Não Alinhados:
declaração final repudia intervenção na Síria
Os líderes do Movimento dos Países Não Alinhados (MNA) rechaçaram, nesta sexta-feira (31), uma intervenção militar estrangeira na Síria, ao aprovar a Declaração Final da 16ª Cimeira de Teerão, apesar de persistirem enfoques divergentes sobre este assunto.
Fontes da chancelaria do Irão adiantaram que os chefes de Estado e de Governo presentes na reunião trienal deram particular importância à crise Síria, sem deixar de apoiar pronunciamentos sobre outros temas polémicos.
O vice-chanceler iraniano, Abbas Araqchi, informou para os jornalistas que “o eixo central da Declaração de Teerão e o ponto que todos os membros estão destacando é a da não necessidade de uma intervenção militar em assuntos internos da Síria”.
A declaração foi submetida a discussões e consultas por parte das delegações dos 118 Estados-membros, sobretudo pela postura hostil deas nações árabes do Golfo Pérsico relativamente ao governo do presidente sírio Bashar Al-Assad.
O Irão, que apoia Al-Assad e propõe uma solução pacífica, indicou que a repulsa a qualquer manobra de ingerência em Damasco é um ponto importante, a partir do qual se deve trabalhar pera deter a violência e fomentar o diálogo.
O texto de 688 parágrafos e documentos anexos também incluíram a condenação do bloqueio económico dos EUA contra Cuba, a reivindicação da soberania argentina sobre as Ilhas Malvinas e o repúdio do golpe de Estado constitucional no Paraguai.
Igualmente expressaram apoio ao Equador em seu diferendo diplomático com o Reino Unido sobre o asilo outorgado ao criador do WikiLeaks, Julian Assange, e saudaram a Venezuela, que será a sede da próxima reunião do MNA.
A recusa do terrorismo e do critério duplice que o "Ocidente" aplica neste tema, a luta contra a pobreza, a segurança alimentar e o impacto das doenças e fenómenos naturais na economia das nações em desenvolvimento, também figuram no documento.
Além disso, fala da necessidade de reformar o sistema das Nações Unidas, em particular do Conselho de Segurança, da solução pacifica de conflitos e da defesa da paz e do dialogo entre as civilizações, religiões e da diversidade cultural.
A descolonização, o combate ao terrorismo e a promoção da democracia, a cooperação Norte-Sul e Sul-Sul, mereceram referências claras, junto com a causa palestina e outros conflitos que acontecem em países do Oriente Médio, além da Síria.
Fonte: Prensa Latina
1 comentário:
Bem dizia Paco Fernández Buey que já pressentia a mudança.
Não tanto,mas que estamos na encruzilhada,parece.
Um abraço,
mário
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