quinta-feira, outubro 13, 2011

Chipre-8

excertos (do dia 13, hoje):

Dia de “excursão turística”.

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Para ir à montanha, uma vez que ela não vinha até nós, assim teria de ser.

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Em transportes públicos, só de táxi, que é pouco público e muito caro.

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A alternativa de alugar um carro e partir à aventura, não só de nos orientarmos pelos “guias” turísticos, e também de guiar em permanente contra-mão não se tornou muito risonha, ainda porque o mínimo eram dois dias e nós só dispúnhamos de um…

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Embora, sozinhos e à aventura, um dia fosse de menos, contando com as buscas e os tempos perdidos e desencontrados…

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Lá nos metemos, ilha portuguesa num mar de alemães calmeirões (e, parece, outras pouco simpáticas aventesmas de estranhas etnias).

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A aldeia de Kakepetria e o mosteiro de Kikkos eram o nosso destino.

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Sorte tivemos com a guia (e com o motorista da camioneta, que foi discreto e profissional).

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Uma guia que começou a dar-nos informações sobre Chipre, a falar-nos de Chipre em inglês bonito e doce, suave.

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Há uma ideia que vou arreigando, que é a de que não há qualquer resignação, bem pelo contrário, mas que os cipriotas vêem a ocupação numa perspectiva de longo prazo (o hábito de viver em séculos) … e pacientemente.

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Pois as “minhas informações” (do jornal de hoje, o Cyprus mail) são “riquíssimas”, e completam informações que a guia foi, turisticamente, fornecendo.

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Logo na primeira página, grande relevo para um relatório do FMI e declarações de Jan de Vrijer, director-assistente do Departamento Eurpeu, que passa para a 3ª página, com um "aviso muito sério" para que "Chipre actue já para evitar crise".

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E que recomendações são dadas a acompanhar este "aviso muito sério"?

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Diria um PEC alfa & ómega.

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Coisas como contenção da despesa publica, em particular nos salários e benefícios em transferências sociais, como no congelamento do CoLA (cost of living alowance), reforma do sistema nacional de pensões, apoio à capitalização dos bancos…

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E etc.

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Perguntado o "assistant-director" do FMI sobre o que levara à radical revisão entre relatórios e declarações de Fevereiro (com um cenário de crescimento de 1,5/2%) e o que o jornal hoje transcreve, respondeu que a explosão de 11 de Julho, com a consequência colateral a destruição de uma central eléctrica, teve impacto,

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embora também tenha dito que o mais importante para essa revisão (e para as medidas propostas como urgentes) seja a turbulência financeira na Europa e a diminuição nas perspectivas de crescimento nos EUA e na Europa.

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Uma verdadeira escalada! .... em todas as latitudes e longitudes...

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Até porque, nas páginas interiores, está a notícia de negociações para a compra de um pacote de 18% das acções da Cyprus Airways, de que o Estado dispõe de 69%, e resiste a perder a maioria (a seguir é a golden-share, se necessário, e depois… não é?),

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e ainda sobre uma segunda ronda de negociações (ditas ao mais alto nível político) sobre a exploração de possíveis hidrocarbonetos (ou sobre a possível exploração de hidrocarbonetos) na Zona Económica Exclusiva de Chipre.

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E olhe-se para Chipre no mapa.


2 comentários:

GR disse...

O Chipre começou a exploração de hidrocarbonetos, apesar do protesto categórico na Turquia. Conforme relatado pela Rádio Chipre, a empresa americana Noble Energy iniciou a perfuração de teste na plataforma “Afrodite”, no mar Mediterrâneo, na zona económica exclusiva de Chipre. Ancara não reconhece a República de Chipre, mantendo relações apenas com a República Turca do Chipre do Norte, internacionalmente reconhecida, onde, desde 1974, está deslocado um corpo de tropas turcas. Em resposta às intenções do Chipre de desenvolver campos de petróleo no seu território, Ancara declarou que tal ação poderia desestabilizar a região.
Não irá haver problemas quando eles começarem a exploração de hidrocarbonetos? A Turquia é muito peremptória, não quer! Se os turcos não reconhecem a República de Cipre!!!
Chipre tem uma localização muito perigosa, a situação é muito delicada e os turcos, tem grande poder. Temo a médio prazo por um grande banho de sangue.
Talvez eu esteja errada.

Continuação de grandes passeios.

BJS,

GR

Graciete Rietsch disse...

É complicada a situação no Chipre.
Se encontrarem petróleo não sei do que serão capazes americanos e turcos.

Continuação de tão boas férias.

Beijos.