terça-feira, maio 29, 2012

Explicitando melhor

Para que não fique qualquer dúvida de que eu esteja "branqueando" a senhora Merkel, mas sim a tentar impedir que ela sirva de "detergente branqueador", retomo o "post" anterior - que reagia a uma afirmação ouvida de Louçã - "... enfrentar a senhora Merkel..." -, que logo avançava com o enunciado de terríficas consequências para a saída da Grécia do euro, que serão idênticas às que tem a continuidade do/no euro com esta política e estes protagonistas. Com diferenças de prazos (entre curtos e muito curtos, com incursões por médios) e pomadas analgésicas
Confesso não ter ouvido todo o programa (prós e contras), que outras tarefas mais interessantes (e, espero..., úteis) me chamavam, mas adivinho que se preparava a eventualidade de um resultado eleitoral na Grécia para que se procuram formas de, por vias novas e ilusórias, não se ser consequente com a vontade do povo, além de se procurar - com exceletes intenções, claro - reforçar a via federalista como a superstrural panaceia.

Mas... voltando, para terminar, à senhora Merkel. E para melhor explicitar.
A senhora Merkel não é só "bode expiatório", ela é executora e mandatária das políticas que o capitalismo impõe como a relação de forças sociais lhe consente, e a minha observação tinha a ver com a dita senhora (que até teve a pouca sorte de ter nascido na ex-RDA...) começar a ser apresentada como "passa-culpas", assacando com as suas responsabilidades e as do sistema, e respectivas políticas anti- sociais, de que é fiel servidora.
Talvez, assim, consiga melhor exprimir a minha ideia, que vem de longe. E, já agora..., longe de mim sempre esteve a ideia de  defender a senhora, mas sim a de prever - como está a começar a acontecer - que ela viesse a polarizar as culpas todas, desulpabilizando o capitalismo e abrindo caminho para que este possa continuar, depois de um curto intervalo para ida ao bufete (ou ao lado), com outra face - mais cor de rosa, com mais pó-de-arroz - na alternância social-democrata ao puro e duro neo-liberalismo.

Há uma luta, e ela chama-se de classes por mais disfarces que lhe ponham, por mais alcunhas que lhe queiram prantar.

6 comentários:

cid simoes disse...

A Merkel no essencial é o Bush da Alemanha que quando estiver gasta será substituída por um Obama alemão para continuar com a mesma política.

Sérgio Ribeiro disse...

Ora aí está!
Com os Soares todos a formarem o coro dos coiros que cantam loas!

Rogério G.V. Pereira disse...

Isso, o Bush alemão... à maneira europeia

Justine disse...

Claríssimo, para quem quiser perceber...

samuel disse...

Sempre apareceram estes "bodes respiratórios" para assacar com as culpas...
Fica tudo tão fácil!

Abraço.

Olinda disse...

Maior cego,é aquele que não quer ver!As marionetas serão mudadas,o que move os cordelinhos é que será

sempre o mesmo.