Poema de Carlos de Oliveira
"Terra Pátria serás nossa,
Mais este sol que te cobre,
Serás nossa,
Mãe pobre de gente pobre.
O vento da nossa fúria
Queime as searas roubadas;
E na noite dos ladrões
Haja frio, morte e espadas.
Terra Pátria serás nossa
Mais os vinhedos e os milhos,
Serás nossa,
Mãe que não esquece os filhos.
Com morte, espadas e frio,
Se a vida te não remir,
Faremos da nossa carne
As seraras do porvir.
Terra Pátria serás nossa,
Livre e descoberta enfim,
Serás nossa,
Ou este sangue o teu fim.
E se a loucura da sorte
assim nos quizer perder,
Abre os teus braços de morte
E deixa-nos aquecer."
3 comentários:
Assim será!
Bom domingo!
Ontem, numa comemoração do 25 de Abril, organizada pela URAP, ouvi um coro de gente muito jovem, cantando magistralmente Lopes Graça.
Para além do evidente "Acordai", atiraram-se, atrevidamente (como disse à maestrina), às muito, muito difíceis…
Isto vai!!!… :-)
Abraço.
O Homem vencerá.
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