Naquela hora, ou naqueles minutos que terminam um dia, fechado o computador, desligados uns interruptores (de fora e cá de dentro de mim), antes de me ir deitar, espreitei para a televisão para "ouver" um programa que vira anunciado. Apercebi-me que falavam... de fezes. Não em sentido figurado mas escatológico, como se fossem crianças. E pareciam, e riam muito...
Fui mais depressa para a cama. Antes da leitura do livro que estou a saborear - e que oferecido me foi, num gesto muito amigo - abri um Brecht que anda sempre por perto, Histórias do senhor Keuner. Assim como quem toma um laxante, um clister...
Saltou-me esta história do sr. K.:
Uma boa resposta
No tribunal, perguntaram a um operário se queria prestar juramento sob a forma laica ou religiosa. E ele respondeu: «Estou desempregado».
«Não se trata apenas de uma distracção.», disse o senhor K. «Com esta resposta dava a entender que se encontrava numa situação em que semelhantes perguntas, e talvez todo o procedimento judicial propriamente dito, tinham deixado de ter sentido.»
3 comentários:
E da noite para o dia, com o teu excelente post, a diferença entre as coisas importantes e as futilidades/distracções que enchem o mundo à nossa volta.
Quando chegará o dia desta noite??
Sim... são muitas as "fezes" com que nos bombardeiam... que nos fazem ir a correr para o sono descansado, que a maioria das vezes nem isso chega a ser... tamanha são as futilidades com que nos enchem o cérebro... por isso é que há uns meses que já desisti dela (a TV)... e ando bem mais descansada!!!
Mas a ordem do mundo é assim mesmo... dita inquestionável! Às vezes apetece-me contrariá-la (só para ser do contra)... mas há tanto a questionar!!!
Por exemplo... por que é que um novo dia começa à noite? Andarão os astros avariados? :)
(Já para não dizer que SETembro é mês 9, OUTubro mês 10, NOVembro 11 e DEZembro 12.... mas isso já são outras andanças)... bom... tudo isto para responder que assim é difícil entender "quando chegará o dia desta noite".
Abraços para o Zambujal...
Futilidades são o que o capitalismo mais espalha por toda a parte.
Enviar um comentário