Nas viagens de informação “à toa”, clicando sem bússola, há sempre encontros. Alguns maus… são os maus encontros. Mas todos úteis. Como os votos.
Nem sei onde, escrevia-se, e eu li mais ou menos assim, que não se pode (ou era que não se deve?...) confundir ética com política. Mas as linhas logo a seguir confundiam ética com justiça, como se fossem a mesma coisa, e estigmatizavam a confusão entre política e justiça. Ora ética é algo de muito preciso e de muito delicado. Tem de haver uma ética para a política e tem de haver uma ética para a justiça. E faz parte da ética da política não se confundir com a justiça.
Não agredirá a justiça, e a sua ética própria, impedir que seja candidato (e, obviamente, não ser eleito representante da comunidade) alguém que é arguido (ou já condenado, embora com recurso interposto) em processos judiciais que agridem a ética indispensável para que a política tenha (e cumpra) a sua ética. É da ética da justiça que todos são pressupostos inocentes antes de condenados pela justiça, mas parece-me ser da ética da política que se evite que, por morosidade e artifícios judiciais (em que o funcionamento da justiça, particularmente a portuguesa, é pródigo), possa vir a ser candidato e eleito, e a beneficiar de estatuto e imunidades, quem já é arguido (o que, no plano jurídico, pressupõe não-inocência) ou mais adiante no processo. A transpor a ética da justiça para a ética da política é que se estaria a confundir política com justiça.
E há uma coisa que quero sublinhar, para mim não só há como tem de haver, ética na política, (no sentido lato, ou seja, acto nas relações humanas), tem de haver, na política, uma ética: a ética política, cuja deveria prevalecer sobre todas as outras pois dela decorre como os humanos estão organizados em sociedade.
Nem sei onde, escrevia-se, e eu li mais ou menos assim, que não se pode (ou era que não se deve?...) confundir ética com política. Mas as linhas logo a seguir confundiam ética com justiça, como se fossem a mesma coisa, e estigmatizavam a confusão entre política e justiça. Ora ética é algo de muito preciso e de muito delicado. Tem de haver uma ética para a política e tem de haver uma ética para a justiça. E faz parte da ética da política não se confundir com a justiça.
Não agredirá a justiça, e a sua ética própria, impedir que seja candidato (e, obviamente, não ser eleito representante da comunidade) alguém que é arguido (ou já condenado, embora com recurso interposto) em processos judiciais que agridem a ética indispensável para que a política tenha (e cumpra) a sua ética. É da ética da justiça que todos são pressupostos inocentes antes de condenados pela justiça, mas parece-me ser da ética da política que se evite que, por morosidade e artifícios judiciais (em que o funcionamento da justiça, particularmente a portuguesa, é pródigo), possa vir a ser candidato e eleito, e a beneficiar de estatuto e imunidades, quem já é arguido (o que, no plano jurídico, pressupõe não-inocência) ou mais adiante no processo. A transpor a ética da justiça para a ética da política é que se estaria a confundir política com justiça.
E há uma coisa que quero sublinhar, para mim não só há como tem de haver, ética na política, (no sentido lato, ou seja, acto nas relações humanas), tem de haver, na política, uma ética: a ética política, cuja deveria prevalecer sobre todas as outras pois dela decorre como os humanos estão organizados em sociedade.
Estarei errado?
Volto já.
1 comentário:
O que me disseram é que determinado senhor fez uma referência ao livro O Príncipe de Maquiavel... mas saiu disparate.
É o que acontece quando se tenta citar um livro sem o interiorizar, sem o compreender.
Esperemos que o tal senhor venha ler este post, pode ser que o ajude a buscar a ética de onde a pôs.
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