quinta-feira, maio 31, 2012

Fala do velho com os botões (das suas cuecas) - 18

,,, qualquer dia chateio-me e, assim como vos substitui pelos "slips" (que não conversam nada...), troco-vos em definitivo pelas fraldas que são um velhíssimo conhecimento (de quando não eram descartáveis e exigiam alfinetes "munta grandes").

Antropólogo, merceeiro, matemático?... economistas são os outros

O antropólogo José Ferreira (Fala Ferreira) publicou esta "matemática do desastre" que merece ser transcrita por este economista (tenho carta de condução de economista desde 1958)

Matemática do desastre

Saiu hoje a notícia de uma queda abrupta na receita do IVA em relação ao ano passado. A Unidade Técnica do Orçamento de Estado encontrou um erro nas contas do Ministério das Finanças. A quebra fiscal afinal foi de 7,4% e não de 3,5% previamente anunciados. O primeiro ponto a notar é que os cortes em despesa do Estado foram “compensados” pelo abrandamento da economia. Resultado: as medidas da Troika deixaram-nos na mesma.
No entanto, uma análise de merceeiro ou melhor, de antropólogo que gosta de economia, deixa-me ainda mais preocupado. A quebra de receita fiscal foi no IVA (Imposto sobre o Valor Acrescentado). Ora, notemos duas coisas. Uma, o PIB é o somatório do valor acrescentado de todas as empresas. Outra, a dívida e o défice público são calculados em percentagem do PIB. O que quer dizer que, mesmo que o governo não se endivide mais, a dívida pode aumentar apenas porque o PIB caiu. Ora, não será a quebra inesperada do IVA o indicador de uma quebra inesperada do PIB.
Passos Coelho disse hoje que vamos no bom caminho. Mas porque nos aplaudem; não porque estejamos a mostrar resultados. Até porque, segundo uma nota à comunicação social, o erro foi nas contas do ano passado. Esqueceu-se de dizer que as contas deste ano tomam por base as do ano passado. Nunca se faz um Orçamento de Estado a partir do zero (ver definição no wikipedia), mas sempre ajustando o do ano anterior. Portanto, os números não contam como quer dizer o nosso Primeiro Ministro; as comparações é que contam.
Não é possível ver algo positivo aqui. Não é possível dizer que as medidas de austeridade foram implementadas sem contar com uma folga que afinal existia. Afinal, segundo a mesma notícia, apesar das medidas de austeridade, a despesa do Estado aumentou, sobretudo devido aos juros da dívida pública. A única “esperança” é que a quebra no IVA se deva a uma fuga ao fisco. Afinal só isso explicaria a discrepância entre a queda do IVA e a queda do PIB. Lembremo-nos que o governo prevê uma quebra do PIB 3,3%; e a queda do IVA foi de 6,8%.


Isto sem falar de médico e de louco,
de que todos temos um pouco...
mas lúcidos, merda!, como dizia um outro que era poeta
(como todos também somos)

«amor ao próximo como critério de gestão»!!!!

•  Vasco Cardoso
(no avante!)

Amor ao próximo

Está anunciada a presença do primeiro-ministro a 1 e 2 de Julho no 5.º Congresso da Associação Cristã de Empresários e Gestores (ACEGE). A seu lado participarão, para além do mais alto responsável pela hierarquia da Igreja Católica em Portugal, representantes de alguns dos principais grupos económicos «portugueses»: Grupo José de Mello; Espírito Santo Saúde; Brisa; Millenium BCP; MLGTS (sociedade de advogados); entre outros. Se julgam que é por uma promiscua e ilustrativa comunhão de interesses que, grande capital, hierarquia da Igreja e Governo, se reúnem, desenganem-se. É por amor! Isso mesmo, «amor ao próximo como critério de gestão» é o lema do congresso.
António Pinto Leite – presidente da ACEGE – explica: «Pode parecer místico ou ingénuo, mas é um critério de grande solidez operacional e pragmático porque significa tratar os outros como gostaríamos de ser tratados se estivéssemos no lugar deles». E quem está no lugar deles?
Pois no «lugar deles» estão os que perderam o emprego, os que foram assaltados no salário ou nos subsídios de férias e de Natal. Estão os que não têm dinheiro para pagar as taxas moderadoras, os medicamentos, a electricidade, ou mesmo a própria comida. Estão os que podem vir a ser despedidos, aqueles a quem querem pôr a trabalhar mais dias sem receber. Estão os trabalhadores e o povo português, muitos deles católicos, a quem o Governo de serviço está a empobrecer vertiginosamente e a quem o grande capital está a sugar o sangue por via do agravamento da exploração.
O verdadeiro «amor ao próximo» que está implícito neste conclave, é o amor à próxima privatização, à próxima machadada no Serviço Nacional de Saúde, aos próximos milhares de milhões de euros de recursos públicos que querem desviar para saciar os lucros dos seus impérios. A «ética» que alguns invocam não resolve, nem resolverá, aquilo que está na natureza do sistema capitalista e da classe que dele se serve. A política de direita não promove o amor, mas sim o ódio aos direitos e à dignidade da pessoa humana. O pacto de agressão que está em curso não conduzirá o País para o Céu, aproxima-o isso sim, cada vez mais do Inferno.
Contra os que gostariam de ver o povo ajoelhado, lutemos para que este se levante!


  • Não será "amor ao$ próximo$"
(pais, filhos, netos, "amigos", animais domésticos...)?

  • E aquela estória dum tipo bardino
que dizia não conhecer ninguém chamado Próximo

quando lhe lembravam um dos 7 pecados mortais...

5ª feira, de novo e sempre!


Umas (centenas de) centenas!

Um vizinho que faz 400 anos

quarta-feira, maio 30, 2012

Estranho...

Passei uma boa parte da tarde a ver o par Passos Coelho/Relvas em sessões contínuas no Parlamento. Primeiro em plenário o primeiro, depois em comissão o segundo. E só me apetece escrever... mixomatose e escalracho!
Nada mais. 

Fala do velho com (outros) botões - 17

Agora não se  puxa o autoclismo... carrega-se em um de dois botões, e aproveita-se para falar com eles.

