(...)
Se resumisse a iniciativa (e vou fazê-lo também em intenção do anónimo)
diria que foi oportuníssima, embora me pareça que alguns camaradas não sabem
muito bem como lidar com o manifesto dos 70…
(...)
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Parecia-me indispensável reforçar a abordagem que focalizasse a
crise do capitalismo e a questão vital da correlação de forças na luta de
classes, ou melhor: das correlações de forças no plano planetário, com regresso
ao Atlântico, à União Europeia, à Ibéria, a Portugal, à Assembleia da
República.
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Mas seria uma demasiado longa viagem para tão curto tempo!
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De qualquer modo, olhando para as notas, tenho lá escrito:
·
Crise…
do capitalismo, multi-espacial e multi-facetada
·
A
denúncia do carácter estratégico do que se apresenta como erro e se “demagogiza”
·
As
características variáveis estratégicas – o desemprego, a dívida
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Se tivesse tempo – que nunca poderia ter numa iniciativa como
aquela – socorrer-me-ia da que está a ser a minha “bengala” do momento.
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Do Bento de Jesus Caraça. Assim:
·
Pág.17
– Dá-se antão o choque, o qual, mais ou menos volento conforme a questão
debatida, interessa em maior ou menos grau os fundamentos da estrutura
existente, e nesse choque as força dividem-se em dois campos: o daqueles que
querem conservar, ou melhor, fazer sobreviver a si mesmo, um organismo
condenado, e o dos que, tomando como lema a nova idea, pretendem ascender,
impondo formas novas. O poder revolucionário duma idea mede-se portanto pelo
grau em que ela interpreta as aspirações gerais, dadas as circunstâncias do momento
em que actua.
·
Pág.
25 – O homem escravo da coisa – eis a grande condenação moral, do regime
social contemporâneo (e insisto eu em actualizar: o ser humano escravo da representação imaterializada - o
dinheiro - da coisa)
·
Pág,
31 - Eis a grande tarefa que está posta, com toda a sua simplicidade crua, à
nossa geração – despertar a alma colectiva das massas.
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E
por aí fora... até porque é inesgotável!
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Para além de iniciativas destas (muito necessárias e úteis), importaria
fazer acções de formação (ideológica!) para que não houvesse (tantas) dúvidas sobre
o que é a dívida externa, a diferença entre dívida pública e dívida privada (porquê
e como se nacionaliza esta, fazendo com que o público-os trabalhadores-de hoje-ou-de-ontem paguem o que foi privadamente pedido emprestado, em parte para "emprestar
ao público”...), se há ou não dívida ilegítima… e aí estou eu a “meter o Rossio na
Betesga”, como ontem nem tentei fazer porque não era, nem o momento, nem o sítio.
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Trouxe trabalho para casa..
de 1974
5 comentários:
É tudo tão difícil, tanta apropriação indevida de ideias há tanto tempo apresentadas, que eu começo a ficar cansada e, porque não dizê-lo, um pouco desanimada.
Será porque a idade vai pesando e vejo um futuro muito negro particularmente para a minha filha mais nova e os meus netos?!!!
Não sei, mas tenho que vencer o desânimo.
Um beijo.
O processo de consciencializacao das massas,torna-se ,hoje,mais dîficil.O poder dominante,encontra-se numa situacao privilegiada e encontrou formas bem subtis,para atingir os seus objectivos.Mas,as revolucoes,teem avancos e recuos e,em todo o mundo,os povos estao em movimento.O povo ê o grande motor da histôria.
Um beijo
Obrigado, amigas e camaradas,
o vosso estímulo tem sido muito importante! Por vós, sei que não estou a falar sozinho,,, e é agradabilissima (além de muito util).
Por favor, mandem-me, por mail, os vossos endereços. É para... uma "prendinha".
Saudações amigas
Obrigado, amigas e camaradas,
o vosso estímulo tem sido muito importante! Por vós, sei que não estou a falar sozinho,,, e é agradabilissima (além de muito util).
Por favor, mandem-me, por mail, os vossos endereços. É para... uma "prendinha".
Saudações amigas
eu por acaso acho que faltaram muitos contributos na iniciativa. todos os que lá não puderam estar e um dos que lá esteve.
grande abraço
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