29 de Maio de 2012
Países ricos têm 30 milhões
de crianças pobres, diz Unicef
Os 35 países mais ricos do mundo concentram 30 milhões de crianças pobres – 15% da população infantil assistida pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Segundo relatório divulgado hoje, somente na Europa há 13 milhões de crianças pobres.
O relatório do Unicef é constrangedor para os países ditos economicamente avançados. E deve servir de alerta. O estudo foi feito nos 27 países da União Europeia, além da Noruega, da Islândia, da Austrália, do Canadá, dos Estados Unidos, do Japão, da Nova Zelândia e da Suíça.
As democracias escandinavas têm somente 3% de crianças pobres. Os maiores índices de privação estão em países como a Romênia, Bulgária e Portugal (com mais de 70%, 50% e 27% respectivamente).
O Unicef definiu alguns critérios de comparação para estabelecer pobreza, entre eles, o acesso a três refeições por dia, com frutas e legumes frescos, livros, conexão à internet e um local calmo para fazer as atividades escolares.
De acordo com o relatório, um dos casos que chama a atenção é o da França. Para o Unicef, o país desperdiça dinheiro público. A França é o país que mais gasta verba pública em políticas familiares: 3,7% de seu Produto Interno Bruto (PIB) é investido no setor, ficando atrás apenas da Itália.
Apesar dos investimentos, a França ocupa o 14° lugar no ranking de crianças pobres. O relatório informa que há cerca de 1,3 milhão de crianças francesas consideradas pobres, o equivalente a 8,8% da população infantil. Do total, a metade mora em locais insalubres e 20 mil crianças não têm domicílio fixo.
Outro critério pesquisado pelo Unicef é a pobreza relativa, o percentual de crianças que vivem em agregados familiares com rendas, ajustadas em função do tamanho e da composição familiar, inferiores a 50% da renda média no país onde vive. Novamente, os países nórdicos e a Holanda têm as menores taxas de pobreza relativa para as crianças, cerca de 7%.
Em contraste, mais de 20% das crianças da Romênia e dos Estados Unidos vivem na pobreza relativa. "A comparação entre países semelhantes mostra que as políticas governamentais podem ter um impacto significativo sobre as vidas das crianças", afirma o Unicef.
"AS CRIANÇAS SÃO AS FLORES DA NOSSA LUTA
E A RAZÃO PRINCIPAL DO NOSSO COMBATE!"
Amilcar Cabral
No último balanço do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef)
lê-se que atualmente existem no mundo
146 milhões de crianças menores de 5 anos
com graves problemas de desnutrição.
De acordo com este documento,
28% são de África,
17% do Médio Oriente,
15% da Ásia,
7% da América Latina e Caribe,
5% da Europa
e 27% de outros países em desenvolvimento.
O relatório é inequívoco
e informa que Cuba já não tem este problema,
sendo o único país da América Latina
que eliminou definitivamente
a desnutrição infantil e que tudo tem feito para melhorar a alimentação,
especialmente nos grupos mais vulneráveis.
A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO)
reconhece Cuba como a nação com mais avanços
neste capítulo em toda a América Latina.
3 comentários:
Como dizia FIDEL "No mundo há muitas crianças que precisam de trabalhar para comer. Nenhuma é cubana".
E isto está confirmado no relatório da Unicef.
Um beijo.
Este relatório dá-nos uma imagem do "sucesso do capitalismo".Os direitos humanos mede-se pelo bem estar das crianças.
Abraço
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