No rescaldo apressado (a luta não espera!) do XIX Congresso do PCP, completei umas contas que, no excel, fui fazendo durante algumas pausas.
Retomei cálculos que há uns meses pretendiam comprovar a existência de uma falha na actividade cívica e política de uma faixa etária - no que então chamei "a crise dos 40" - e, agora, neste rescaldo pessoal (e transmissível), fui um pouco mais longe e mais rigoroso.
Confrontado com o Comité Central eleito no XVIII Congresso, o CC ora eleito confirma um natural e muito positivo acréscimo percentual dos camaradas nascidos depois de 1977 (menos de 35 anos), subindo 8,3 pontos percentuais, e uma igualmente natural e também significativa diminuição percentual dos camaradas na direcção do PCP nascidos antes de 1948 (65 e mais anos) com uma baixa de 3,7 p.p..
Nas faxas etárias intermédias, reforça~se bastante o grupo etário dos nascidos ente os anos 1948 e 1957 (entre os 55 e os 64 anos), com 7,6 p.p. e confirma~se inteiramente a consideração de que os nascidos entre 1958 e 1967 (a tal "crise dos 40", agora entre os 45 e os 54 anos) reflectem uma menor actividade cívica e política... para estudo dos sociólogos (e não digo politólogos porque é "especialidade" não merecedora de grande confiança...).
(...)
4 comentários:
Eu acho bem significativo o aumento efetivo de jovens no Comité Central do nosso Partido.Isso também se verificou entre os delegados.É muito bom pois mostra que a Juventude começa a pensar.
Mas os menos jovens também merecem toda a minha consideração porque foram eles que mantiveram este nosso Partido tal qual é e como nós queremos que seja.
Um beijo, grande camarada.
Acompanhei o Congreso no sítio do Partido. Cada uma das intervenções, cada uma das palmas. Quase como se lá tivesse estado. Apenas me faltou o calor humano que sei existir sempre quando os comunistas se reunem, nem que seja à volta de uma mesa.
Beijo.
Gráfico muito interessante e necessário à reflexão. No dia-a-dia vemos este gráfico a desfilar vestido, preenchido, colocado, também perfurado :).
Uma vez estiveste em Aveiro - talvez em 97 - numa sessão sobre a moeda única. Este gráfico estava lá. O eixo de frequências cruzava o zero em dois pontos, pelo menos.
No salão grande fizemos um círculo e falaste de outros gráficos que se avizinhavam. Vê-mo-los, agora, já desenhados, a rasgar as costas do nosso Povo.
Abraço
Interessante os dados do ûltimo parâgrafo.Desconhedia,de todo,o abrandamento cîvico e polîtico dessa faixa etâria.Realmente,um caso de sociologia.
Bjo.
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