segunda-feira, setembro 05, 2011

Ainda (e por quanto tempo?) a Líbia

Extracto de um artigo do Secretário de Relações Internacionais do Partido Comunista da Bolívia, publicado hoje em Vermelho:

«(...) O socialismo a la Kadafi, de todo modo, produziu resultados inéditos na África. A Líbia até agora tinha no Continente, a renda per cápita mais alta, a educação de maior nível, a saúde com os melhores índices e outros aspectos mais que mostram o alto nível de vida que tinha alcançado. Inclusive havia conquistas próprias de uma ciência altamente desenvolvida. Conquistou um aproveitamento de águas fósseis que estava transformando seu imenso deserto em um vergel e com capacidade para produzir alimentos, ter segurança alimentar. Tudo isto é efeito da nacionalização do petróleo nos primeiros tempos da revolução que em 1º de setembro completou 41 anos. Possui a maior riqueza petrolífera da África, de qualidade muito elevada e que significa 3,5% das reservas mundiais. Esta é a causa da desgraça da Líbia, além de talvez os erros e ziguezagues de Kadafi.

Na quinta-feira passada começou em Paris a divisão do petróleo e das riquezas líbias. Outra vergonha do século 21, originada pela ambição e a prepotência imperialista. A França já garantiu a metade dos hidrocarburantes. Dizem que devolveram à Líbia a liberdade e a democracia. Democracia? A mesma do Afeganistão ou a do Iraque, onde a Otan segue matando civis há 10 anos? Quais liberdades? Até os bilhões de dólares e euros estão à disposição de Sarkozy, Berlusconi e outros desonestos que algum dia receberam ajuda de Kadafi.

Mas este não é nem Al Maliki nem Hamid Karzai, resistirá até morrer e se ele tombar outros empunharão sua bandeira.»


A guerra na informação e a guerra da informação (entrevista em TeleSur):




2 comentários:

Fernando Samuel disse...

O Sarkozi já disse que, se é responsável por 1/3 dos bombardeamentos, tem direito a 1/3 do petróleo...

Um abraço.

alexandre, lurdes disse...

A Europa sempre viveu à custa...
Ambição, arrogância não falta a estas ditas potências.
Agora está a ver se subatituir os impérios perdidos.
As democracias pelo seu lado, nesta fase do seu processo de vida têm lideres como Berlusconi, Sarkozi e MerKle e depois os tontos que os seguem como os líderes portugueses.
Se de facto a Líbia teve uma educação...desenvolvimento...esperemos que os seus cidadãos tenham olhos mais abertos