Outra informação - Siria

TV-Sur:

Miércoles 30 de Mayo de 2012,

ONU confirma que mayoría de víctimas
en masacre de Houla fueron ejecutadas

Alto Comisionado de Derechos Humanos
coincide con el Gobierno sirio

La Oficina del Alto Comisionado de las Naciones Unidas para los Derechos Humanos (ACNUDH) confirmó este martes que la mayoría de las víctimas civiles de la masacre, ocurrida la semana pasada, en la ciudad siria de Houla (centro) fueron ejecutadas.
El portavoz de este organismo, Rupert Colville, expresó en la ciudad suiza de Ginebra (oeste) que “la mayoría de las víctimas en Taldo, un área de Houla, fueron ejecutadas sumariamente en dos incidentes separados", el pasado 25 de mayo.
"Lo que está muy claro es que se trataba de un acontecimiento absolutamente abominable que sucedió en Houla y al menos una parte sustancial del mismo era ejecuciones sumarias de civiles, incluidos mujeres y niños", dijo Colville, quien agregó que las víctimas "fueron asesinados en sus casas".
Sus comentarios coinciden con los del Gobierno sirio, que culpa a los grupos terroristas armados de los asesinatos a sangre fría, algunos de ellos a través de degollamientos.
Por su parte, el enviado especial de la ONU a Siria, Kofi Annan, tras reunirse con el presidente Bashar al-Assad, agradeció al Gobierno sirio por cooperar con los observadores internacionales.
"El gobierno de Siria está organizando su propia investigación y eso es algo muy alentador", enfatizó Annan.
Durante la reunión, Al-Assad llamó a poner fin a las actividades terroristas en Siria, diciendo que el plan de Annan de paz tendrá éxito “sólo si el contrabando de armas y el terrorismo se acaban”.
El pasado domingo, el jefe de la Misión de Observadores de la ONU en Siria, mayor general Robert Mood, informó que la cifra de víctimas en Houla es de 108 fallecidos, incluidos 49 niños y 34 mujeres.
El Consejo de Seguridad condenó la violencia en Houla durante una reunión de emergencia realizada el día domingo, y culpó al Gobierno sirio de “utilizar artillería pesada y bombardear un barrio residencial". En tanto, el embajador sirio ante la ONU, Bashar Ja'afari, llamó "tsunami de mentiras" a los señalamientos de algunos miembros del Consejo de Seguridad y dijo que “las fuerzas sirias no son los culpables de la violencia”.
El Gobierno sirio aceptó el pasado 27 de marzo el plan de seis puntos de paz de Kofi Annan, que incluía la retirada de las fuerzas del Ejército de las calles y el cese de las actividades bélicas de los grupos armadas.
Pese al compromiso de Damasco, grupos armados han llevado a cabo varios atentados subversivos en diferentes localidades sirias, obligando a las fuerzas públicas de Siria a salir nuevamente a las calles para tratar de radicar la violencia.

teleSUR-PressTV-HispanTv-Sana/MARL


Em política internacional,
F. Hollande começou bem...
com a expulsão do embaixador sírio!

Nascer e morrer dentro de ambulâncias em ex-SCUTs?


NÃO!

Dá para rir...

Lusa:

Jorge Silva Carvalho pede
desvinculação do segredo de Estado


O antigo diretor do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa anunciou que pediu a sua desvinculação do segredo de Estado, pelo que só prestará esclarecimentos, em julgamento, quando o pedido for anuído.

Tão vinculado que ele estava!
Estes advogados...

Países "ricos", crianças pobres

De vermelho (com agências):

29 de Maio de 2012

Países ricos têm 30 milhões
de crianças pobres, diz Unicef

Os 35 países mais ricos do mundo concentram 30 milhões de crianças pobres – 15% da população infantil assistida pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Segundo relatório divulgado hoje, somente na Europa há 13 milhões de crianças pobres.


O relatório do Unicef é constrangedor para os países ditos economicamente avançados. E deve servir de alerta. O estudo foi feito nos 27 países da União Europeia, além da Noruega, da Islândia, da Austrália, do Canadá, dos Estados Unidos, do Japão, da Nova Zelândia e da Suíça.
As democracias escandinavas têm somente 3% de crianças pobres. Os maiores índices de privação estão em países como a Romênia, Bulgária e Portugal (com mais de 70%, 50% e 27% respectivamente).
O Unicef definiu alguns critérios de comparação para estabelecer pobreza, entre eles, o acesso a três refeições por dia, com frutas e legumes frescos, livros, conexão à internet e um local calmo para fazer as atividades escolares.
De acordo com o relatório, um dos casos que chama a atenção é o da França. Para o Unicef, o país desperdiça dinheiro público. A França é o país que mais gasta verba pública em políticas familiares: 3,7% de seu Produto Interno Bruto (PIB) é investido no setor, ficando atrás apenas da Itália.
Apesar dos investimentos, a França ocupa o 14° lugar no ranking de crianças pobres. O relatório informa que há cerca de 1,3 milhão de crianças francesas consideradas pobres, o equivalente a 8,8% da população infantil. Do total, a metade mora em locais insalubres e 20 mil crianças não têm domicílio fixo.
Outro critério pesquisado pelo Unicef é a pobreza relativa, o percentual de crianças que vivem em agregados familiares com rendas, ajustadas em função do tamanho e da composição familiar, inferiores a 50% da renda média no país onde vive. Novamente, os países nórdicos e a Holanda têm as menores taxas de pobreza relativa para as crianças, cerca de 7%.
Em contraste, mais de 20% das crianças da Romênia e dos Estados Unidos vivem na pobreza relativa. "A comparação entre países semelhantes mostra que as políticas governamentais podem ter um impacto significativo sobre as vidas das crianças", afirma o Unicef.


"AS CRIANÇAS SÃO AS FLORES DA NOSSA LUTA
E A RAZÃO PRINCIPAL DO NOSSO COMBATE!"
Amilcar Cabral

No último balanço do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef)
lê-se que atualmente existem no mundo
146 milhões de crianças menores de 5 anos
com graves problemas de desnutrição.
De acordo com este documento,
28% são de África,
17% do Médio Oriente,
15% da Ásia,
7% da América Latina e Caribe,
5% da Europa
e 27% de outros países em desenvolvimento.
O relatório é inequívoco
e informa que Cuba já não tem este problema,
sendo o único país da América Latina
que eliminou definitivamente
a desnutrição infantil e que tudo tem feito para melhorar a alimentação,
especialmente nos grupos mais vulneráveis.
A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO)
reconhece Cuba como a nação com mais avanços
neste capítulo em toda a América Latina.




terça-feira, maio 29, 2012

A aspiral (de Arquimedes?...)

