«Seguradoras da Caixa propõem seguro contra cancro
A Fidelidade-Mundial e a Império-Bonança, seguradoras do Grupo Caixa Geral de Depósitos (CGD), lançaram o "Seguro Mulher", um seguro de vida com coberturas de doenças graves para o segmento feminino, nomeadamente cancro da mama ou ginecológico.»
Comentários:
- A CGD, logo as empresas do seu grupo, é instrumento-institucional da estratégia do Estado.
- Existe um Serviço Nacional de Saúde, que responde a um imperativo constitucional que define a saúde como um direito.
- Este "seguro de vida" é, na sua concepção, um ramo de negócio.
- As seguradoras do Grupo CGD, procurarão extrair lucro, como qualquer seguradora de fins privados (e legítimos), que se aceitaria que tivesse este ramo de negócio, complementarmente (mas não em concorrência) com s cuidados assegurados pelo SNS.
- Embora executoras da estratégia do Estado, estas "seguradoras" do Grupo CGD vêm "oferecer", a quem possa pagar prémios de seguros que sirvam os seus objectivos negociais, o que é um direito.
- Quem quiser "coberturas de doenças graves para o segmento (de mercado...) feminino, nomeadamente cancro da mama ou ginecológico", paga-as... apesar de ter pago os seus impostos, e de existir um SNS!
Diria que é... escandaloso!
10 comentários:
Outra:Espirito Santo e J.Mello disputam Caixa saúde com estrangeiros... se o povo deixar, eles "chupam o sangue fresco da manada". CGTP dias 9-Porto e 16 de Junho-Lisboa há que dar forte resposta aos vampiros!
Abraço
Entretanto as companhias seguradoras em portugal (mesmo ligadas ao sector público) não fazem seguros de vida a pessoas que tiveram doenças oncológicas...
As pessoas que tiveram doenças oncológicas, e a quem tinha sido atribuída uma incapacidade superior a 60%, têm direito a bonificação do empréstimo bancário. Mas...a banca exige seguro de vida; as companhias seguradoras não fazem (as que o fazem agravam tanto o risco que não compensa a bonificação).
É só negócio é o que é! Eles querem lá saber das pessoas.
O paradigma da vigarice dos seguros de saúde são os EUA. Vale a pena relembrar o filme do Michael Moore sobre o serviço de «saúde» existente nos EUA (há pouco tempo o programa 60 minutos também dedicou tempo a
esta questão, confirmando o que M.Moore apresentava no seu documentário).
Estejamos atentos porque caminhamos para lá.
Parabéns pelo seu blog. Embora venha cá com regularidade é a primeira que cá escrevo.
Ana Cristina Duarte
O negócio é sagrado. O lucro é a verdadeira doutrina... e o capital o verdadeiro "deus".
Felizmente... sou ateu!
Abraço.
Subscrevo e assino por baixo o comentário do Samuel.
Dia 9 lá estaremos, na rotunda da Boavista!
Abraço,
Jorge
O senhor tem cancro e não está seguro pelo Espírito Santo?! Então só pode recorrer ao extinto SNS!
De facto é escandaloso mas infelizmente há quem ache normal.
Um abraço pela nossa saúde
Não tarda nada,se deixarmos,quem não tem seguro,ou melhor,quem não tem dinheiro,é deitado fora,para o lixo,barbaramente assassinado pelo sistema.
Um abraço,
mário
O verdadeiro problema não está na CGD ter lançado essa iniciativa, o verdadeiro problema é que o SNS deixa morrer uma data de doentes por falta de meios. Vamos lá virar as agulhas para o sítio certo ou vamos deixar-nos morrer solidariamente?...
Já agora, quais são as seguradoras dos outros grupos bancários que fazem seguros para este tipo de doença?
Saúde para o SNS e morte para as seguradoras.
Quem foi que disse que o ser humano é o capital mais precioso?
Um beijo.
Os seguros de saúde, além de muito caros, não abrangem, como aliás qualquer seguro, “todos os riscos” pois, logo à partida, excluem as doenças pré-existentes e, como diz um comentário anterior, as seguradoras podem recusar a aceitação. Podem também anular arbitrariamente os contratos nos vencimentos e muitos estabelecem limites de idade. Não é muito extraordinária a modificação de condições contratuais sem a anuência expressa do titular. As coberturas têm máximos de responsabilidade e acontece, por exemplo em doenças oncológicas, depois de esgotadas as garantias, as pessoas serem empurradas para os serviços de saúde públicos. Acrescentar ainda que os contribuintes estão a suportar subsistemas de saúde, mesmos sem estarem abrangidos, que em última análise satisfazem os hospitais privados (exames caros e às vezes dispensáveis) que pertencem aos grupos económicos que por sua vez têm a sua seguradora. Em resumo, os seguros, mesmo para os que têm algumas posses, não substituem o SNS universal que urge defender e impedir a continuação da sua degradação ao serviço dos grandes interesses. Jorge Domingos
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