para a mobilização das camadas intelectuais.

Não quero dizer que etejamos a assistir à «mobilização» do Nicolau Santos, mas não consigo deixar de pensar que a luta e a realidade social e política em quen os encotramos tem alguma responsabilidade. É claro que, escrevendo muitos parágrafos interessantes, precisa tomar partido e fazer as necessárias opções de classe e políticas que o tornem efectivamente num intelectual consequente.