Esta aspiral (espiral com aspirador...) de mediocridade, de demagogia, de falsidades, de valores estropiados, nalguns sítios de fantochadas, por vezes parece ser difícil de suportar!
A começar por umas falas de quem foi eleito PR e se julga (só ele e a "sua" Maria) um supra-sumo, continuando por declarações, entrevistas, audições de ministros e secretários de Estado, por comentários de cronistas e analistas encartados, por "cenas à Alberto João".
Só há que lutar. Sempre. Sempre mais e melhor.

Brevíssimas - literário/linguísticas

  • Quantos trabalhadores gregos, portugueses, espanhois, italianos (têm de se incluir os desempregados... senão não chegam) fazem um banqueiro alemão, francês apátrida?

  • «Nunca haverá uma saída ordenada da  "zona euro"...» porque antes têm de ser ordenhados os trabalhadores dos países a centrifugar! 

Cruzada contra Síria

Ver:

Fala do velho com o seu relógio (para variar de interlocutor) - 16

Deixei de te dar corda... mas de vez em quando tenho de te mudar a pilha, não é?

Explicitando melhor

Para que não fique qualquer dúvida de que eu esteja "branqueando" a senhora Merkel, mas sim a tentar impedir que ela sirva de "detergente branqueador", retomo o "post" anterior - que reagia a uma afirmação ouvida de Louçã - "... enfrentar a senhora Merkel..." -, que logo avançava com o enunciado de terríficas consequências para a saída da Grécia do euro, que serão idênticas às que tem a continuidade do/no euro com esta política e estes protagonistas. Com diferenças de prazos (entre curtos e muito curtos, com incursões por médios) e pomadas analgésicas
Confesso não ter ouvido todo o programa (prós e contras), que outras tarefas mais interessantes (e, espero..., úteis) me chamavam, mas adivinho que se preparava a eventualidade de um resultado eleitoral na Grécia para que se procuram formas de, por vias novas e ilusórias, não se ser consequente com a vontade do povo, além de se procurar - com exceletes intenções, claro - reforçar a via federalista como a superstrural panaceia.

Mas... voltando, para terminar, à senhora Merkel. E para melhor explicitar.
A senhora Merkel não é só "bode expiatório", ela é executora e mandatária das políticas que o capitalismo impõe como a relação de forças sociais lhe consente, e a minha observação tinha a ver com a dita senhora (que até teve a pouca sorte de ter nascido na ex-RDA...) começar a ser apresentada como "passa-culpas", assacando com as suas responsabilidades e as do sistema, e respectivas políticas anti- sociais, de que é fiel servidora.
Talvez, assim, consiga melhor exprimir a minha ideia, que vem de longe. E, já agora..., longe de mim sempre esteve a ideia de  defender a senhora, mas sim a de prever - como está a começar a acontecer - que ela viesse a polarizar as culpas todas, desulpabilizando o capitalismo e abrindo caminho para que este possa continuar, depois de um curto intervalo para ida ao bufete (ou ao lado), com outra face - mais cor de rosa, com mais pó-de-arroz - na alternância social-democrata ao puro e duro neo-liberalismo.

Há uma luta, e ela chama-se de classes por mais disfarces que lhe ponham, por mais alcunhas que lhe queiram prantar.

Enfrentar a senhora Merkel?...

Eis uma falácia!
Que, à dita esquerda, ninguém a defenda, entende-se... agora que ela seja a ré, a "bête noire", o "bode expiatório" é coisa que se vem preparando há algum tempo e que, agora, começa a ganhar visível dimensão por alguns lados e intérpretes. Com desfaçatez, porque com faces e argumentos de coloração de esquerda que só serve para iludir.
Assim como não há um(a) "salvador(a)", não há um(a) único(a) culpado(a) das políticas desgraçadas que o funcionamento do capitalismo impõe, com as condicionantes que só a relação de forças pode criar com a luta social.
Arranjar um alvo, alguém que receba as pedradas, dá muito jeito para que algo mude sem que haja verdadeiras mudanças. De políticas anti-sociais. De esbulho dos trabalhadores. 

segunda-feira, maio 28, 2012

Uma espécie de jogo...

Recomecei, não sei por que vez, a reler um texto.
Não resisto a trazer as palavras preliminares, alterando 6 delas (uma dispensavelmente).

Camaradas:
Antes de entrar na matéria, permitam-me que faça algumas observações preliminares.
Reina actualmente na União Europeia uma real epidemia de greves e um clamor geral em prol do aumento de salários. A questão irá aparecer no nosso Congresso. Vós, como cidadãos responsáveis, deveis ter convicções definidas acerca desta questão primordial. Pela minha parte, considerei, portanto, que era meu dever entrar plenamente na matéria, mesmo com o perigo de pôr severamente à prova a vossa paciência. (...) 

  1. De quem é o texto?
  2. Qual o título?
  3. De quando?, e a que propósito?
  4. Qual a dita questão primordial?
  5. Que palavras alterei?
  6. Qual que era dispensável alterar?

Mesmo que ninguém esteja com disponibilidade
(ou pachorra) para "jogos" destes
... eu entrarei na matéria - à minha maneira -,
por achar ser meu dever fazê-lo!
...

Fala do velho com os seus atacadores (para variar...) - 15

Vocês estão a ficar cada vez mais longe e inacessíveis... Raio de feitio!
Vou comprar uns sapatos daqueles que é só enfiar o pé.

Biltre(s), a palavra exacta (no plural)

À procura de outras coisas, tropecei neste "velho post" no blog somdatinta (saudades? muitas!):

SEXTA-FEIRA, MARÇO 09, 2007



As palavras exactas


Hoje, sei lá porquê, ou até sei..., apeteceu-me chamar biltre a um fulano que eu cá sei. E até sei porquê embora quisesse fazer de conta que não sei.
E fiquei nessa de chamo-não chamo... talvez chame... se ele fizer outra igual ou parecida... e se ele estiver por perto.
Por aí me fiquei a chamar biltre a um fulano sem biltre lhe ter chamado. E a palavra comigo ficou, como uma etiqueta a colar quando oportuno.
Biltre... Pois. A palavra exacta.
Era para ir ao dicionário ver o exacto significado da palavra exacta. Mas, antes, abri, ao acaso, um livro do Gedeão e logo me aparece a página com o

Poema da palavra exacta

Eu dou-te uma palavra, e tu jogarás nela
e nela apostarás com determinação.


Seja a palavra "biltre".


Talvez penses num cesto,
açafate de ráfia, prenhe de flores e frutos

Talvez numa almofada num regaço
onde as mãos ágeis manobrando as linhas
as complicadas teias vão tecendo.


