28.03.2014
Tenho
projectos para hoje.
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De estudo e reflexão, como todos os dias (de agora e de sempre)
deveriam ser.
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O avante! de ontem
trouxe-me matéria que veio ao encontro daquilo que ando a procurar arrumar.
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A crónica internacional – Combate ao fascismo
–, do Àngelo Alves, é excelente e ajuda muito, assim como também, na
página seguinte, o actual – Imperialismo e fascismo – do Filipe
Diniz. (recomenda~se a leitura... como de todo o jornal)
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Como termina a Crónica“A segunda (de duas reflexões finais) é que são os partidos comunistas fortes e
implantados nas massas – portadores de uma real alternativa de ruptura com as
políticas de direita e da UE e de uma comprovada política e património de
unidade anti-fascista – e um movimento sindical de classe e de massas, que
podem de facto travar o passo ao fascismo.”
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Diria, assim – como talvez Ângelo não possa dizer –, que são esses
“partidos comunistas fortes e implantados nas massas” que estarão a faltar onde
o fascismo grassa e torna mais evidente (e quase consentido como fatalidade) “…o
deslocamento para a direita do espectro partidário na
Europa. A direita defende e executa políticas cada vez mais de extrema-direita
e a social democracia segue atrás prosseguindo no essencial as mesmas políticas,
como é bem visível em França e na «santa aliança» que determina o rumo da UE (primeira das suas últimas reflexões)”
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Sendo as massas o verdadeiro motor da História, é onde as massas
não têm organização partidária e sindical de classe que o processo histórico
parece em marcha atrás.
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Porque o fascismo se apoia no desespero das massas, na sua
“desilusão” perante as políticas e os políticos que se arrogam guardiões da
democracia mas têm desta uma concepção que servem, convivem e conluiam com relações
sociais de exploração do trabalho, isto é, dos trabalhadores de hoje e de
ontem.
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O que só pode acontecer – efemeramente na dimensão temporal da
História – por falta de cultura nas massas, de consciência destas do seu papel
na sociedade.
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E acrescentaria que não pode haver prática de classe sem teoria de
classe (logo revolucionárias, quer a prática, quer a teoria), e que só esta
escora a indispensável tomada de consciência,
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Além de que o que mais preocupa é a adesão das massas ao ludibrio do fascismo como movimento popular, precisamente por ausência de consciência de
classe e de organização.
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O que, embora se espere sempre a recuperação histórica a prazo, se
tem pago muito caro.
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E não se pode confundir, como exemplarmente o ensina Bento de Jesus
Caraça, cultura com conhecimento, élites com "classes" dirigentes, civilização
com cultura.
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Cá por nossa casa, as décadas de fascismo terão algum efeito de
vacina – que nunca tem eficácia total –, mas o que mais reconforta, nestes dias
de agora, é a existência de organizações de massas, políticas e sindicais, que,
por serem de classe, “travam o passo” à direita e às suas manifestações mais extremas.
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A questão é, sempre e em todo o lado, a da correlação de forças,
e esta passa pela tomada de consciência dos papeis e força das classes, na sua relação e luta.
(de páginas 4790 a 4795)
3 comentários:
Um exemplo triste é o que se passa em França. A falta de organização das massas e o descontentamento com o governo, levaram a que a maior abstenção se verificasse na classe operária e nos jovens e que os votantes caíssem no ludíbrio do fascismo.
Um beijo.
É cada vez mais necessário a leitura e discussão do Avante!
A situação da França e não só é preocupante. Aqui no Norte a FN já começou a trabalhar para as Eleições Europeias enchendo as caixas de correio, com a sua irritante propaganda...
GD BJ,
GR
É cada vez mais necessário a leitura e discussão do Avante!
A situação da França e não só é preocupante. Aqui no Norte a FN já começou a trabalhar para as Eleições Europeias enchendo as caixas de correio, com a sua irritante propaganda...
GD BJ,
GR
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