sexta-feira, agosto 07, 2009

7 reflexões sobre CRISE e ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS - 7ª e última

7. Se, por pressão do desenvolvimento das forças produtivas, os modos de produção/ formações sociais se têm de adaptar, e as rupturas podem ser adiadas – mas não são evitáveis – também os Estados e as estruturas internacionais terão de se adaptar, antecipando-se às, ou sendo parte das, adaptações e dos adiamentos.
7.1 As macro-estruturas internacionais foram criadas e/ou reformuladas no pós-guerra. Bretton-Woods, S. Francisco, dólar moeda comum internacional, FMI e BM, ONU e sua rede de agências integrando a OIT que vinha de 1919, do final da outra dita grande guerra. Nestes 60 anos, houve muitas mudanças quantitativas e algumas qualitativas. Do comércio entre-Estados passou-se à economia internacional e, depois, à finança transnacional. Apareceram várias formas de concerto ou de acerto de dinâmicas, primeiro entre Estados, depois trans e supranacionais; integração de espaços económicos, primeiro sectoriais, depois globais; iniciativa de pontuais e informais reuniões para definir estratégias; ajustamentos estruturais caso a caso ou país a país; ingerências escondidas ou eufemistizadas, depois às escancaras. Mantém-se a ONU mais a NATO, os G7 e 8 e 20, Multilaterais e Bildegerg, fóruns como o de Davos, Mesa Redonda dos Industriais e sei lá que mais. Trata-se de uma justaposição de dinâmicas e mecanismos a vários níveis, que só exigem reforma das Nações Unidas e de estruturas financeiras, que adeqúem estas ao momento (histórico) e ao adiamento das rupturas, desvalorizando ainda mais a OIT, a FAO, a UNESCO, as que tratem dos recursos, da energia, do ambiente?
ou
7.2 Como fase da etapa do imperialismo, está-se perante uma nova situação, em que as rédeas dos mecanismos e das dinâmicas passaram para outros níveis e, nos locais, se impõem de fora para dentro, ou de cima para baixo, quando é dentro, em baixo, quando é nas massas que continua, e continuará, o núcleo duro das lutas. Há que contrariar, com toda a força (da luta de classes), a contraditória interpretação de que tudo está a mudar mas que tudo vai continuar na mesma no que respeita ao essencial, às relações sociais que vão mais fundo que as explícitas nas aparentes “grandes causas”, que vão ao que faz com que haja exploradores e explorados, o que só acontece por via das posições (de classe) perante o trabalho e a produção?
>>>>>É esta é a nossa posição!

1 comentário:

Maria disse...

Antes do início dos trabalhos aqui um Bom Dia! para aí.
Voltarei depois, para ler estas reflexões. Quando estiver com os neurónios todos a funcionar...

Beijo