As últimas no Rio bre o Rio e adjacências (haverá mais nos Zambujais sobre o Rio):
- O presente e o futuro do/no Brasil
O convívio camarada.
A amizade parece palavra do falar brasilês. Camarada é palavra do léxico universal. Juntar os dois vocábulos no Rio de Janeiro pode ser redundante ou quase excessivo.
O encontro de convívio com camaradas, recebido com o Carlos do Carlos a cantar Ary, foi momento excepcional numa estadia lúdica e repleta de atenções e manifestações de amizade e de carinho.
Foi simples, foi natural, foi (quase) emocionante. Falámos sério a brincar, brincámos a falar de coisas sérios, enquanto comíamos e bebíamos coisas “bem gostosas” (como bolinhos de bacallhau feitos carinhosamente pelo anfitrião), e eu atendia telefonemas calorosos vindos de S. Paulo.
Mudámos o mundo em palavras de luta, disponíveis para o mudar por actos. Em que alguns de nós insistimos e persistimos, em que outros se iniciam.
Tendo sido o pretexto para o convívio informal, tive de dizer duas palavras. Que pouco mais de duas foram. Sobre o tempo que vivemos, aqui e em Portugal. Sobre o tempo brasileiros que vivemos (BRIC e BASIC sempre a começar por Brasil). Sobre a exemplificação que foi esta estadia da regra de aprender, aprender sempre e muito. Sobre a importância da luta de massas e da luta ideológica na luta de classes. Marxistas-leninistas que somos.
Foi marcado encontro para a Festa do Avante de 2011. Porque em 2010 há que lutar muito no Brasil para continuar(mos) um caminho brasileiro e em que o Brasil é peça fundamental para o troço e atalho(talvez) decisivo. E em que o respeito e admiração pelo PCP foi motivo de orgulho, estímulo e estimulante.
(um obrigado pessoal, e muito amigo, para a Márcia, o Carlos, o João e o Marcos)
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- Nataliando
- Os aniversários, só há que aniversariá-los; os natais, só haveria que nataliá-los…
Por mais que tentemos fugir-lhes, todos os anos aí estão.
Este, aí esteve! Muito especialmente. Porque em família.
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Os natais! Ao mesmo tempo enternecedores e irritantes.
Enternecedores porque trazem ao de cima o melhor de nós: o gosto de oferecer, o prazer de receber, a solidariedade, a total desinibição na afirmação de que gostamos uns dos outros.
Irritantes pela razão da comemoração, por algum exibicionismo, pelo que se escondem provisoriamente.
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Neste, tudo isto poderia ser ilustrado. Sob o olhar-testemunho, frio e mudo, de Bento XV.
Mas guardo, para guardada ser, uma funda recordação deste natal. A imagem de uma família que nos acolheu e adoptou. "Gente boa", muito boa, Com um encantador casal de nonagenários, verdadeiramente sublimando ternura, os dois o centro de tudo, o nó afluente e irradiante. Bonito, muito bonito.
E angustiante. De várias maneiras, sendo a minha a de quem está tão mais perto deles, do casal de tão simpáticos velhinhos, e tão certo de saber que comigo não será assim se vier a durar quanto eles.
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Natal? Nunca mais! Até para o ano…
5 comentários:
Não sei porque "não será assim"... Com tanta ternura semeada tens direito a colher muita. Beijos e bom regresso. Cávospero..-
Cristal disse tudo!
Até (quase) já...
Beijos
Que linda descrição do Natal!!!!! Eu não consigo senti-lo como uma espécie de privilégio que faz com que os nossos melhores sentimentos se manifestem. Se se manifestam é porque já existiam e isso sim é que é um privilégio. Caso contrário é hipocrisia. Mas gostei muito daquele bocadinho do post referente aos nonagenários. Comovente!!!!!
Um abraço e que a luta continue para que ràpidamente possa ser Natal todos os dias e para todos.
Aos teus noventa, eu terei setenta. Acho que nos equilibramos...seja no SAARA ou no Zambujal!
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