«Honduras
Luta de classes no Baixo Aguán
Três dirigentes camponeses foram assassinados no fim-de-semana de 20 e 21 de Agosto na região de Aguán, no Nordeste das Honduras. O Vale encontra-se fortemente militarizado por ordem do presidente Porfirio Lobo, que argumenta com a necessidade de «impor a ordem».
O Movimento Unificado Camponês do Aguán (MUCA), o Movimento Autêntico Reivindicativo Camponês do Aguán (MARCA) e o Comité de Familiares de Detidos e Desaparecidos das Honduras (Cofadeh), por seu lado, acusam as autoridades de estarem a agir em defesa dos grandes agrários e agroindustriais da zona, particularmente de Miguel Facussé, cujos mercenários têm aterrorizado os pequenos proprietários e assalariados rurais afectos ao movimento cooperativo local.
Entre Janeiro de 2010 e o corrente mês de Agosto, pelo menos 39 pessoas já foram assassinadas por grupos armados a soldo dos latifundiários, dizem as organizações supra citadas, 16 das quais nos últimos cinco meses, acrescentam.
A Frente Nacional de Resistência Popular (FNRP) também tomou posição sobre a situação considerando que as medidas repressivas fazem parte de «uma estratégia de aniquilamento da capacidade reivindicativa popular» e de esmagamento «das justas exigências de terras para os camponeses pobres».
Recorde-se que, no início dos anos 90, foi aprovada nas Honduras uma lei que determinava a entrega de terras aos camponeses pobres e aos trabalhadores rurais sem-terra. A norma nunca foi aplicada por desfavorecer os latifundiários, e, quando o então presidente Manuel Zelaya procurou passar do papel à prática, os agrários uniram-se à restante oligarquia hondurenha e ao imperialismo num golpe de Estado que interrompeu a legalidade democrática no território.»
(em avante!)
2 comentários:
O capitalismo onde está mata e brinda com o sangue dos trabalhadores que coerentemente não param de lutar.
É pena que os órgãos de comunicação não passem esta mensagem. Claro os seus patrões não deixam.
Gd BJ,
GR
Também peguei nesta notícia - e nunca é demais lembrar estas coisas...
Um abraço.
Enviar um comentário