Talvez num insecto de élitros metálicos
emergindo da terra empapada de chuva.

Talvez num jogo lúdico, numa esfera de vidro,
pequena, contra outra arremessada.


Talvez...


Mas não.
Biltre é um homem vil, infame, ordinário.
São assim as palavras.


António Gedeão,

no espaço Som da Tinta, amanhã, às 16 horas, contado/cantado por Manuel Freire.
Com as palavras exactas.

São assim alguns homens!

Fala do velho com os seus botões - 14

Esta série caiu neste "blog" quando devia ter ido para um outro que vou alimentando (ficções do cordel) porque o velho que fala com os seus botões é ficção... e a multidão (?!) que visita este "blog" e os raros amigos que o comentam (e eu próprio!...) estão a pensar que sou eu o velho que conversa com os seus botões e não uma criação literária... do cordel.
Ficou esclarecido que isto - de velho, e de botões, e de netos - nada tem de auto-biográfico?

"Ah!, ah!, ah!"
(este casquinar a querer ser irónico é do tal velho...) !

domingo, maio 27, 2012

Falemos de coisas muito sérias (como todas são!)

Fala do velho com os seus botões - 13

Lá vieram vocês trazer isso para aqui. Que as pernas cansaram e não sei que mais...
Já recuperei, e a próxima até pode ser de S.Bento a Belém e volta!
E, se eles quiserem, até levo netos às cavalitas...

0 a 0 e 30 mil a 0

Passo os olhos pelas capas dos jornai. Fico a saber, repetidamente, muita coisa.
Que no jogo-treino com a Macedónia, Portugal empatou 0 a 0 (e que jogou mal mas que isso não abala as esperanças-ilusões-diversão), e mais umas coisas sobre o Relvas-escalracho, e que só 0,5% dos desempregados "arrisca" (não será teve condições para?...) empreendo(i)rar a pílula, e que os ordenados dos chefões da EDP não tem influência na factura da luz que pagamos, e que o MRS recebe 10 mil euros por meia hora de baboseiras semanais, e outras coisas mais e que tais sobre os super-espiões e as suas ligações.
Nada ficaria era a saber de um outro resultado de mais de 30 mil a 0, só em Lisboa, contra o(s) pactos(s) de agressão e de um discurso de esperança e alternativa contra o desespero e a inevitabilidade. Nem uma foto, nem uma uma linha em corpo miúdo (ou, então..., tão miúdo que nem o vi nas primeiras páginas dos jornais).
Não ficaria a saber... mas soube!... por que estive lá com mais de 29.999. Fiz parte dos 30 mil que se juntaram aos 12 mil do Porto, na semana passada. E é preciso que todos os que lá estiveram digam aos outros, aos familiares, aos vizinhos, o que os jornais não dizem nas primeiras páginas.
Que, em duas manifestações, promovidas por um partido, se esteve, ordeiramente e com a alegria de estarmos juntos e de muitos sermos, a dizer Basta!

Por mais que nos calem, têm de nos ouvir. Até porque, com atrasos de custos sociais irreparáveis, se começa a ouvir, e se virá a ouvir, o que oportunamente foi por nós dito e exigido, e dito e exigido continuará, mas a que se fizeram, e se fazem, orelhas moucas.

E uma reflexão me assalta. A partir de uma imagem que trouxe de Lisboa..
Ao passar ao lado do edifício do Banco de Portugal, em cortejo consciente, determinado, encontrando e abraçando amigos, tropecei em enormíssimos contentores de lixo cheios de entulho, e me perguntei que confiança era aquela na nossa consciência que coloca, no caminho de uma manifestação de dezenas de milhares de pessoas em protesto indignado (mas calmo, consciente, vivo, alegre... sim!, alegre), pdregulhos, pedaços de cimento, tábuas, materiais de desconstrução?
Teria bastado arremessar contra um vidro de uma janela  - logo do Banco de Portugal! - uma pedra, uma daquelas tantas ali oferecidas,  para que, hoje, tivéssemos vindo, toda a manifestação que fomos e somos, nas primeiras páginas dos jornais.
Mas não é essa a nossa luta! A nossa luta é, sem tempo, sem prazos... mas com pressa e sempre, a tomada de consciência (também consciência da força que temos) e a sua transmissão a outros/nós. Para que seja maior, para que cresça, para que seja a  força que é a nossa.

Para este domingo

Para este domingo, a parte do filme de Carlos Saura com o Fado Tropical, do Chico Buarque, com que terminou, ontem, a manifestação nos Restauradores


sábado, maio 26, 2012

Fala do velho com os seus botões - 12

Vejam lá vocês... hoje, pareceu-me mais comprido o trajecto Cais do Sodré aos Restauradores que o que ligou o Príncipe Real ao Rossio. É uma ilusão, não de óptica mas de pernas...

Mais uma grande manif do PCP, hoje em Lisboa



Depois do Porto, há uma semana, hoje foi em Lisboa. 
Duas grandes manifestações! 
Partidárias, do PCP, abertas a quem o acompanha na sua luta contra o que chama pacto de agressão.
Basta!, assim se vê a força do PC e outras palavras de ordem foram gritadas por dezenas de milhares de vozes. Ao alto! Unidos como os dedos da mão.

Entretanto...

,,, bem, entretanto, fui vlendo o estado da relva! No Expresso e por outras paragens.
Isto está de escalracho...
Mas que se esperava de políticos destes, com os seus ADN  e os sesu CV, ao serviço de uma política destas?
Que de outra não poderiam estar!...

A caminho!


Tudo a postos!
Já houve quem tivesse ido à pedóloga (isto são caminhadas sobre caminhadas...) e, agora, é só comer qualquer coisita e apanhar o metro para o Cais do Sodré.
Tenho pena de não vir no autocarro, mas com a reunião de ontem que me trouxe a Lisboa, era demasiado voltar a casa só para ter o prazer (militante) de vir de autocarro. Foram menos dois lugares... mas espero que venha cheio... e bem disposto.
Até já!

sexta-feira, maio 25, 2012

A surpresa da surpresa!

Entre as surpresas e as projecções erradas ou em perspectica certa de erro, ressalta a do desemprego. Surpresa? Não será, antes, hipocrisia?
E ideias, ou políticas, para lhe fazer face, para lhe minorar as consequências sociais? Uma, uminha... além da da caridadezinha, tantas vezes solidária e bem intencionada e estimulada pelos fautores/falcões das causas.

quinta-feira, maio 24, 2012

Ouvir o que foi dito hoje, e pode ser visto amanhã...

