Nestes dias, tenho andado a encontrar-me com "economistas" e com "dignitários da Igreja Católica" (como sempre, felizmente..., só na televisão), enclausurados... na defesa do sistema, cegos às consequência sociais do funcionamente do capitalismo.
Saltou-me aos olhos, agora mesmo, este pedacinho de Marx:
"Os economistas têm uma maneira singular de proceder.
Para eles há apenas duas espécies de instituições, as da arte e as da Natureza. As instituições da feudalidade são instituições artificiais, as da burguesia são instituições naturais.
Eles parecem-se nisso com os teólogos, que, também eles, estabelecem duas espécies de religiões. Toda a religião que não é a deles é uma invenção dos homens, enquanto a sua própria religião é uma emanação de Deus...
Assim houve história, mas não há mais"
(Karl Marx, Misère de la philosophie, Réponse à la Philosophie de la misère de M. Proudhon, 1847, p. 113) - in O Capital, Livro primeiro, tomo I, pp. 97-98, edições avante!)
2 comentários:
E assim a religião lá vai impondo o seu poder,"a mando de Deus".
Um beijo.
As palavras dos economistas do pensamento dominante de serviço sobre a inevitabilidade e ausência de alternativas, sobre aparentes soluções «técnicas», sobre neutralidades ideológicas, são a expressão actual desta afirmação de Marx.
Por isso, tal como Marx denuncia, tentam passar a ideia de que políticas alternativas são «invenção» ideológica, contra-natura [ou não verificável ou não científicas, etc.]. Mas, como ainda há muita história o povo demonstrará a força e a criatividade da alternativa. Vamos à luta, que temos muita história para «produzir».
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