Mais logo, para o fim da tarde, por iniciativa amiga e camarada, serei confrontado com esta questão «Que crise é esta?». Não se trata de ir responder a uma pergunta, de levar a minha muita experiência e o meu escasso saber a um debate que teria a responsabilidade de animar com respostas ou, como é dito na "promoção", de apresentar a minha versão. Não! Será - vou procurar que seja... - o confronto, em aberta conversa de que serei o primeiro a falar (e tentarei encurtar o mais possível a fala), com a (chamada) crise que estamos a viver.
É verdade que, nestes dias, o que se procuram são respostas. E, nalguns casos, já em situação de desespero pesssoal e familiar. Mas não há respostas sem a compreensão de como se chegou a "isto".
No plano internacional, no planeta - que, por vezes confundimos com a Europa, e, pior ainda, com a "Europa" enquanto União Europeia, e, pior ainda, com a "zona euro" e, pior ainda, com o conluio Alemanha-França -, assaltam-nos notícias com o dramatismo de
Crise
Referendo grego provoca
onda de pânico em Bruxelas
Luís Rego em Bruxelas com Lusa
02/11/11 00:05
Merkel e Sarkozy
convocam reunião de emergência,
hoje em Cannes,
com representantes da UE, FMI e Grécia,
enquanto se não entende o significado (político e não só) de mudanças em chefias militares, numa situação e perspectivas que se estimavam irradicadas com "o fim da história" num sistema e pensamento únicos em estabilidade financeira... que afinal está a ser o contrário.
Não nos podemos deixar enredar neste dramatismo, que é areia a juntar às ondas de pó do absorvente quotidiano. Há que insistir no porquê?, por onde viemos?, para onde nos querem levar?, que fazer?, com quem?, como?. Não na busca de resposta rápidas, imediatas, simples(istas), mas na busca de compreensão para intervir.
Cada um, por si e para si, não vale nada, como parte de um todo é insubstituível!
E, já que acordei grandiloquente, a minha "versão da crise", a tal primeira fala, apenas quererá sublinhar que a Vida é a luta de contrários, que a História é a luta de classes (enquanto for), que os nossos quotidianos são a luta pela sobrevivência e a qualidade de Vida (a que temos direito, pelo que os antes de nós conseguiram), são a ínfima mas insubstituível (e responsável) parcela de intervenção de cada um na Vida e na História.
Até logo, que temos quilómetros para fazer e, talvez..., um filme para ver antes de.
3 comentários:
Tenho de te ler com o tempo e a atenção que não tenho tido...
Os "democratas" não querem ouvir falar em dar a voz ao povo. Ainda bem que o Presidente da Venezuela é um "ditador".
Este vídeo é bastante interessante.
http://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=5LQAYkP1aMg
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