A entrevista de Bernardino Soares, hoje, na RDP1.
E amanhã, na RTP2, às 19.30!

http://www.rtp.pt/programa/radio/p1010

Na mãos de quem estamos (ou de quem nos puseram)!

no sapo:

«Troika

Desemprego "deve-se a altos salários dos trabalhadores"
Económico com Lusa
24/05/12 14:02

A troika esteve hoje reunida com deputados da comissão parlamentar que acompanha o programa de assistência a Portugal.
Quem o diz é Miguel Tiago, deputado do PCP, um dos membros da comissão parlamentar de acompanhamento do programa de assistência a Portugal, que recebeu esta manhã uma delegação da 'troika' (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) no âmbito da quarta avaliação do memorando de entendimento.
"A avaliação da 'troika' continua a ser positiva", disse o deputado à imprensa, acusando a delegação dos técnicos de exibir uma "insensibilidade brutal" perante a deterioração da economia portuguesa.
"Para a 'troika', o desemprego é causado pelos altos salários dos trabalhadores", acrescentou o deputado comunista.
Continuando as críticas à "perspetiva enviesada" da 'troika', Miguel Tiago acrescentou: "Em alguns momentos disseram-nos que até era positivo reduzir o consumo e o crédito" a alguns setores da atividade.
Depois da reunião com os deputados, que decorreu à porta fechada, a delegação chefiada por Abebe Selassie (FMI), Rasmus Ruffer (BCE) e Jurgen Kroeger (Comissão Europeia) encontrou-se ainda com a presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves.
A visita da 'troika' ao parlamento fazia parte do processo da quarta revisão do programa de assistência a Portugal, que começou na terça-feira. No final da avaliação, a 'troika' deverá aprovar a transferência de mais quatro mil milhões de euros para Portugal, referentes à quinta 'tranche' do pacote de assistência financeira de 78 mil milhões de euros.»

bem caros
nos custarão
esses 4 mil milhões!

Às 5ªs... avante! (e nos outros dias também!)


Rescaldo da última visita de inspecção e conselho da troika de fora

Sente-se mas pague ou quem quer assento, paga!:


Os mecanismos serão importados da Alemanha, e a sua exploração, na fórmula PPP, pela EMEL. Em princípio e por estar experimentada em reboques. Parece, no entanto, que uma fábrica de confecções de calças, outra de collants e um gabinete de fisioterapia (e ONGs que o pudor me impede de mencionar) estão interessados e propõem concurso público.

Obrigado,
Zé Santa!

Relva ou escalracho?

Foi uma decisão que, em tempos, tive de tomar. Para o pequeno jardim cá de casa.
Relva ou escalracho? 
Então, informei-me minimamente. 
Não posso dizer que escolhi relva. Rejeitei o escalracho. Porque li e me disseram "coisas terríveis" sobre o sobredito escalracho. 
Semeou-se relva.
Hoje, neste serão - excepcional e compulsivamente - televisivo, só oiço coisas escalrachadas sobre "o Relvas".
Tanto "caso arrelvado"! Como se não houvesse coisas mais relva...ntes, perdão, relevantes.

quarta-feira, maio 23, 2012

Brevísima - sobre pactos e adenda... sem emenda!

Enquanto fazia uns exercícios no excel, fui "ouvendo" o debate e a votação na Assembleia da República, da "adenda ao pacto orçamental", pacto (ou pato?) de que Portugal foi apressado avalizador com o concurso do grupo par(a)lamentar do PS, e só tenho um adjectivo: confrangedor! Para não chamar abjecta à posição da dita social-democracia!
Os eleitores do PS não mereciam que os seus "eleitos", quer responsáveis partidários quer deputados, se agachassem tanto...

Dispersão - 20% + com 6 vezes o que dispõem os 20% -

Pode ler-se, em documento da OCDE, e foi aqui transcrito:

«(...) Em Portugal, as pessoas ganham em média 14.662 euros por ano,
menos que a média da OCDE que ronda os 17.917 dólares anuais.
Mas existe um fosso considerável entre os mais ricos e os mais pobres:
20% da população mais rica
ganha seis vezes mais
do que os 20% mais pobres.(...)»

Temos as reservas conhecidas (por alguns... dado que não nos cansamos de as afirmar) relativamente às estatísticas.
As estatísticas não são a realidade! Mas reflectem-na. Umas vezes, aproximadamente, outras vezes, muito longe dela, umas e outras ainda, manipuladamente, para desinformar, para enganar, para iludir.
Estes números vindos da OCDE, ontem divulgados - embora já antes conhecidos -, desafiam para um exercício.
 
Que quer dizer "20% da população mais rica ganha seis vezes mais do que os 20% mais pobres"?
 
Suponha-se um pais P1 (imaginário, claro...) de 10 milhões de habitantes, com um Rendimento Nacional (RN) de 146.662 milhões de euros, o que se arredonda para 150 mil milhões de euros, e com 20% da população mais (digamos...) abonada a dispor, em média, de 6 vezes mais do que a sua população menos (digamos...) abonada.
Quer isto dizer que 2 milhões dos seus habitantes dispõem, em média, do equivalente a 30 mil euros por ano, enquanto outros (!) 2 milhões dos seus habitantes dispõem, em média, do equivalente a 5 mil euros por ano. Os 6 milhões de habitantes (digamos...) "intermédios" disporiam, em média, de 13,3 mil euros por ano.
 
Suponha-se, agora, um país P2 (ainda mais imaginário...) também de 10 milhões de habitantes, também com um RN de 150 mil milhões de euros, mas com outra distribuição de rendimentos em que os 20% mais "abonados" disporiam de 3,3 vezes mais que os rendimentos dos 20% menos "abonados" do país. Deste "cenário" resultaria, para o País 2, que 2 milhões dos seus habitantes disporiam, em média, de 25 mil euros por ano (menos 5 mil do que os de P1, ou seja, menos 16,7%), enquanto os outros 2 milhões de habitantes do fundo da escala social disporiam, em média, de 7,5 mil euros por ano (mais 2,5 mil euros do que os de P1, mais 50%!).
 
 

Uma notícia, dada com toda a naturalidade e que nem o rabo do gato esconde

Notícia lida, ao passar dos olhos

«Seguradoras da Caixa propõem seguro contra cancro

A Fidelidade-Mundial e a Império-Bonança, seguradoras do Grupo Caixa Geral de Depósitos (CGD), lançaram o "Seguro Mulher", um seguro de vida com coberturas de doenças graves para o segmento feminino, nomeadamente cancro da mama ou ginecológico.»

