notícia:
«Banca executa aval assinado por Catroga
para obra inaugurada por Cavaco.
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(negócios on-line)
Então é assim:
- os activos empreendedores de capital financeiro fazem os seus negócios, constroem os seus "elefantes brancos"... com dinheiro de fundos que teriam vindo para ser aplicados pelo Estado, e com dinheiro emprestado por bancos - que o pediram emprestado a outros bancos -, bancos que de deles são;
- a operação bancária exige aval do Estado(*), no caso em apreço (e que preço!) o ministro das finanças era Catroga e o primeiro-ministro era Cavaco Silva, e os activos empreendedores estão asssociados na Associação deles;
- ao mesmo tempo que engordam os seus patrimónios, com os seus múltiplos negócios, os volumosos empreendedores acumulam reconhecimento e condecorações públicas e pública admiração pelo bem que fizeram à Nação;
- as coisas não correm bem, por escasso (ou nenhum) planeamento, por errado dimensionamento, por má gestão dos excelsos gestores (ninguém é infalível, pois claro...) e o Estado é accionado por ter avalizado e, como saída, fica com "buraco", como se o comprasse ou nacionalizasse!
(*) -conheci por perto uma versão pioneira (?) e requintada do início desta estória, mas para a criação da siderurgia nacional e do primeiro aço português, com a chancela Champalimaud-(coronel) Spínola e do ministro das finanças salazarentas da altura.
_________________Tudo como deve ser: quem é "gordo", mais "gordo" fica, o que deve emagrecer, emagrece até ficar "na linha".
O Estado, ou seja, nós... além de reduzir(mos) salários, de nos obrigar(mos) a pagar mais evidentes e escondidos impostos, de aumentar(mos) tempo de trabalho coincidente com mais desemprego, ainda apanha(mos) com os BPNs e os EUROPARQUEs, enquanto os responsáveis por esses e outros "buracões"... continuam gordos que (não) dá gosto vê-los, e mais engordam. À nossa custa.
À maneira de Garrett: de quanta magreza de quantos magros se faz a crescente gordura dos mais gordos?
2 comentários:
Quando vejo o PM a discursar para os portugueses, com ar doído e arrependido eriçam-se-me os pelos. Lembra-me demasiado a voz aguda e nojentamente melosa do nosso último ditador.
Já que não somos competitivos por medidas de brilhante acção governativa seremos de outro modo: mão de obra barata e deprimida.
Esta opinião, como não podia deixar de ser, é extremamente pessoal, mas se querem transformar a Europa numa China, preferia que fosse um Partido Comunista a fazê-lo, e não estes proclamados defensores da democracia e liberdade que não passam de fascistazinhos disfarçados de sociais-democratas, portugueses e europeus. Pelo menos poderíamos contar que o custo seria também pago por aqueles que podem mais do que eu.
Não estava bem por dentro desses negócios com o Estado na criação dessas grandes empresas e construção de "elefantes brancos", que vêm já do tempo do Salazar.
Mas com este post consolidei muito mais as minhas opiniões.
Obrigada, camarada.
Um beijo.
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