domingo, dezembro 16, 2012

Mais quantos massacres serão precisos?

Embora denunciando o repugnante aparato mediático, há que informar e que colocar a questão com toda a frontalidade. Aproveita-se, de vermelho, o trabalho aí publicado:

15 de Dezembro de 2012  

Moore: 

Desde Columbine, já ocorreram 31 massacres em escolas

"Muito cedo para falar sobre uma nação louca por armas?
 Não!, muito tarde. Pelo menos TRINTA E UM tiroteios em escolas desde Columbine"
Autor do documentário 'Bowling for Columbine' (Tiros em Columbine, no Brasil), o cineasta norte-americano Michael Moore recorreu a sua conta no Twitter para, a exemplo do que faz grande parte dos americanos, demandar que o presidente Barack Obama lidere o enfrentamento ao lobby republicano a favor das armas.



Moore alcançou fama internacional em 2002, quando seu filme sobre o massacre de Columbine, que vitimou 15 pessoas (incluindo os dois atiradores) em abril de 1999, ganhou o Oscar de melhor documentário. Desde então, o cineasta se tornou um dos maiores expoentes contra o lobby da indústria armamentista nos Estados Unidos. Para defender seu ponto nesta sexta-feira, Moore destacou que "nesta manhã, um maluco atacou 22 crianças numa escola primária na China. Mas tudo o que esse maluco tinha era uma faca. Número de mortes? Zero".

Desde 1982, são 61 os massacres com armas de fogo registrados nos Estados Unidos, e a maioria dos agressores conseguiu acesso às armas dentro da lei. Diante da banalidade dos motivos que levaram aos ataques, é difícil imaginar que esses massacres teriam acontecido caso os autores não tivessem acesso tão facilitado a armas de fogo. Além de duas pistolas, o atirador da Escola Primária Sandy Hook, em Newtown, Connecticut, carregava um rifle, algo considerado um direito nos Estados Unidos.

O fato de o massacre de 27 pessoas desta sexta-feira envolver 20 crianças com menos de 10 anos pode enfim contribuir para sensibilizar aqueles que ainda acreditam que a posse de uma arma é garantia de segurança. A impressão, aliás, é que se os EUA não derem um basta à questão,  agora, não o farão nunca mais. O problema da vez é que a oportunidade para evoluir no assunto surge bem na hora em que o presidente Obama tenta se entender com os republicanos para evitar o abismo fiscal.

Mas é preciso fazer uma opção. Para o cineasta/ativista Michael Moore, "a forma de honrar as mortes dessas crianças é exigir o rígido controle de armas, plano de saúde mental gratuito e o fim da violência enquanto política pública". Lidar com interesses de um indústria tão poderosa não é fácil, mas os Estados Unidos não podem mais se dar ao luxo de esperar o próximo massacre para mudar.

Fonte: Portal 247

1 comentário:

Olinda disse...

Ê a sociedade e a cultura que o povo americano defende e tanto se orgulha.Sô eles,que andam sempre com Deus na boca,pensando ser um povo superior,ê que se surpreendem com acontecimentos destes.

Bjo