Comentários:
  1. A CGD, logo as empresas do seu grupo, é instrumento-institucional da estratégia do Estado.
  2. Existe um Serviço Nacional de Saúde, que responde a um imperativo constitucional que define a saúde como um direito.
  3. Este "seguro de vida" é, na sua concepção, um ramo de negócio.
  4. As seguradoras do Grupo CGD, procurarão extrair lucro, como qualquer seguradora de fins privados (e legítimos), que se aceitaria que tivesse este ramo de negócio, complementarmente (mas não em concorrência) com s cuidados assegurados pelo SNS.
  5. Embora executoras da estratégia do Estado, estas "seguradoras" do Grupo CGD vêm "oferecer", a quem possa pagar prémios de seguros que sirvam os seus objectivos negociais, o que é um direito.
  6. Quem quiser "coberturas de doenças graves para o segmento (de mercado...) feminino, nomeadamente cancro da mama ou ginecológico", paga-as... apesar de ter pago os seus impostos, e de existir um SNS!
Diria que é... escandaloso!

terça-feira, maio 22, 2012

Coisas que a OCDE diz... e o coiso comenta

Um relatório da OCDE sobre Portugal, hoje divulgado, é arrasador.
Parágrafo a parágrafo, área a área, número a número, confirma-se o "fosso". E a "fossa"!

«(...) Em Portugal, as pessoas ganham em média 14.662 euros por ano, menos que a média da OCDE que ronda os 17.917 dólares anuais. Mas existe um fosso considerável entre os mais ricos e os mais pobres: 20% da população mais rica ganha seis vezes mais do que os 20% mais pobres.(...)»

Até o "ministro do coiso" veio dizer uma coisa: que aquela coisa da OCDE não é agradável para ninguém, Ora aí está o que devia ser dito sobre a coisa pelo coiso.

Mas... estamos - obedientemente - no bom caminho!!!!

Fala do velho com os seus botões - 11

Quanto mais lavam (dinheiro...) mais se sujam!

Veja-se... enquanto é tempo

recebido num e-mail:

«SCUTS - Vejam antes que retirem o vídeo.

Será verdade? Custa a acreditar em tanto disparate!E NÃO SÓ...
AQUI SE REVELAM OS "GRANDES PORTUGUESES" da MOTA ENGIL (sim, dessa família de mafiosos de Amarante) e da BRISA (de outros mafiosos: os MELLO).
Estes mafiosos e muitos outros aqui não retratados, das famosas "7 Famílias" que sempre controlaram E SUGARAM OS RECURSOS DE PORTUGAL, com a divina complacência dos portugueses embrutecidos pelos partidos, futebol e telenovelas e de todos os restantes Poderes instalados: - Políticos corruptos; - Magistrados e Polícias carreiristas; - Igreja desatenta e raramente ao lado dos que deviam apoiar (aqueles a quem Jesus defendeu).
SCUTS - Vejam antes que retirem o vídeo. Para onde vai o nosso dinheiro!
VEJAM ESTA PEÇA DA TVI, QUE TEM APENAS 4,2 MINUTOS.
FICAM A PERCEBER COMO FOMOS ROUBADOS POR TODA ESTA CORJA DE CORRUPTOS E LADRÕES.
O filho do Cavaco está nesta empresa.
O administrador visto na peça era professor no Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras ao tempo do Cavaco.
Uma peça importante para se perceber que a dívida pública, contrariamente ao que procuram fazer crer, é resultado de criminosas transferências do erário público para os bolsos de uns quantos privados!
E é neste quadro que nos impõem sacrifícios (redução de vencimentos, etc., etc.)... Um exemplo bem demonstrativo de como a riqueza pode, em larga escala, ser transferida de muitos, para uns poucos! Revoltante, simplesmente revoltante!!! Vejam, antes que mandem retirar/cancelar o vídeo. Para onde vai o dinheiro FOI?
Na TVI já não está disponível!
Mas aqui sim...
Cliquem em:



Fala do velho com os seus botões - 10

Olhar para não é ver. É preciso vi(r)ver!

Como se fosse domingo

 Domingo passado... passou! Passou sem música. No vai-vem meio-louco, passou como se não fosse domingo. Foi. E, antes que chegue outro, a 27, temos o sábado, 26.
Pois, façamos de conta que não é 3ª mas que é domingo, e preparemos sábado. Afinemos as vozes. Ao alto! De Jornada!

segunda-feira, maio 21, 2012

Fala do velho com os seus botões - 9

Não esperar nada.
Nunca esperar nada... deste ou desta,
daquela ou daquele.
Ter esperança em todos/todas.

"Eles" sabem...

... mas temos de lhes dizer!

BEM ALTO!

Mas ao que é que chegámos?!

Dizem as notícias:

«Portugal e Irlanda criticaram na reunião do eurogrupo o facto de a Grécia "quebrar sistematicamente" os compromissos.»

Mas ao que é que chegámos?!
Quem é "Portugal"?
O ministro Vítor Gaspar, que até dentro do seu partido... se é que tem outro partido além do "partido" das instituições financeiras transnacionais onde ganhou - e continuará a ganhar - o seu pãozinho de cada dia, que é brioche e do mais caro dos... mercados?
Quem é "a Irlanda"?
O ministro não-sei-o-nome que vai ser obrigado a pôr em referendo os pactos a que vai chegando com os seus cúmplices e que, eventualmente..., terá de meter o rabinho entre as pernocas decerto anafadas?
Quem é "a Grécia" que "quebra sistematicamente os compromissos"?
Aqueles que assumiram esses compromissos em nome dos gregos, como governo de "arranjo tecnocrático" para os assinarem com letra grega, e que o povo grego já disse, até pelo voto,  que recusa, voto que querem obrigar a repetir até que digam o contrário do que querem dizer, estando sujeitos a uma vergonhosa chantagem e a insuportáveis ameaças.

Não há dúvida: para esta gente (?), os povos têm de se demitir, para que os "ministros das finanças" possam ter o poder de decidir sem constrangimentos. Mas isto não se chama ditadura?, peditório para que os portugueses foram os que deram durante mais tempo, e também personalizado por um "ministro das finanças" com alcunha de economista e chamado Salazar.

Fala do velho com os seus botões - 8

Todos os velhos são iguais:
  • cabelo escasso ou inexistente
  • barbas brancas
  • redondas barrigas
  • artroses, artrites, varizes
  • próteses, dentaduras, cicatrizes e outros postiços
  • resmungos, azedumes, queixumes e queixinhas
    • nunca serei velho!... assim...
    • ou já o sou?

