O primeiro ministro veio festejar, em directo e com foguetório, "o princípio do fim"... segundo ele "da crise". Porque, no 2º trimestre de 2009, a economia portuguesa teria crescido (em cadeia) 0,3 por cento (ou, digo eu para o ajudar, 3 por mil), como se não tivesse nenhuma importância ter-se afundado, em relação ao 2º trimestre de 2008, 3,7 por cento ( ou, digo eu para o desajudar, 37 por mi l).
Seria ridículo se não fosse muito sério. Tem de ser dito sem qualquer intenção catastrofista mas, apenas, para repor alguma seriedade. E é bom não esquecer que, até 27 de Setembro e 11 de Outubro, não haverá mais informações trimestrais.
Seria ridículo se não fosse muito sério. Tem de ser dito sem qualquer intenção catastrofista mas, apenas, para repor alguma seriedade. E é bom não esquecer que, até 27 de Setembro e 11 de Outubro, não haverá mais informações trimestrais.
Já agora, acrescenta-se, como última informação trimestral - também do 2º de 2009 - sobre emprego, o resumo do INE:
RESUMO
De acordo com os resultados do Inquérito ao Emprego relativos ao 2º trimestre de 2009 a população activa em Portugal diminuiu 1,0%, face ao trimestre homólogo de 2008 (correspondendo a 54,1 mil indivíduos), e 0,2%, face ao trimestre anterior (10,9 mil). Para o decréscimo homólogo são de destacar os seguintes resultados: a diminuição no número de activos do sexo masculino (36,1 mil indivíduos), dos 15 aos 34 anos (59,2 mil) e com 65 e mais anos (11,5 mil) e com nível de escolaridade completo correspondente, no máximo, ao 3º ciclo do ensino básico (164,2 mil). A taxa de actividade da população em idade activa (15 e mais anos) foi de 61,9%.
A população empregada diminuiu 2,9% (correspondendo a 151,9 mil indivíduos), face ao trimestre homólogo de 2008, e 0,4% (22,9 mil), face ao trimestre anterior. Para a evolução homóloga referida contribuíram essencialmente os seguintes resultados: a diminuição no número de empregados do sexo masculino (105,5 mil), dos 15 aos 34 anos (111,6 mil), com nível de escolaridade completo correspondente, no máximo, ao 3º ciclo do ensino básico (234,9 mil), a trabalhar no sector da indústria, construção, energia e água (95,0 mil), por conta de outrem (104,7 mil) e a tempo completo (113,7 mil). A taxa de emprego da população em idade activa (15 e mais anos) fixou-se nos 56,3%.
No 2º trimestre de 2009, o número de desempregados ascendeu a 507,7 milhares de indivíduos. A população desempregada aumentou 23,9% (97,8 mil indivíduos), face ao trimestre homólogo de 2008, e 2,4% (11,9 mil), face ao trimestre anterior. Para o acréscimo homólogo do desemprego contribuíram essencialmente os seguintes resultados: o aumento no número de desempregados do sexo masculino (69,4 mil), dos 25 aos 34 anos (37,6 mil) e com 45 e mais anos (26,5 mil), com nível de escolaridade completo correspondente, no máximo, ao 3º ciclo do ensino básico (70,7 mil), à procura de novo emprego (98,3 mil), cujo ramo da última actividade pertencia à indústria, construção, energia e água (58,4 mil), e à procura de emprego há menos de um ano (70,5 mil). A taxa de desemprego foi de 9,1%, tendo aumentado 1,8 pontos percentuais (p.p.), face ao trimestre homólogo de 2008, e 0,2 p.p., face ao trimestre anterior.
A população inactiva com 15 e mais anos aumentou 2,4%, face ao trimestre homólogo de 2008 (abrangendo 79,2 mil indivíduos), e 0,5%, face ao trimestre anterior (16,8 mil). A taxa de inactividade (15 e mais anos) foi de 38,1%.
7 comentários:
É o fim do princípio. O enganador enganou-se.
Cada vez mais sem vergonha. E o pior é que o que fica na cabeça dos ignorantes que o apoiam é a cantilena de reforço à ignorância. Este nem jeito tem para fazer malabarismos com números. Apenas arquitecta mentiras e as profere em todas as ocasiões que pode e que são muitas. Todas as que os titereiros que o movimentam lhe arranjam para proveito deles mesmos.
Se for o princípio do fim dele...
... era bem Ó Samuel! ;)
Este primeiro-ministro é cego e surdo - infelizmente, não é mudo...
Um abraço.
"Seria ridículo se não fosse muito sério.". De facto, esboçava um sorriso se o assunto não fosse tão sério :)
É verdade que Sócrates embandeirou em arco como se costuma dizer,contudo o ministro das finanças fez uma análise correcta da situação,dizendo que a crise só acaba quando se resolver a situação do desemprego.Ora como sabe os reflexos do crecimento só se começam a sentir quando o crescimento ultrapassar pelo menos 2%.Espero que em relação ao post do Samuel o principio do fim de Sócrates não seja o inicio de MFL.Vamos ter eleições legislativas,ora não é só o PS que se apresenta mas o que eu vejo e leio é que a grande maioria das criticas vai para este partido,é certo que as merece,mas então do PSD não há nada a dizer?Eu felizmente lembro-me de muitas coisas que se passaram quando estiveram no governo com o CDS.
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