15 de Dezembro de 2012
Moore:
Desde Columbine, já ocorreram 31 massacres em escolas
"Muito cedo para falar sobre uma nação louca por armas?
Não!, muito tarde. Pelo menos TRINTA E UM tiroteios em escolas desde Columbine".
Autor do
documentário 'Bowling for Columbine' (Tiros em Columbine, no Brasil), o cineasta
norte-americano Michael Moore recorreu a sua conta no Twitter para, a exemplo do
que faz grande parte dos americanos, demandar que o presidente Barack Obama
lidere o enfrentamento ao lobby republicano a favor das
armas.
Moore alcançou fama internacional em 2002, quando seu
filme sobre o massacre de Columbine, que vitimou 15 pessoas (incluindo os dois
atiradores) em abril de 1999, ganhou o Oscar de melhor documentário. Desde
então, o cineasta se tornou um dos maiores expoentes contra o lobby da indústria
armamentista nos Estados Unidos. Para defender seu ponto nesta sexta-feira,
Moore destacou que "nesta manhã, um maluco atacou 22 crianças numa escola
primária na China. Mas tudo o que esse maluco tinha era uma faca. Número de
mortes? Zero".
Desde 1982, são 61 os massacres com armas de fogo
registrados nos Estados Unidos, e a
maioria dos agressores conseguiu acesso às armas dentro da lei. Diante da
banalidade dos motivos que levaram aos ataques, é difícil imaginar que esses
massacres teriam acontecido caso os autores não tivessem acesso tão facilitado a
armas de fogo. Além de duas pistolas, o atirador da Escola Primária Sandy Hook,
em Newtown, Connecticut, carregava um rifle, algo considerado um direito nos
Estados Unidos.
O fato de o massacre de 27 pessoas desta sexta-feira
envolver 20 crianças com menos de 10 anos pode enfim contribuir para
sensibilizar aqueles que ainda acreditam que a posse de uma arma é garantia de
segurança. A impressão, aliás, é que se os EUA não derem um basta à questão, agora, não o farão nunca mais. O problema da vez é que a oportunidade para
evoluir no assunto surge bem na hora em que o presidente Obama tenta se entender
com os republicanos para evitar o abismo fiscal.
Mas é preciso fazer uma
opção. Para o cineasta/ativista Michael Moore, "a forma de honrar as mortes
dessas crianças é exigir o rígido controle de armas, plano de saúde mental
gratuito e o fim da violência enquanto política pública". Lidar com interesses
de um indústria tão poderosa não é fácil, mas os Estados Unidos não podem mais
se dar ao luxo de esperar o próximo massacre para mudar.
Fonte: Portal
247
1 comentário:
Ê a sociedade e a cultura que o povo americano defende e tanto se orgulha.Sô eles,que andam sempre com Deus na boca,pensando ser um povo superior,ê que se surpreendem com acontecimentos destes.
Bjo
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