Lido e para não arquivar...

Fez-me rir. Muito. E amargamente...
Apeteceu-me ajudar a divulgar a "bacorada":


Quem tem um patrão tem tudo


Por favor senhor Coelho não me despeça que preciso de ganhar a vida!
Sim, pode baixar-me o salário - a crise quando toca, toca a todos! …
Sim, posso trabalhar mais umas horas – temos de baixar os custos do trabalho! …
Mas por favor senhor Coelho não me despeça!


Eu sei que exagerei, fui dois anos seguidos para a praia, fui à Galiza numa excursão de tachos. Como se não bastasse, pedi dinheiro ao banco, meti-me num apartamento e comprei um carro alemão.
Tenho contas a pagar, por favor senhor Coelho não me despeça!
Lá em casa já tenho dois no desemprego e já não tenho força para emigrar.
O filho estudou não sei para quê, a mãe fez uma greve e veio para a rua.
Tenho de sustentar aquela gente senhor Coelho! ….
Prometo que não vou em sindicatos e que venho trabalhar no 1º de Maio.
Mas por favor senhor Coelho, não me despeça!

Sim senhor Coelho! Este governo é muito bom!
Este era o único país da Europa onde não se trabalhava no 1ºde Dezembro!
A Inglaterra por exemplo, não festeja o dia da República! ...
Sim senhor Coelho, vivemos acima das nossas possibilidades!
A malta estava cheia de regalias! As greves é que deram cabo disto tudo!
Este governo é muito competente Senhor Coelho!
A malta queria médicos à borla e escola para os filhos sem pagar!
Mas por favor senhor Coelho não me despeça!
A vida está má para os pobres mas os ricos também têm dificuldades!
Por favor senhor Coelho não me despeça!
Quer que eu dê umas voltas a ver por onde anda a sua mulher?
Com certeza Senhor Coelho! Eu faço tudo desde que não me despeça! ...

Quer dar umas voltas comigo?!
Aí paras Coelho!


Espero sinceramente que chegue a altura em que o povo diga não!
Entretanto, segundo as sondagens, os partidos que nos trouxeram até aqui continuam a liderar as intenções de voto.

bacorada
do Pata Negra




domingo, maio 20, 2012

Duas fotos de Évora










Obrigado,
camaradas!

Um congresso partidário que não é como os outros…

… de um partido que não é como os outros.
O PCP vai realizar o seu XIX Congresso. À sua maneira. Democrática. Participada. Procurando envolver, activa e responsavelmente, o maior número dos cidadãos que decidiram, no estimulado e pressuposto conhecimento dos estatutos e do programa, associar-se e respeitar uns (os estatutos) e contribuir para o cumprimento de outro (o programa).
Embora nesse Congresso, que se realizará a 30 de Novembro e 1 e 2 de Dezembro, se vão eleger – não como se desejaria, olhos nos olhos e braços levantados... mas como nos obrigam a fazer – os dirigentes para o novo mandato, o Comité Central, não é essa a mais importante decisão dos congressos. Ou as mais importantes. Estas são a resolução política e, quando tal se entenda necessário pelo colectivo que todos somos, alterações ao programa e aos estatutos.
O Congresso será daqui a meses, e já há meses se prepara. Não em gabinetes de uns tantos dirigentes mas em aberta, e tão larga quanto possível, discussão entre todos nós. Para que seja de todos nós.
O lema proposto pelo Comité Central é Democracia e Socialismo – Os valores de Abril no futuro de Portugal e, na sua preparação, a reunião do CC de 26 e 27 de Fevereiro calendarizou três fases interligadas e complementares para a continuidade da preparação e para a realização do Congresso. Além de ter decidido o local, Almada - Complexo Municipal dos Desportos. E aprovou um documento de questões e tópicos e das linhas de orientação que colocou à discussão de todo o colectivo partidário.

Na primeira fase, por todo o País tem havido muitas sessões, não padronizadas mas de acordo com as características próprias de cada organização, regional ou sectorial, sem prejuízo da luta constante que a situação geral e as situações particulares exigem. E cabe hoje a Ourém – como acontecerá em tantos outros lugares – fazer o plenário de militantes que encerre esta primeira fase.
Não tem sido tarefa fácil! Porque a luta é contínua e absorvente, porque não temos hábitos e menos ainda ambiente e estímulos culturais para ler e estudar e propor alterações. Mas essa é a nossa tarefa. De todos e mais particularmente de alguns que a tomam para si por naturais apetências ou vocações e circunstâncias da vida.
Às 16 horas de hoje, no Centro de Trabalho, iremos, os que vierem – e não será fechado, mas aberto a quem quiser vir, militante ou não –, dedicar-nos ao trabalho final desta primeira fase. A partir do documento aprovado no CC de Fevereiro. Que tem uma parte introdutória, a situação internacional (que tanto se modificou desde Fevereiro), a situação nacional (com realce para o agravamento da dependência externa e a financeirização), as lutas, organizações de massas, iniciativa política e alternativa, o partido.
Neste último capítulo, o partido, está a proposta de redacção e a adopção em Congresso de um projecto de alterações ao programa “Portugal: uma democracia avançada no limiar do século XXI”, adoptado no XIV Congresso, de 1992, adaptando-o ao tempo e situação de hoje, a começar pela designação “Uma Democracia Avançada – Os valores de Abril no futuro de Portugal”.

Será com base nas posições tomadas nesta fase, no plenário da Concelhia de Ourém e em todas as organizações, que se passará à segunda fase.

Fala de velho com os seus botões - 7

(de camisa emprestada)

A maior maravilha da vida?
Ver a vida continuar(-nos)... e crescer!


Fala de velho com os seus botões - 6

(de camisa emprestada)

7 as maravilhas do mundo? Talvez...
mas, a este velho que sou, 
7 parecem poucas quando se vêem tantas mais.

sábado, maio 19, 2012

expressamente...

No "expresso" rodoviário, a acabar a leitura corrida do Expresso instala-se uma incómoda sensação de olhar para uma imagem, ou ilustração, de desorientação, de desnorte. Com alguns opinadores a... opinarem com a falsa segurança (e sobranceria ou arrogância) de quem sabe tudo sobre coisa nenhuma. Porque têm um pensamento único, desconhecem a realidade fora do quadradinho temporal e espacial em que se mexem e de que desfrutam. Suficientes, petulantes e cada vez mais... inseguros, na sua pose de "donos das chaves". De quê?, para onde? 
Com um Nicolau Santos a reincidir a escrever coisas que poderiam vir numa "outra informação", embora parecendo a mosca que vê a realidade de um lado do vidro, sem ter reparado que há um vidro que se interpõe e em que, teimosamente, embate. E se debate!

