quarta-feira, março 12, 2014

Coreias ou Coreia?


O "post" anterior mereceu leitura e alguns comentários. 
Ainda bem. Assim se cumpre a intenção ao publicá-lo. 
Um desses comentários justificaria o despacho: 
divulgue-se. 
Aqui fica ele!  

Ana disse...
Alguns jovens portugueses visitaram Panmunjon a linha de demarcação que divide o norte e o sul da Coreia. Dum lado a indignação e o mesmo grito: Coreia é uma!
Do outro as tropas - americanas e sul-coreanas - que fotografavam os que se atreviam a dizer Não! ao Imperialismo.
A gigantesca muralha que divide o norte e o sul é um crime hediondo construído e suportado pelos EUA, que lá (man)têm tropas e observadores.
A luta, a mesma luta, como dizes, mantém-nos unidos. É esta união dos povos pelo futuro digno, que os fantoches sabem que existe mas à custa de dizerem tantas mentiras esperam (e conseguem) que alguma coisa fique nos que se alimentam (só) desta imprensa.
Não conheço o povo do sul. Conheço o povo do norte (estive lá cerca de 20 dias) e é um povo trabalhador e ordeiro. As crianças vão para a escola sem medo de perigos. Não há gente desempregada. Os campos estão lavrados. As cidades não se encontram sujas. As montanhas são belíssimas e não ardem a fogo posto. Idosos e crianças, o mesmo respeito. E manifestam para com os estrangeiros uma imensa gemerosidade. São raras as vezes em que mostro as centenas de fotografias que lá fiz há cerca de 25 anos. Os que as vêem perguntam-me: Como são os norte-coreanos e a Coreia do Norte? E lá estou eu a explicar-lhes que a Coreia é uma. Os coreanos são como nós. Mas o que eu conheço, os do norte, são trabalhadores, ordeiros e generosos. E a saudade de ver os amigos como a Cha e o Pak é imensa. Tão imensa, que o correio trocado não é capaz de anular. E alegram-me as notícias, como a tua, que me trazem a Coreia e o povo do norte.


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Obrigado, Ana!

4 comentários:

Graciete Rietsch disse...

Também gostei muito deste comentário, tanto mais que vem de alguém que esteve lá.
Um beijo para a Ana.
Outro para ti.

Ana disse...

Graciete,
Do que me lembro sobre a delegação portuguesa integraram-na 118 jovens de diferentes profissões, credos e posições políticas: católicos, sindicalistas, comunistas, socialistas, ecologistas, artistas - músicos e teatro -, estudantes, professores, jornalistas.

Antuã disse...


Importante este testemunho.

Anónimo disse...

http://www.youtube.com/watch?v=tcfym1qOBvY