De amor e ódio.

É assim a vida. E comprova-se, por vezes, em curtíssimos espaços de tempo.
Ontem, regressei, já tarde, de uma comovente sessão sobre o regionalismo oureense, em que abracei velhos amigos, alguns que, ao abraçá-los, era como se estivesse a abraçar os seus pais e avós com quem tanto vivi e aprendi, em que lembrei o meu pai (o "oureense nº 1"!) e a minha mãe, que me levou à primeira excursão a Vila Nova de Ourém "escondido" dentro dela, pois só viria a nascer 5 meses mais tarde... e ainda me deu para abrir o computador. Vinha escrever isto... ou algo parecido.
No começo da madrugada, passei pelas coisas que por aqui estavam, espreitei os e-mails, apanhei com 46 comentários no Diário de Notícias às minhas declarações em Coimbra sobre o euro. Algumas insultuosas, desde chamarem-me imbeciloide até mandarem-me para o rublo, para Coreias do Norte, Sibérias e outros lugares menos geográficos (no meio, uma ou outra defesa da honra, obrigado!),  de ameaças.
Incomodou-me? Não. Preocupou-me. Não o desacordo, não a ignorãncia, O ódio extravazado.
Ódio a quê?, e porquê? Sabemos porquê, ou melhor, como nasce e é alimentado. Mas temos de saber, também, estar sempre preparados para coisas destas. Porque há gente desta. Capaz de escrever aquilo e, pior, alguns de terem comportamentos tão sujos, tão desumanos, como as palavras que usam. De prender, de torturar, de queimar centros de trabalho, de matar. Porque outros, bem mais criminosos, os manipulam, lhes alimentam o ódio. 

Bom... aí vou. A caminho de Évora. Com passagem por Lisboa e ver crescer quem cresce encantando-nose ajudando-nos a melhor acreditar no que acreditamos. Na vida. Com as suas contradições.

Ah!, já me esquecia... BOM DIA!

sexta-feira, maio 18, 2012

Hoje...


Dou um prémio a quem me localizar!!!

A ida a Coimbra, com desvio pela Galiza

Em anterior "post" deixei dito que teria de comentar a ida a Coimbra. Sabia que teria de comentar o que foi tão agradável, útil (para mim!), intenso. A companhia camarada (desta vez, não a companheira companhia...), o encontro com amigos queridos e o jantar muito agradável, a sessão numa sala da Casa da Cultura em que, após uma exposição que preparei para sintetizar "como se chegou a isto", se conversou sobre o que é urgente dizermo-nos, a convicção que nada "ficou por ali...", que muito ficou por responder (mas... que respostas?, a que prazo?, com que força?), que há "muito trabalho para casa", o regresso em conversa amena diminuindo os quilómetros e adiando o sono.
Afinal, recebo um mail da Galiza (!), a comentar o que por lá foi lido no Diário de Notícias. Que mais ou que melhor poderia desejar? Chega-me transcrever o que está no facebook:

«Interesante reflexión de Sérgio Ribeiro camarada e amigo:
"Euro não é a moeda do futuro" - Economia - DN
www.dn.pt


antigo eurodeputado do PCP
"Euro não é a moeda do futuro"
por LusaHoje

O antigo eurodeputado comunista Sérgio Ribeiro defendeu hoje, em Coimbra, que o euro não é a moeda do "futuro" e que o projeto da "moeda única" falhou no espaço europeu e está a desagregar-se.
"É evidente que esta Zona Euro, tal como existe, está a desagregar-se. A saída da Grécia, que parece ser inevitável, arrastará depois aquilo a que chamam efeito dominó", disse Sérgio Ribeiro, à entrada para uma sessão pública organizada pelo PCP, intitulada "Posições de ontem e de hoje sobre a moeda única".
Segundo o político comunista, mesmo que a Grécia não saia da moeda única, a Zona Euro está a desagregar-se: "Mesmo que consigam pôr uns adesivos, isto está preso por linhas e o problema de sempre é o tempo", disse.
Para o antigo eurodeputado, que no Parlamento Europeu integrou a comissão para a criação da moeda única, hoje está "mais do que comprovado que não havia uma zona económica que justificasse uma zona monetária única", a qual acabou por agravar as "desigualdades e as assimetrias".
Sérgio Ribeiro, que votou contra a criação do euro, considerou que o projeto da moeda única se destinou a beneficiar certos países e os seus interesses, forçando alguns países periféricos, como Portugal e Grécia, a adaptar as "suas economias fracas a uma moeda forte".
"Neste momento, a situação é muitíssimo mais complicada porque se concretizou tudo o que tínhamos previsto e a situação é de autêntico desnorte", sublinhou.
Para o antigo parlamentar, "o que está em causa não é sair, é como é que se sai, como é que toda esta Zona Euro, que não tem sentido nenhum, consegue recuperar depois dos interesses que serviu estarem servidos".
O autor do livro "Não à moeda única" salientou que o problema que se coloca atualmente é o da indemnização "aos países e aos povos que foram tão prejudicados" por este projeto.
"Como é que se indemniza um país como Portugal, que durante todos estes anos desconvergiu, quando havia intenção afirmada, mas não concretizada, de que o país ia convergir económica e socialmente?", questionou Sérgio Ribeiro.
O antigo eurodeputado do PCP disse ainda que seria "muito mau para Grécia e Portugal" se saíssem "empurrados" da Zona Euro, defendendo saídas negociadas.
"Estivemos durante estes anos a servir interesses que nos têm de ressarcir do que foi o nosso prejuízo", advogou.


Obrigado
e um grande abraço, Duarte,
camarada lá do norte do Minho,
sempre atento e amigo

Agenda

Ontem, Coimbra e a moeda única (tenho de comentar....); hoje, Ourém e a Casa de Ourém (não vai ser fácil - mas vai ser bom...- lembrar tanta vivência); amanhã Évora e domingo Ourém, e a preparação do Congresso (venham conversar connosco!)



quinta-feira, maio 17, 2012

Fala do velho com os seus botões - 5

Coisas estáveis, eternas (julgava-se...),
e um suspiro as derrubou
e um sopro as derrotou.

Porque hoje é 5ª!